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XI Congresso Nacional do PCO

Leia o discurso completo de Rui Pimenta no XI Congresso do PCO

Parte essencial do Congresso do PCO, o informe foi discutido por todos os participantes

Segue o discurso do companheiro Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária:

Boa tarde companheiros, bem-vindos todos, de todos os lugares do país.

Esperamos que amanhã a sala esteja bastante cheia até para mostrarmos que a Kombi do PCO é bastante grande (risos).

Gostaria de dizer uma palavra sobre esse documento que vocês receberam: O documento faz um balanço (o documento de situação nacional) da situação brasileira desde o nosso último congresso, depois das eleições presidenciais de 2018… De lá para cá aconteceu muita coisa do ponto de vista político.

Um dos objetivos do documento é colocar os pingos nos “is” do ponto de vista da análise dos próprios acontecimentos políticos que são muito controversos. Acredito que nosso partido esteve, se não 100% certo, pelo menos 90% certo na apreciação desses acontecimentos.

Temos que publicar esse balanço para fora do partido para deixar claro, pois à medida que o tempo passa a história, na cabeça das pessoas, vai se modificando e vai se tornando outra história.

Neste momento há muita gente dentro do PT dizendo que Alckmin é um grande amigo dos trabalhadores e isso não corresponde à história que temos aqui, não faz o menor sentido.

Alckmin foi quem deslanchou a violenta repressão de 2013 contra os estudantes, que desembocou numa crise nacional, e o grande responsável por essa crise foi ele e a PM sob o seu controle.

É importante que tenhamos claro isso não apenas para não deixar escapar a realidade dos fatos, mas porque precisamos ter um fio de continuidade na análise da situação política. Não podemos fazer como os partidos que dizem uma coisa, outra em outro momento.

Vou procurar aqui destacar alguns traços mais gerais da situação política, condensar algumas das questões fundamentais:

Do ponto de vista internacional acho que o ponto de partida fundamental é a derrota do imperialismo norte-americano no Afeganistão, (aplausos), faz muito bem aplaudirmos porque a esquerda em geral não compreende esses acontecimentos.

Uma concepção puramente ideológica, uma parte da esquerda acredita que não houve derrota do imperialismo no afeganistão ou, se houve, essa derrota não foi progressista para a classe operária mundial e para os povos oprimidos pelo imperialismo. É falso. Essa etapa de crise do imperialismo tem como ponto de partida a derrota do imperialismo no Afeganistão.

Temos, e os militantes mais antigos têm isso, presente que as grandes derrotas do imperialismo são pontos de inflexão da situação mundial.

A derrota do Vietnã, em 1974, e a derrota no Iraque, também marcou um ponto de inflexão. E agora temos a derrota no Afganistão que é ainda mais grave que a derrota no Vietnã e no Iraque.

Primeiro: os norte-americanos, ao contrário do que muita gente tentou mostrar no Brasil, tentaram mostrar que o Talibã e as outras forças que derrotaram o imperialismo estavam armados até os dentes. É absurdo, porque os afegãos estavam muito mais desarmados que os vietnamitas e os iraquianos.

Essa derrota marca o ponto mais baixo da dominação militar e imperialista sobre o planeta devido justamente às características da resistência militar no afeganistão. A maneira como se deu a retirada dos norte-americanos, que foi um colapso total, foram totalmente ultrapassados pela ofensiva do talibã, tambem mostrou um despreparo e uma incapacidade total e completa do imperialismo.

Essas coisas não passam sem que cobrem um preço muito alto dos dominadores do mundo, porque mostrou que o imperialismo não tem condiçoes de exercer sua dominação de forma irrestrita, mostrou a sua fraqueza.

Uma das leis da dominaçao política é que o dominador, para dominar, tem que aparecer sempre forte. Se ele aparece fraco, logicamente vai levantar uma enorme resistência contra si no mundo todo. Quem está no comando não pode dar sinal de fraqueza, foi isso que aconteceu no Afeganistão.

É o ponto de partida imediato, essa situação se mostrou como extremamente problemática, logo em seguida veio a operação russa na ucrânia, e em seguida com a crise em Taiwan, mas ficou evidente nessa crise pela avaliação dos chineses, e devemos compartilhar essa avaliação, o imperialismo não mostrou nenhum sinal de resistência em relação a ação dos chineses em Tawian, o máximo que poderão fazer é o que fizeram na Ucrânia, se os chineses decidirem invadir a ílha, não ficou claro porque os chineses ainda não agiram, é possível que queiram diminuir a resistência interna, há uma série de fatores do porque os chineses ainda não agiram.

Qual o significado da ação russa na Ucrânia e da chinesa em Taiwan?

