Importante iniciativa realizaram as lideranças de torcidas progressistas e antifascistas do Palmeiras, Corinthians e São Paulo no último sábado em frente a um dos marcos esportivo e cultural da cidade de São Paulo, reunindo centenas de torcedores em frente ao estádio do Pacaembu. Realizaram ato na tarde de sábado contra a privatização do Pacaembu implementada pelo governador golpista João Doria e pelo falecido prefeito Bruno Covas (ambos do PSDB) que seguindo as políticas de privatização da burguesia entregaram de graça todo complexo estrutural e material do Pacaembu por apenas 10% do valor do mercado imobiliário aos capitalistas da empresa Allegra, que se aproveitando da roubalheira oferecida pelo governo psdebista, ainda, pasmen, querem redução do preço de bananas oferecido por Dória. Querem ampliar o roubo e reduzir em mais 71% o valor que terão que pagar à Prefeitura. E querem ainda ganhar de brinde a praça Charles Muller, outro bem da cidade. A Allegra pagou R$ 111 milhões por um conjunto esportivo avaliado em cerca de R$ 900 milhões.
O movimento das torcidas se levanta para defender a história do principal esporte brasileiro, o futebol e seu mais emblemático templo, o Pacaembu, onde por seu gramado desfilaram os maiores jogadores brasileiros de todos os tempos como Pelé, Pepe, Rivelino, Gerson, Ademir Da Guia, Dener, Sócrates, Pita, Marcelinho Carioca, Djalminha, Viola, Muller, entre muitos outros.
Para as lideranças das torcidas de Corinthians, São Paulo e Palmeiras, não resta a menor dúvida sobre a negociata levada a frente pelo governador fascista entregando o patrimônio do povo paulista. A empresa Allegra venceu a concorrência da venda à preço de bananas em plena pandemia. Tal situação foi facilitada pela política de importantes setores da esquerda, dos trabalhadores e da sociedade, que sucumbiram e em alguns casos apoiaram a política do fique em casa de Dória. Basta lembrar quando os torcedores tomaram as ruas para enfrentar os bolsonaristas de camisa amarela e sua ditadura com grandes manifestações na avenida paulista, colocando pra correr os fascistas e depois o que se seguiu foi o enterro destas importantes manifestações de rua das torcidas de futebol, que tomaram pra si a tarefa de expulsar os fascistas das ruas e exigir o Fora Bolsonaro. Na época tal desmobilização foi articulada pela ação de setores da frente ampla, com inserção nas torcidas como aconteceu com a intervenção de Guilherme Boulos e Danilo Pássaro naquelas lutas.
A política de rapina do PSDB fez a cidade de São Paulo perder o seu único e histórico estádio público, que era um bem público utilizado pela população de dentro e de fora da cidade, sem exceção, teve a arquibancada conhecida como Tobogã demolida para construírem, pasmem, um hotel.
Rompendo com a situação anterior, estas lideranças começaram a mobilizar novamente contra a política do fascismo de BolsoDória, que ataca o futebol paulistano, sua história e seu povo para entregar aos seus representados de classe, os capitalistas, o mais famoso estádio popular da cidade de São Paulo. A saída é esta, seguindo os passos tomados neste último final de semana, ampliar estas mobilizações para impedir que os fascistas destruam o futebol brasileiro.
