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Autodefesa

Índios brasileiros precisam se armar contra o Estado fascista

Jagunços da burguesia intensificam seus ataques aos povos indígenas usando métodos fascistas

A cidade de Amambai, no sul do estado de Mato Grosso do Sul, bem próxima à fronteira com o Paraguai, vem sendo palco de violências brutais e assassinatos de indígenas pelas forças do Estado fascista do latifúndio. Depois do assassinato do índio Vitor Fernandez, seguido do homicídio de Márcio Moreira, ocorridos em datas diferentes semanas atrás, na primeira semana de agosto, dia 1/08, um atentado a bala feriu no braço e na perna um indígena da aldeia de Amambai. Após atendida e liberada do hospital, a vítima, o comerciante Vitorino Sanches, 60, prestou depoimento à polícia. A recorrência de assassinatos por motivos fundiários na região está tão frequente que a notícia sobre o ataque a Vitorino motivou a reportagem da G1 e da TV Morena, afiliada da Globo no MS, tratando do tema, tornando-o conhecido por todos os que acompanham a emissora e seus canais de comunicação golpistas, inclusive com vídeos e imagens que trazem o aviso “atenção: imagens fortes”. Em outras palavras: está tão evidente que não dá para deixar de noticiar. Sinal de que a força da defesa dos indígenas é causa de preocupação para os poderosos ruralistas. Márcio Moreira, morto dia 14/07, foi baleado ao responder uma chamada para emprego, que, na verdade, era uma emboscada.

Em seu depoimento, noticiado pela G1, Vitorino, que é liderança conhecida da aldeia local e já foi candidato a capitão da aldeia e a vereador, afirma que não sabe porque foi baleado, pois não recebeu avisos, ameaças e nem tem problemas, brigas ou confusões com ninguém. Mesmo assim, seu veículo, como mostram as imagens, foi alvejado por 15 balas, duas delas acertando a vítima.

Desde antes da separação do estado de Mato Grosso do Sul do estado de Mato Grosso, 1979, ainda na época da ditadura militar, o ataque aos índios Guarani-Kaiowás e de outras etnias da região visando seu extermínio e a tomada de suas terras acontece ininterruptamente, até chegarmos ao produtivo estado de grandes latifundiários que MS é hoje. Os massacres e assassinatos que antes não eram tão noticiados, agora são mais difundidos pelas comunidades indígenas da região sul do Estado. Uma das razões pelas quais isso vem acontecendo é a organização dos índios para se defenderem, usando as redes sociais para mostrar sua realidade violenta e oprimida, cercada por viaturas, caminhões, drones e helicópteros policiais, Força Nacional diante de suas casas e jagunços armados à espreita para emboscadas em áreas rurais. Os índios, organizados e enfrentando abertamente os latifundiários, estão conseguindo que, pelo menos, suas vozes, imagens e apelos à população cheguem aos moradores das cidades de todo o país, população que por preconceito ou ignorância não estava ciente da grave situação dos índios sul-mato-grossenses. 

O PCO, através de seus comitês de luta, apoia os índios da região na divulgação de suas mensagens, orientação política e organização das comunidades, especialmente das retomadas, para que a violência fascista seja enfrentada e combatida com conscientização política, defesa de direitos e defesa da própria vida, quando isso se faz necessário. Daí surge uma questão muito polêmica no Brasil: o armamento da população para sua autodefesa. No caso dos índios sul-mato-grossenses, essa necessidade de autodefesa  e de armas é central no enfrentamento da opressão do braço armado do Estado, que conta com PM, Força Nacional e seguranças privados, os conhecidos jagunços, para “defender” as grandes propriedades, investidores e fazendeiros. Os fatos da violência contra índios e populações rurais pobres mostram que flores e cirandas não podem vencer balas de vários calibres quando essas atingem seus corpos. A organização das comunidades para autodefesa é uma proposta e uma necessidade para os indígenas, assim como armas para que essa defesa realmente possa se efetivar. A denúncia e a divulgação da situação devastadora em que os índios se encontram é uma ação que tem se mostrado eficiente, mas não é suficiente para enfrentar os ataques da burguesia ruralista. A autodefesa armada das comunidades indígenas é uma necessidade urgente no enfrentamento do agro fascismo.

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