Temos no mundo uma ordem internacional que, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma democracia, é uma ditadura dos poderes políticos e militares mais importantes do mundo. Para termos uma noção das coisas, contra a leviandade com que falam do imperialismo russo ou chinês, os norte-americanos têm um pessoal militar de mais de 10 milhões de pessoas e os chineses têm um pessoal militar da ordem de 1 milhão de pessoas, sendo que a china é um dos maiores países do mundo.

Os chineses não têm condições de enfrentar a liderança, no máximo questionar a intervenção pontualmente, como fizeram os russos. Isso significa que na ordem mundial, dois países estão desafiando o imperialismo, pelo menos localmente, e estão desafiando porque para eles está perfeitamente claro que é possível desafiar.

Vimos na Ucrânia que o máximo que o imperialismo fez foi tomar medidas econômicas e enviar armas o que, no máximo, vai prolongar o conflito, mas não vai levar a uma vitória militar contra a rússia, é uma política de desgaste, não de vitória.

Temos na situação um panorama que, em certo sentido, é novo. Se pensarmos em toda a situação internacional, há dois países que decidiram que não vao aceitar essa ordem interancional e atuarão no campo diretamente militar.

Porque o imperialismo no Vietnã e na Argêlia, (década de 1950), um antecedente do Vietnã, que marca uma crise definitiva do imperialismo europeu, eles foram derrotados pela insurgência popular, como aconteceu no Afeganistão.

O que está acontecendo na Ucrânia é que um país que não é dono, nem mesmo participante da ordem política mundial falou: não vou aceitar os ditames dos donos do planeta terra, vou agir contra.

A situação está visivelmente escapando de controle e isso cria um clima de tensão para o imperialismo inédito. Volto a insistir. Uma coisa é que o imperialismo seja derrotado por uma revolução popular, outra coisa é que ele seja encurralado por forças militares regulares de países que não comandam a ordem mundial, é um nível de enfraquecimento muito superior com o que aconteceu com a revolução vientniamita.

Temos aí um cenário novo que é preciso ter uma avaliação bem concreta. Quais as consequências disso? Primeiro que a crise mundial do imperialismo atinge um grau inédito, um novo patamar. A derrota do imperialismo no Afeganistão e agora os acontecimentos da Ucrânia e de Taiwan, (poderíamos enumerar vários outros sintomas da situação), são reflexos da debilidade do capitalismo mundial.

O capitalismo mundial não está dando suporte para a ação política do imperialismo. A crise atingiu um nível que levou a um efraquecimento sem precedentes do imperialismo mundial. É a primeira conclusão que temos que tirar dos acontecimentos.

A esses fatos devemos acrescentar outros: essa crise do imperialismo já era imensa antes, o imperialismo teve um período em que ele pode agir com uma certa desenvoltura porque a classe operária que é o principal antagonista do imperialismo em escala mundial, que é determinante na política de vários países, a classe operária atravessou um longo período de depressão desde o início da política neoliberal, o golpe de Estado na china em 1989 o colapso da URSS em 1991, o imperialismo conseguiu incorporar ao mercado de trabalho mundial mais de um bilhão de trabalhadores, o que jogou a classe operária em um estado de verdadeira depressão.

Normalmente caracterizaríamos esse estado como um refluxo, mas temos que caracteriza-lo como uma depressão, e um aspecto que tem que ser incorporado à análise porque com o progresso da crise capitalista estamos assistindo a um desenvolvimento das lutas operárias.

Na França há uma epidemia de greves, nos EUA o governo está discutindo uma política para frear o movimento reivindicativo dos trabalhadores industriais que se reacendeu com esses acontecimentos e se eles não conseguirem num período relativamente breve esse desenvolvimento vai tomar conta dos outros países desenvolvidos e também países atrasados industrializados como o Brasil, China etc.

Estamos assistindo a uma retomada da classe operária depois de décadas de depressão. Todo o mundo que conhecemos hoje é um mundo que está determinado pela quase ausência da classe operária no cenário político. Quase ausência porque a classe operária está lá e apesar das facilidades, o imperialismo tem que levar em conta a classe operária, não podem fazer qualquer coisa porque isso pode levantar o movimento operário e isso seria muito inconveninete para a dominação imperialista mundial.

E agora estamos vendo o ingresso de cada vez mais setores da classe operária e isso não pode ser contido, não há condições de conter, e a maneira de fazê-lo seria um aprofundamento da recessão nos países que estão obtendo um movimento operário forte, com a recessão têm-se desemprego e com o desemprego coloca-se os trabalhadores contra a parede, não é uma política de longo prazo, não é uma política estrutural.

Temos dois elementos fundamentais que se juntam, que fazem parte de uma mesma estrutura da situação política mundial, a base de tudo isso é a crise econômica capitalista, como que aconteceu na Russia, as sanções econômicas e etc, a coisa piorou significativamente.

