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Formação de base golpista vai garantir o governo Lula?

Os golpistas não buscam aliança alguma, mas a infiltração no governo Lula. Não irão contribuir, mas desmoralizar e enfraquecer o governo

Durante as eleições, a campanha de Lula variou de política. Acabou por conquistar a vitória pela política adotada no segundo turno, de mobilização dos trabalhadores em torno das pautas concretas ansiadas pela população, como a fome, o emprego e o salário, um giro de 180 graus em relação ao primeiro turno, despolitizado, com a campanha do amor contra o ódio, uma demagogia barata. Apesar disso, face à pressão da burguesia, para a transição e o conselho político, a política adotada pelo PT recorre novamente a uma frente ampla, e com os mesmos responsáveis pelo golpe de 2016 e pela fraude eleitoral de 2018, com a prisão de Lula.

Frente à ameaça do crescimento da extrema-direita apontado pela imprensa burguesa, a estratégia para garantir a posse e o governo adotada pela direção do PT é a frente com a ala mais reacionária da sociedade na prática, a ala pró imperialista. Assim, a terceira via cresce em sua estratégia de se infiltrar no governo Lula. Entre os convidados para o primeiro momento, estão o MDB, o PSD e duas figuras execráveis da política nacional, envolvidos com a destruição do país realizada ao longo dos governos Fernando Henrique Cardoso: Pérsio Arida e André Lara Resende. Resta saber o que uma “base” do centrão no Congresso assegurou para Dilma em 2016, ou a Lula em 2018 ou ao longo de sua prisão.

André Lara Resende, por exemplo, quando presidente do BNDES no governo FHC, foi um dos responsáveis pela escandalosa privatização da Telebrás, um fato que determinou até hoje o atraso das comunicações no Brasil. O feito ainda colocou a população frente a um serviço fundamental, mas caro e extremamente problemático, com um crescimento pífio de infraestrutura proporcionalmente aos lucros gigantescos do setor. A privatização da Telebrás foi coberta em detalhes por este Diário na matéria “O crime da privatização da Telebrás”.

Juntos, Pérsio Arida e André Lara Resende são considerados pais do Plano Real da gestão FHC. A primeira medida do Plano Real foi a indexação da moeda nacional ao dólar, e a facilitação de produtos industrializados no Brasil, o que sacrificou os setores de os setores de material elétrico, equipamentos eletrônicos, calçados, vestuários e têxtil. De acordo com pesquisa do IBGE do ano 2000, entre 1995 e aquele ano, o desemprego aumentou em 155%, o que reflete apenas um aspecto desta política. O aumento na fome e na miséria foram destaques do governo FHC, com uma política de privatizações e destruição da indústria nacional, com a entrada do capital financeiro especulativo no país, que conduziu uma rapina da qual não nos recuperamos até hoje.

Para conseguir encampar as pautas indicadas na campanha e, ainda, levá-las mais adiante, o governo Lula e a direção do PT não tem alternativa que não se apoiar completamente na classe trabalhadora. Os golpistas estão subordinados ao imperialismo, como demonstrado ao longo de dois anos do governo Temer e quatro anos de governo Bolsonaro. Agora, armam um teatro para infiltrar o futuro governo e neutralizá-lo em seu aspecto fundamental, o apoio da classe operária.

Aqueles que garantiram a eleição de Lua são, naturalmente, aqueles em que ele pode e deve se apoiar. É isso que determina a candidatura do petista como diferente em caráter dos típicos candidatos pequeno-burgueses. A vitória foi conquistada contra a oposição da burguesia. Afinal, contra o golpe, contra a prisão, Lula se ergueu com o apoio dos trabalhadores, que impuseram uma derrota ao imperialismo. Agora, é preciso dar prosseguimento à luta contra o golpe. A CUT e os sindicatos devem ser mobilizados e possuir papel central no governo. O Congresso e demais instituições golpistas, ao se oporem às vontades do povo para cumprir as medidas do governo, devem se deparar com um amplo movimento de massas que imponha a vontade popular. O governo Lula precisa ser pressionado pela base para que seja aquilo que os trabalhadores o elegeram para ser, um governo deles.

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