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Roubo de bicicleta

Justiça quer impedir candidato indígena de disputar governo do MS

Para a procuradoria eleitoral do Mato Grosso do Sul, índio não pode concorrer, mas o candidato Riedel, latifundiário e organizador da pistolagem contra índios, pode

Nesta semana, a Procuradoria Regional Eleitoral do estado do Mato Grosso do Sul, a PRE, ingressou com pedido de cassação da candidatura do único candidato indígena do Brasil a um governo de estado, o índio Guarani Magno Souza.

Segundo os argumentos da Justiça Eleitoral, a motivação seria uma condenação contra Magno por supostamente ter furtado uma bicicleta há dez anos atras. Toda essa clara perseguição apesar de sua certidão criminal estar completamente limpa e de acordo com as regras eleitorais do próprio TSE.

Essa tentativa de impugnação da PRE do Mato Grosso do Sul é uma clara perseguição ao índio Magno Souza devido a sua candidatura para denunciar a situação dos indígenas no estado e das atrocidades cometidas pelo governo do Estado nas mãos de Reinaldo Azambuja, do PSDB, apoiado pela senadora e candidata a presidência pela terceira via Simone Tebet.

A candidatura de Magno Souza estava tendo uma grande aceitação entre os indígenas e evidenciando os massacres realizados por latifundiários. O Estado do Mato Grosso do Sul é a segunda maior população indígena do Brasil e essa população está em situação precária causada não por governos bolsonaristas, mas dos “democráticos” do centrão e da terceira via, como o PSDB.

Segundo os dados da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI/MS), o estado do Mato Grosso do Sul, conta com uma população indígena de 80.459 habitantes, a segunda maior população indígena do país.

Também possui a maior concentração de índios dentro de uma reserva do país, a reserva de Dourados, no município de mesmo nome com cerca de 12 mil cidadãos de três etnias convivendo em uma área de apenas 3,5 mil hectares. Não por acaso no mesmo município que o candidato do PCO nasceu, cresceu e vive atualmente dentro de uma retomada constantemente ameaçada.

Esses dados demonstram que a situação dos povos indígenas no estado é explosiva e a candidatura denunciando abertamente essa situação incomoda os latifundiários e grileiros de terra que dominam o estado, incluindo os candidatos do PSDB e da presidenciável da Rede Globo e do TSE, Simone Tebet. Revelando que essa terceira via não possui nada de democrática e é potencialmente muito pior que Bolsonaro nos ataques aos povos indígenas.

Magno Souza é uma liderança da retomada Araticuty, no município de Dourados e ajudou a formar o comitê de luta Guarani-Kaiowá de Dourados para organizar os indígenas diante dos ataques dos pistoleiros e da Polícia. Ou seja, não é um índio ligado a empresários locais e a imprensa golpista que apenas fica apresentado pautas ligadas a classe média, como questões ambientais, mas apresenta pautas de organização e luta dos indígenas contra os latifundiários. Demonstrando que a situação dos índios, ao contrário da versão apresentada pela bancada do “cocar” do PSOL, é de extrema miséria.

Conforme sua campanha avança, o apoio entre os indígenas do estado está aumentando, juntamente com o apoio da população.

Já a justiça eleitoral se cala diante do candidato oficial do atual governador fascista Reinaldo Azambuja do PSDB e da apoiadora do governo, a presidenciável Simone Tebet, Eduardo Riedel. Eduardo Riedel é um latifundiário e grileiro do estado, ex-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (FAMASUL), entidade que organiza o latifúndio e os ataques a luta pela terra na região.

Quando presidente da FAMASUL, Riedel organizou o chamado “Leilão da Resistencia”. Esse leilão tinha como objetivo arrecadar recursos para contratar pistoleiros através de empresas de “segurança” para atacar os índios e sem terra do estado. Essa ação do Leilão da Resistencia para a contratação de pistoleiros foi tão absurda que a própria justiça tentou impedir de maneira acanhada devido a contratação de pistoleiros de maneira aberta. Ou seja, para a justiça eleitoral do Mato Grosso do Sul, pistoleiro e assassino do índios pode concorrer tranquilamente, já um índio Guarani tem que apanhar quieto.

O que está por trás dessa tentativa de impugnação é uma clara perseguição política contra um indígena que está denunciando os ataques do governo Estadual do PSDB, de Reinaldo Azambuja, e da senadora Simone Tebet contra os indígenas e revelando a faceta fascista destes dois candidatos.

É preciso denunciar amplamente essa tentativa de calar mais uma vez o PCO e da única candidatura indígena a governo do estado do Brasil.

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