No momento existe uma tendência a estabilização dos preços do petróleo, mas a situação é fluida. Qualquer acontecimento, não necessariamente da maior magnitudade, pode levar a inflação mundial com o elevamento dos preços do petróleo à estratosfera.

Num certo sentido os sintomas da crise atual nos remetem ao início do período atual, à crise de 1974, quando os países capitalistas pararam de crescer e perderam o controle da situação, a classe operária mundial se levantou e vimos inúmeras revoluções da maior importância.

Temos que discutir bem que tudo indicaria que estamos caminhando para uma nova etapa pré-reevolucionária em escala mundial.

Quando falamos em etapa pré-revolucionária estamos falando de uma etapa dentro de uma crise revolucionaria geral, uma primeira etapa da revolução, uma etapa em que as massas começam a se agitar, o Estado se enfraquece, a relação de forças começa a mudar, mas ainda não se colocou o problema do poder político.

A segunda etapa seria uma etapa revolucionária, aberta onde o problema do poder se coloca de maneira imediata, a crise coloca aos diferentes partidos políticos a questão: quem deve exercer o poder?

O exemplo da Revolução Russa, todo poder aos sovietes; os trabalhadores tinham condições de postular o poder, e os trabalhadores apresentaram a capacidade e o Partido Bolchevique apresenta a palavra de ordem, não estamos nem na primeira nem na segunda etapa, estamos no limiar de uma nova etapa em que a crise pode se tornar revolucionária se a classe operária e os povos oprimidos se comportarem revolucionariamente, crise de 1974, a revoluçao Portugal, Polônia, diversos lugares onde foi derrotada.

Isso tudo, na medida que esse período revolucionário se delineie claramente, teremos que analisar as características completas de período que também serão originiais.

Uma observação importante sobre a crise: o problema da esquerda.

A esquerda mundial está completamente atrelada ao imperialismo. Como estamos vendo na América latina, nesse momento, com o imperialismo diretamente se apoderando da esquerda latino americana, o companheiro Robinson falou sobre isso daí, não dá para levar a sério a ideia de que Gabriel Boric, Gustavo Petro são verdadeiramente governos de esquerda, são governos pró-imperialistas, é uma versão de aparência esquerdista do que é o governo do PSDB no Brasil, é um PSDB “mais plebeu” (risos).

A Eliane Cantanhêde não disse que o PSDB é uma massa cheirosa? (risos) Esse daqui é um PSDB mal cheiroso (risos).

O problema das relações entre a esquerda e o imperialismo é um problema chave nesse momento, é um problema mundial, é preciso que, e aqui estamos pensando na nossa própria orientação política, os trabalhadores rompam com o imperialismo e a esquerda.

Vimos em vários períodos momentos em que isso poderia acontecer, quando a esquerda do Partido Trabalhista com Jeremy Corbin tomou conta do Partido Trabalhista, foi um momento em que houve uma clara tendência a ruptura que infelizmente a direção do movimento, muito oportunista, acabou entregando o nas mãos do imperialismo, a eleição em que Corbin foi derrotado foi uma grande capitulação dessa esquerda diante do imperialismo.

Começou quando Corbin não manteve sua posição a favor do Brexit, posição majoritária da classe operária, e essa posição acabou com a ala mais direitista de Boris Jonson, que capitalizou graças à confusão política da esquerda.

Vimos nos EUA com a esquerda se colocando a reboque do Partido Democrata, que a confusão da esquerda com o imperialismo é internacional.

Nós somos partidários da refundação da IV Internacional, a organização que se espatifou por uma série de vicissitudes, quando um grupo pequeno burguês pensa na refundação da IV Internacional, pensam em reunir organizações de cada país, organizações extremamente esquálidas em cada país, vamos dar o nome de “organização xyz iv internacional”.

Para nós o problema consiste em definir uma política internacional. E qual é a política interancional nesse momento?

É a defesa dos interesses da classe operária contra o imperialismo, isso passada pela denúncia da equerda pequeno burguesa internacional que agora adota uma feição cada vez mais anti-operária com a política identitária.

Já não é mais mistério para quem observa que esse identitarismo é uma política anti-operária, está voltada contra os pobres, as maiorias, a classe operária desempregada, os setores que dizem que defendem as mulheres, a política deles é voltada contra as mulheres, no Brasil contra os negros, uma parcela significativa da população, também não serão beneficiados por essa política.

Está na hora de colocar abertamente a ruptura com esses setores. É preciso rejeitar a política da esquerda pequeno burguesa pró-imperialista de maneira cortante.(aplausos).

A política de luta por uma internacional operária não passa pela aglutinação dessa esquerda, passa por um combate intransigente contra essa esquerda. Para algumas pessoas pode parecer um caminho muito difícil, mas não é vedade, porque a crise dessa esquerda é muito grande, porque a crise do imperialismo é muito grande e essa esquerda será chamada a governar os países em que a crise seja grande.

