A recomendação da procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), para que sejam interrompidos ou mesmo encerrados jogos com episódio de suposta discriminação, foi aceita pela Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Essa também é uma recomendação da Fifa, que data de 2019. “É um protocolo Fifa que será seguido. Obviamente a recomendação do STJD será seguida”, declarou Wilson Seneme, presidente do órgão da CBF.
A recomendação do STJD sugere que os jogos em que haja alguma discriminação por racismo, gênero, orientação sexual ou qualquer outra forma devem ser paralisados e, se persistirem as ofensas, o jogo deve ser interrompido e, em última instância, cancelado.
Trata-se de uma demagogia da CBF ─ imposta pela Fifa, ou seja, pelo representante do imperialismo no mundo do futebol ─ com os negros, mulheres e LGBT. Isso, nem de longe, irá combater as discriminações e preconceitos na sociedade. Pelo contrário: essa medida, claramente identitária, poderá, inclusive, acirrar os ânimos daqueles que atuam de forma preconceituosa, pois, não se pode negar, é um ataque antidemocrático e arbitrário ao conjunto dos torcedores e do público futebolístico.
Ademais, serve como medida restritiva ao direito de ter liberdade de se expressar. Esse direito deve ser garantido em todas as instâncias e ocasiões, principalmente em um jogo de futebol, onde sempre foi comum haver ofensas entre times e torcidas adversários.
A medida não deixa claro quais seriam as outras formas de discriminação além de racismo, de gênero e sexual. Logo, qualquer coisa poderia ser considerada discriminação, inclusive, por exemplo, a torcida do Palmeiras sendo chamada de “porco” ou a do Flamengo de “urubu”.
O politicamente correto irá destruir o futebol caso a sanha identitária-reacionária não seja parada.
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