Alberto Fernández, atual presidente da Argentina, declarou que iniciará uma investigação sobre um encontro entre juízes e diretores do Grupo Clarín, veículo de comunicação que faz oposição ao governo, na mansão do inglês Joe Lewis, na Patagônia, assim como sobre o financiamento da viagem.
A determinação foi dada após uma publicação do jornal Tiempo Argentino, divulgada no último domingo (04/12). O veículo teve acesso ao que foi dito na reunião por meio de um grupo de Telegram, chamado “Operación de Página 12”.
O nome é relacionado ao jornal Página 12, que expôs o encontro na mansão do britânico e divulgou a ligação de integrantes do Judiciário e aliados do ex-presidente argentino Mauricio Macri.
Entre os nomes que estavam presentes na reunião, destacam-se o de Julián Ercolini, um dos juízes que lidera o processo contra Kirchner, o de Marcelo D’Alessandro, ministro da Justiça de Buenos Aires, Tomás Reinke, empresário especialista em campanhas digitais, e Leo Bergroth, ex-membro da Agência Federal de Inteligência.
Na conversa divulgada, era discutido como falsificar as provas sobre a viagem e sobre como mostrar que cada um arcou com as próprias despesas.