Estamos vendo isso na França, onde o bloco das esquerdas (de Melanchon) foi o mais votado. Estão sendo convocados a governar em nome do imperialismo como estamos vendo na América Latina, no Chile, na Colômbia, e vamos ver isso em todos os países sem exceção.

Isso significa que essa esquerda entra em uma situação em que ela vai ter que inevitavelmente bater de fente com as massas operárias em um momento em que essas massas apresentam uma tendência ao ascenso de suas lutas.

Na França o movimento que faz com que essa esquerda se projete para o governo, tem como contrapartida a tendência de levantamento sindical operário, do que o movimento dos coletes amarelos foi uma amostra grátis.

Se a classe operária francesa se levantar vamos ver um movimento gigantesco das massas na França e na europa inteira. E a situação está propensa a se desenvolver nesse sentido.

Não é difícil a nossa tarefa, a situacao objetiva se encarrega de oferecer esses elementos para esse movimento, podemos dizer sem nenhum tipo de cautela que a esquerda são os partidos operários verdadeiramente socialistas, que não querem sustentar o imperialismo, e que estão numa luta a de morte contra o imperialismo! (aplausos).

Um último aspecto da política internacional, que é logicamente nacional também, é o problema da frente única que o nosso partido deve buscar com todos os setores verdadeiramente anti-imperialistas, isso é, um problema um tanto quanto complicado porque como podemos ver no Brasil quando se fala para usar uma expressão do sociólogo moderno, quando se faz um corte entre os vários setores no sentido do anti-imperialismo, vamos pegar desde a esquerda como a direita.

Significa que os nossos parametros políticos não podem ser ideológicos nesse sentido. A questão da luta anti-imperialista é superior a qualquer coincidência retórica ou ideológica com a esquerda.

O problema dado ao imperialismo é central, justamente por conta do seu enfraquecimento, é nesse momento que a sua luta se torna mais aguda.

Não podemos colocar aqui que estamos mais próximos do PSOL do que setores que são de direita mas sao anti-imperialistas. Temos que ter uma concepção diferente, é uma coisa que ninguém entende, no último período aceitamos convite de vários setores de direita, de diversas ideias, para discutir os problemas políticos, por quê? Porque temos conciência de que o problema do imperialismo não vertical a esquerda, é uma coisa horizontal que passa por todo o espectro político.

Não temos coincidência com a política da esquerda em quase nada. Ecologia? Tudo bem. Não somos favoráveis à destruiçao do planeta, mas não somos favoráveis a fazer como Sonia Guajajara e pedir o imperialismo para intervir no Brasil. É uma insanidade. Gustavo Petro disse que quer um fundação internacional pela amazônia, não somos favoráveis a essa política. Não vão proteger nada. É uma política de dominação.

Ecologia, é política identitária e também essa baboseira toda do pronome neutro, linguagem não sei das quantas, somos contra, não tem sentido.

Temos que lutar por constituir uma frente de luta anti-imperialista com os setores que estiverem dispostos a lutar contra o imperialismo porque a revolução socialista passa pela luta contra o imperialismo e não é so a revolução imperialista, é estratégica.

Escolhemos uma frase do Trotski (…) não há luta contra o fascismo sem luta contra o imperialismo. Toda essa política antifascista nos EUA, anti-trump, que é se juntar com o imperialismo não é uma política antisfascista, é uma política a favor do imperialismo.

Precisamos constituir uma ampla frente anti-imperialista no Brasil! (aplausos prolongados).

O caso brasileiro obviamente é como quando você olha através de uma determinada lente e a imagem aparece diferente ali.

No caso brasileiro projeta-se a situação internacional e vamos ter uma situação espeçifica, porque a situação é a mesma mas há características diferentes.

Uma situação com o Chile, a Colombia, é a presença da CUT, do PT, de uma esquerda ampla dirigida por uma esquerda confusa, mas que existe. Boric não tem nada por baixo de si, foi uma pessoa que o imperialismo pescou e colocou no governo.

Lula não é assim, está aí a tanto quanto tempo quanto nós, décadas de luta. Isso é um problema para a burguesia, porque não se trata de convencer Lula, ou corromper Lula, é um movimento geral, o PT é muito grande, o golpe aqui não foi 100% bem sucedido devido a essa massa de esquerda que há aqui, esse é um dado muito importante e apesar da politica intensamente capituladora do PT, não vamos entrar aqui na análise miúda dos acontecimentos, no momento.

Chegou ao paradoxismo da capitulação, assinar a carta da democracia é muita desorientação política, estão se colocando a reboque das pessoas que deram o golpe de Estado, do imperialismo. Tudo bem que o PT é um partido de pensamentos tortuosos, sempre dão uma volta enorme para chegar em algum lugar.

