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Manipulação

Intromissão: EUA vão monitorar as eleições brasileiras

Imperialismo busca controlar o pleito para garantir a vitória de seu candidato, como sempre fizeram

O processo eleitoral brasileiro está repercutindo internacionalmente. A preocupação dos EUA e de todo o imperialismo é pela possível, mas nem um pouco certa, vitória de Lula. Depois de Vitória Nuland, conhecida por estar presente no Maidan e em outros eventos que derrubaram o presidente na Ucrânia em 2014 e em outros países, se manifestar dizendo que as eleições brasileiras são “confiáveis” e depois o próprio secretário de estado dos EUA manifestar o mesmo, agora é a vez da porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

Ela afirma, ao responder uma pergunta da repórter do jornal golpista e imperialista Globo News em Washington, que o histórico do Brasil é de “eleições livres e justas”, conduzidas com transparência e alto índice de participação dos eleitores.

Diz ela que “como um democrático parceiro do Brasil, os EUA acompanharão as eleições de outubro com grande interesse e, como acabo de dizer, iremos monitorá-las com a expectativa de que serão conduzidas de maneira justa, livre e com credibilidade, com todas as instituições relevantes atuando de acordo com seu papel constitucional. Mas, novamente, vamos apenas monitorá-las”. A chamada da matéria no portal golpista Metrópoles foi de que os EUA vão monitorar as eleições brasileiras. Seria uma ameaça?

Será que farão o monitoramento do mesmo modo que fizeram nos governos Dilma, Angela Merkel, etc. e da diretoria da Petrobras? Aquele monitoramento foi denunciado pelo Wikileaks, BBC, e outros periódicos e que custou a prisão do seu responsável, Julian Assange em 2016, com a acusação de estupro sem provas concretas e de revelar “documentos secretos” do governo dos EUA. Na verdade, revelou a espionagem do governo daquele país sobre os demais em busca de alguma vantagem econômica.

Mas a embaixada, do governo Joe Biden, dos EUA no Brasil emitiu um alerta há pouco mais de 20 dias pedindo aos cidadãos norte-americanos que moram aqui que tenham cautela com as eleições pois são esperados possíveis conflitos ou fechamentos de estradas, diz outra matéria do Metrópoles.

Em 07 de setembro o secretário de estado dos EUA, Antony Blinken, enviou mensagem ao governo brasileiro pela comemoração dos 200 anos da Independência e falou em apoio à democracia, que juntos as duas maiores nações “democráticas” do “ocidente” podem garantir ela para toda a região e demonstrar para todas as pessoas. Falou no fortalecimento do relacionamento estratégico e econômico para promover os direitos humanos e a justiça racial.

Essa intromissão do governo norte-americano em assuntos internos do Brasil tem um objetivo óbvio, que é garantir que o candidato da terceira via possa ser o vitorioso, seja quem for. Já deixaram claro que Lula não interessa e nem mesmo Bolsonaro, apesar de este ser parte do plano B do imperialismo. Se não for possível a terceira via ficam com Bolsonaro mesmo.

A intromissão dos EUA nas eleições e na política brasileira é velha conhecida nossa, se fez presente em 1954 que levou o Getúlio Vargas ao suicídio, em 1964 no golpe de estado contra João Goulart e em 2016 outro golpe de estado contra a primeira mulher presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Isso deixa claro que querem um governo eleito para atender aos interesses do imperialismo, dos EUA e seus aliados. Se tiverem sucesso, o povo trabalhador é quem vai pagar a conta, e esta será bastante mais elevada que no passado. Já perdemos cerca de um terço das indústrias e agora querem se apropriar das riquezas da nossa Amazônia, precisamos ficar atentos a isso.

A propósito, o ex-chefe da CIA James Woosley já reconheceu a intromissão dos EUA nas eleições e política de outros países, no vídeo abaixo.

CIA admite que manipula a política de outros países
Cia admite que manipula a política de outros países.

Se os EUA querem garantir a “justiça social e racial, os direitos humanos” e todo esse discurso hipócrita, por que não apaziguam seu próprio povo com essas coisas, pois estão à beira de outra guerra civil? Ou então por que não vão garantir isso tudo nas eleições da Inglaterra, da França ou da Alemanha? Por uma razão muito simples, nem os governos dos EUA, da Inglaterra e da Europa com Otan e tudo não têm recursos econômicos para isso. Estão em completo caos econômico e social e assim ficam impossibilitados de agirem nas nações fortes ou imperialistas. Então deixem de interferir na política interna do Brasil, somos capazes de resolver isso ao nosso modo. Fora imperialismo!

Os embargos econômicos contra a Rússia e China não surtiram efeito para esses países, e se voltaram contra os opressores provocando ainda piores consequências para a Europa, que está à beira do abismo, como no período da II Grande Guerra. Sem energia as empresas começam a fechar uma após outra em espiral negativa para a economia e os trabalhadores, que penam com a chegada do inverno e com as contas de energia com aumentos estratosféricos. Ficam assim à beira da guerra civil ou da revolução.

Como o imperialismo vai lidar com isso não sabemos. O que importa para os trabalhadores do Brasil e do mundo é sua união e a ocupação das ruas contra o imperialismo e contra o capital monopolista, que são a origem do problema.

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