Se formos discutir com alguém do PT, vão dizer: “tudo bem, é o imperialismo, são os golpistas, mas nesse momento aqui esse movimento favorece a gente…” é uma besteira! Na época do golpe “eles querem dar o golpe, mas não vão conseguir, a câmara não vai votar o impeachment, votou, o senado não vai votar, votou”, o PT está sempre com essas ideias e essas ideias são fracassadas.

Uma parte queria se livrar de Lula, porque havia muita campannaha contra lula, e o que estamos vendo hoje é que se não houvesse Lula o PT seria derrotado muito antes da eleição. É uma política tortuosa e confusa, nossa experiência corrobora essa ideia.

Vou usar um paralelo histórico, quando os trotskistas foram expulsos da liga comunista vimos uma situaçao paradoxal, as massas estavam com os partidos comunistas em diferentes medidas em cada país, e os trotskistas eram um grupo muito esclarecido do ponto de vista da consciência, muito capaz, mas muito minoritário.

Muita gente portanto tirou a conclusão de que o trotskismo era inviável. No Brasil, o PC dirigia os sindicatos, e os trotskistas tinham intelectuais de grosso calibre, mas eram um grupo isolado. Qual era o problema que os trotskistas tinham consciência e estavam tentando resolver? O problema consistia em juntar a massa que estava no PCB com a direção que está fora do PCB.

Estamos vendo uma situação muito parecida nesse dia. A grande massa dos ativistas se organiza no PT – na medida em que isso é possível – ou em torno ao PT, mas a grande parte das tendências de luta contra a burguesia , o imperialismo etc., se expressam no PCO. Todo o problema se expressa, primeiro, em que o Partido não pode se separar desse grande contingente de ativistas, temos que procurar ao máximo acompanhar a evolução desse povo. Em algum momento devemos unir as duas partes que estão separadas.

Esse é o problema chave para a construção de um partido operário de massas no Brasil. Temos de trabalhar nisso, temos trabalhado bem, temos acompanhado com críticas, avanços, recuos o desenvolvimento desse grande número de ativistas. E qual a situação que vai se colocar daqui pra frente, quais os principais problemas e as principais coordenadas? A primeira coisa, devem ter reparado nesse exato momento, se manifesta uma lei que é do desenvolvimento dessa situação. Toda vez que o PT se sente confortável, ele desliza velozmente para a direita. Como a própria burguesia incutiu na cabeça dos petistas que a eleição está ganha, eles vão em freios à direita.

Os elementos mais direitistas levantam a cabeça. Estava vendo hoje no Brasil 247 a matéria da Tereza Cruvinel (rumores na sala) ela só faltou escrever um poema para esse ato ridículo que aconteceu no Largo S. Francisco, “a democracia está salva etc”., (risos, rumores) uma coisa que parece uma alienação da realidade, ficou tão empolgada com um ato em que falaram Neca Setúbal, a herdeira do Itaú, um ato grotesco, J C Dias do PSDB, a velha turma do PSDB que são esquerdistas que se venderam para a burguesia há muito tempo, e ela empolgadíssima, no fundo no fundo querem se sentar à mesa dos senhores, dos granfinos, dos endinheirados, a política deles acaba sendo essa: precisamos de um lugar nessa mesa, então vão para a direita com tudo.

Aqui temos duas possibilidades: ou Lula ganha ou perde. Nós temos que trabalhar com as duas possibilidades, sempre que temos alternativas temos que ter política que dê conta das duas alternativas, se Lula perder a eleição a crise dentro do PT vai ser gigantesca. Se Lula ganhar a eleição, a mesma crise vai se desenvolver em câmera lenta, então o governo vai se ver confrontado por uma radicalização, possivelmente uma mobilização dos trabalhadores, vão sacudir a burocracia sindical (e primeiro lugar a do PT) a burguesia vai pressionar o governo por um lado, os trabalhadores e os setores da esquerda pequeno-burguesa por outro Lado. 

Em qualquer uma das duas alternativas vamos ter um aprofundamento da crise, não vamos ter o que a direita do PT pensa, um período de paz social, “se Lula for eleito ficamos todos felizes, vai todo mundo pra casa e cuidar da vida, 100 mil pessoas vão conseguir cargos públicos e ficarão muito felizes, e é a paz social”. Não. Não é isso que vai acontecer. O que vai acontecer é que de um modo ou de outro vai se processar uma luta e uma crise, a pressão do imperialismo sobre o próximo governo vai ser gigantesca (estamos vendo isso na questão da Amazônia, já está claro que existe uma política do imperialismo para a Amazônia) essa pressão nunca é de graça, se Lula ganhar a eleição vai acontecer muita pressão, Leonardo Boff vai escrever 20 matérias dizendo que a Amazônia tem que ser internacionalizada (risos) e nesse momento a direção do PT está disposta a engolir todo tipo de sapo (Alckmin), Marcio França, esposa do M.França, Lu Alckmin, um economista neoliberal etc.

O pessoal do PT, e isso é fácil de perceber que é uma desgraça, “mas vamos ganhar a eleição e em nome de ganhar a eleição vamos tolerar isso”, mas não é assim, se o PT ganhar a eleição, não é uma coisa segura, estamos vendo a magnitude do movimento que está se dando aí… tudo bem que é um movimento que do ponto de vista numérico não tem valor nenhum (aquele ato do Largo São Francisco não tinha nem 1.000 pessoas, fizemos atos com 20 ou 30 mil pessoas no Brasil inteiro pelo Fora Bolsonaro), mas a iniciativa da burguesia é muito grande, mas dá a entender que o PT vai levar uma puxada de tapete muito grande.

Vamos ver o que acontece. Moral da história: temos que entender que o que obstaculiza um maior desenvolvimento da luta da esquerda, da classe operária, das massas no Brasil são as ilusões eleitorais e institucionais, o golpe criou uma enorme polarização do País porque o golpe meio que liquidou as ilusões institucionais de quase toda a população brasileira, uma parte foi para a direita outra para a esquerda, as duas partes da polarização são setores revoltados com a situação. O que vai acontecer? Se o PT perder a eleição vamos ter uma crise muito maior do que a que houve com o golpe porque é muito difícl aceitar que essa situação é democrática, limpa, se ganhar outro candidato que não é o Lula, principalmente se não for Bolsonaro.

Essas ilusoes vao entrar em conflito com a realidade e isso é um dado fundamental para que a gente atue na sutação política. Temos que continuar a fazer o nosso papel, e vamos ter que aprofundar esse papel, de ser a ala esquerda de um movimento geral, não devemos nesse momento falar “não temos nada a ver com isso” – o que o PT já fez até agora dava para ir pra casa e não olhar nem na cara dos dirigentes – isso não devemos fazer, temos que ser a ala esquerda desse movimento que contnua, e insistir com a denúncia e a crítica sistemáticas, ao mesmo tempo não devemos ficar exclusivamente nesse terreno, temos que agrupar os setores antiimperialistas de todo o espectro político e ideológico nacional.

Uma segunda coisa, um prognóstico a verificar se está certo no período próximo ou imediato. As massas brasleiras vao ou não vao entrar em ação? Nosso prognóstico é que elas pelo menos tendem a entrar em ação pelo menos nesse momento porque elas se desenvolvem a uma tendencia muito positiva, nesse momento a tendencia é muito forte, se não tivéssemos as eleções proavlemnte teriamos uma quantidade enorme de greves, a distirbuiçao de dinheiro pelo Bolsonaro amortece esse movimento geral, e a ilusão eleitoral também, mas a crise social já é suficiente para a crise explodir. Num certo sentido, estão jogando a crise para frente, vem a eleição;  o problema não seria fazer greve, é votar no lula… e Bolsonar ojogando dinheiro com a aprovação do setor fundamental da burguesia, por dois motivos: tem que conter a crise porque se a crise explodir no meio da eleição teremos um governo lula dirigido pelo fogo que sair da rua – veja-se no chile p.ex., a eleicao aconteceu depois que o movimento foi derrotado pela esuqerda, Boric está governando sob a presssao indireta das ruas, ele não tem condições de aguentar – quer dizer, a burguesia não quer colocar a eleição sob o impacto direto de um movimento popular nas ruas… vimos o movimento pelo Fora Bolsonaro ser descaradamente sabotado pela esquerda pequeno-burguesa, por que? Porque estao no bolso da burguesia… vimos que tanto o PCB quanto a UP, que querem se apresentar como a coisa mais revolucionária da eleição assinaram o manifesto da democracia (risos), estão assalariados ou não? Ninguém em sã consciencia que se diga comunista vai assinar esse manifesto. Inclusive o presidente da FIESP disse no ato do Lgo S.Francisco: é a uniao do capital com o trabalho, e é num certo sentido porque é a parte do trabalho que o capital comprou.

Passada a eleição, o folego de introduzir um amortecedor para a crise social tende a ser reduzido drasticamente. O plano da burguesia é que o próximo governo ao assumir lance um plano para derrubar a economia, para justamente evitar que tenhamos um amplo movimento grevista. Para eles, é preferível o povo assaltar supermercado do que uma greve operária… a classe operária brasileira é muito poderosa, se aqui n Brasil os caminhoneiros, os petroleiros, os eletricitários entrassem as 3 categorias juntas em greve o governo ficava de joelhos, teria que ir lá, comprar uma direção sindical para fazer o exército funcionar, ou a petrobrás etc.

Quer dizer: para a burguesia é melhor que tenhamos movimentos populares desorganizados de preferencia no Nordeste, Centro Oeste, do que ter uma ação coletiva da classe operária brasileira que é muito difícl de aguentar. Esse é o panorama. Resta a pergunta: vai dar certo? A situação é tao grave que se aprofundarem a recessao, aprofundar a taxa de juros, cortar os gastos ainda mais, é possível que tenhamos uma explosao social no Brasil. Está se formando uma situação em que vale o dito popular: se ficar o bicho pega, se correr o bicho come.

Depende muito da flutuação do mercado internacional. Para  burguesia a melhor situação seria a vitória da 3 via. Um governo não é só o problema de qual política ele vai aplicar, porque mesmo que se tenha um governo da burguesia precisam ter confiança de que aquele é realmente um governo da burguesia. Um exemplo: quando Collor ganhou a eleição de 1989, tirou da cartola um plano chocante e surpreendente: confiscou todo o dinheiro que estava na poupança de todos os cidadãos e empresas. Todos ficaram estarrecidos, inclusive a burguesia. Um jornal reproduziu uma discussão em um jantar da burguesia (anedota… do Fernandinho), mas ele era uma pessoa de absoluta confiança da burguesia. Ou se tem um esquerdista testa de ferro que está executando a política de um grupo empresarial ou se tem uma pessoa da própria burguesia, por isso a 3 via é importante.

Se for Simone Tebet apoiada por Neca Setúbal, FHC etc., e disser que tem que expropriar toda as empresas privadas, podem confiar, mas se for Lula etc…

Mantiveram Bolsonaro na rédea curta, e só aceitaram a liberação de verbas na eleição. E para fazer Lula perder voto e está acontecendo: Lula está perdendo votos no setors mais pobres da população de norte a sul, até agora Lula estava ganhando no 1 turno, agora já não mais…

Temos ainda dois comentários antes das perspectivas: primeiro, em relação à esquerda: a esquerda está sendo engolida pela chamada nova esquerda, isso vai criar uma polarização intensa dentro da esquerda, na verdade já se criou, está disfarçada por causa da política do PT, mas não fosse essa haveria uma guerra no interior da esquerda contra os que estão financiados pela Fund Ford, IREE, a guerra civil no meio da esuqerda foi contida pelo PT com a ilusao das eleições. É uma guerra civil entre nós e a classe operária contra a CIA, os demais sao intermediários, é uma situação onde a polarização tende a se desenvolver de uma forma explosiva, temos que resolver isso porque vai se colocar o problema da construção do partido operário no Brasil de uma forma bastante concreta.

Uma segunda questão que temos que analisar para não cair em interpretações falsas é o do bolsonarismo e da direita em geral. A esquerda adotou a seguinte posição: não só bolsonaro é fascista, como todos que o seguem sao… isso não é estranho… a pequena burguesia se apavora com o povo na rua, num certo sentido acha que povo na rua é fascismo. O que seria democrático e maravilhoso é quando fazem como  no Lgo São francisco. Quando o povo quebra a rua, derruba postes etc., é fascismo. Já vimos isso em 2013, com o fenomeno dos Black Blocs, o pessoal não queria apanhar da polícia, havia manifestação, reagiam, nós sempre apoiamos, até que chegou um ponto em que a cidade explodiu, o que mostra que esse movimento de resistência à polícia não era uma coisa reacionária como a esquerda apontava, tanto que gente do PT que nunca participou das manifestaçoes, disseram que era gente contratada para dar um golpe de Estado no PT… a esquerda tem isso, quando o povo sai à rua, se escondem do povo.

Nada mais natural que olhem e vejam dezenas e milhões de votos de Bolsonaro como dezenas de milhões de votos fascistas… é um eleitorado de direita, uma boa parte dele confusa, não podemos ter uma generalização, o próprio Bolsonaro é um fascista de teatro, está vestido de fascista até o momento, não está disposto a fazer tudo o que é necessário para ser um líder fascista, quando o pesoal dele mais radical quis sair na rua, ele recuou… todos devem se lembrar o enfrentamento com os bolsonaristas na Paulista, ele não deu respaldo a esse pessoal, tanto que Sarah Winter se sente traída por Bolsonaro que não estava pra valer nisso, não está em geral. Ele logicamente tem uma presença muito grande na PM, setores que seriam a base de um movimento fascista, o aparato de segurança é uma base do movimento fascista, o movimento de Bolsonaro tirando toda a parafernália trumpista é um movimento de um setor da burguesia nacional ( o mais direitista) contra o próprio imperialismo, por isso não bate de frente, não entra em choque… ele e o setor abertamente pró-imperialista da burguesia nacional não se entendem, mas não batem de frente. É um movimento de um setor da burguesia nacional, e em um certo sentido é um governo parecido com Lula, governou com uma base fisiológica, arrebanhou uma base no Congresso, formou uma base, e não eram setores representativos do imperialismo no Brasil, em alguns casos eram representantes dos mesmos setores… p.ex., o agronegócio, apoiaram Lula por muito tempo, apoiam Bolsonaro agora.

No frigir dos ovos, temos um movimento que seria bem representado pelo centrão, um movimento do baixo clero parlamentar (os deputados burgueses que não sao incorporados no Bloco do pessoal mais chic da política brasileira) e temos o movimento de setores do capital brasileiro que não encontra espaço no Estado nacional – também não encontraram espaço no governo bolsonaro, encontraram mais espaço com Lula do que com BOlsonaro, tudo bem que Lula deu apoio a setores importantes da burguesia nacional – odebrescht, friboi, mas em um certo sentido, não temos um movimento de características fascistas, não se trata disso… isso é um espantalho que a direita está usando para disciplinar a esquerda, é importante considerar isso porque essa política de alinhamento automático contra bolsonaro em todas as coisas é uma política que vem ficando clara gradativamente: algumas coisas defendíamos antes, como o armamento, sempre fomos a favor, nem falar da liberdade de expressão, e a oposição ao PSDB, o choque do Bolsonaro com o PSDB é ocasional, o nosso vem de décadas… temos que ter uma política que seja uma política pensada sem incorrer na tentação de parecer esquerdista bem-pensante.

Temos que ter nossa política mesmo que isso em determinados momentos leve a um isolamento relativo, porque na questão do STF sabemos que a base do PT apoia o PCO, não digo só … vários sindicalistas e deputados que não falam porque a alta cúpula falou que não é para apoiar o PCO…mas o apoio ao PCO é grande… a Urna eletronica também, parece que todo mundo acredita que é perfeita – parece que não tem nada perfeito, mentira… tem a urna eletronica (risos) – alguns dizem: não fale isso agora porque vai favorecer Bolsonaro. No máximo isso, é mais conveniente ser a favor da urna eletrônica e fazem a palhaçada de fazer um ato para apoiar a urna eletronica (risos) é uma jabuticaba, nunca vi, tenho quase 50 anos de militância e nunca  vi algo parecido.

Temos que manter uma política totalmente independente, temos que navegar nesse panorama político com a firmeza política prática doutrinária sem se deixar levar pela pressão dos acontecimentos. Se nos deixarmos levar pela pressão , vamos naufragar. Para nós, a situação política que se apresenta é ao mesmo tempo complicada, porque o regime vem endurecendo desde que o PT estava no governo, o que quebrou foi as mobilizações contra o golpe, as reivindicações democráticas estão em primeiro plano, já falamos em antiimperialistas, mas temos que acrescentar as reivinidcações transitórias no sentido do programa de transição. O regime está se endurecendo, os trabalhadores estao sendo golpeados com muita força, o imperialismo prepara uma política que pode levar a uma crise totalmente inédita, isso tudo é negativo, mas por outro lado desenvolve-se uma situação em que podemos desenvolver uma luta ampla pelo nosso programa em todos os terrenos, e isso é um sinal de que a situação se aproxima de ser pré-revolucionária, a situação mostra que há uma evolução muito grande da luta pol’tiica.

Questão central: temos que ter absoluta consciencia de que a defesa desse programa está ligada a duas coisas: nós defendemos esse programa para agrupar em torno desse programa uma vanguarda revolucionária, quer dizer, militantes conscientes que levem adiante essa luta de modo total e completo consciente, precisamo criar uma organização que seja uma força material, somos uma força que influencia a situação política nacional, é um dado. Inclusive com o STF, tudo o que aconteceu nesse ano, nossa relação em geral com as massas mudou de qualidade, subiu a um novo patamar, temos que dar continuidade a isso, mas o problema que se coloca é transformar essas ideias em uma organizaao política capaz de influenciar mais do que fazemos hoje os pórpios acontecimentos polítiocos.

P. Ex., que sejamos capazes de convocar um ato público e sejamos capazes de levar 10 mil pessoas… se conseguirmos isso, não sera’ apenas influencia, mas força material… precisamos entrar em essa nova etapa de construção de um partido operário no Brasil. Logicamente que a solidez da política é essencial, precisamo discutir os problemas, uma coisa que precisamo melhorar é ter uma discussão coletiva mais ampla e mais orgânica os quadros tem experiencia, mas o partido todo precisa discutir plítica se queremos crescer… cada militante precisa ser um dirigente do movimento de massas, e para isso é preciso que estejamos em uma nova qualidade… é parte do trabalho que estamos realizando aqui, convido a todos a discutirem esse informe, o documento aqui no plenário e amanhã nos grupos e discutir as propostas qeu estã sendo fentas. (aplausos prolongados, auditorio se levanta para aplaudir)

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