Passadas 24 horas do resultado do segundo turno das eleições que deu vitória ao líder operário Luiz Inácio Lula da Silva, o miliciano golpista derrotado ainda não se pronunciou reconhecendo sua derrota.
Em paralelo ao silêncio do miliciano sobre a questão, os caminhoneiros e seus patrões, com a complacência do aparato repressivo estatal (forças armadas e forças auxiliares), deram início a um intento golpista paralisando diversas rodovias do país com o objetivo de iniciar uma ofensiva contra o processo de transição para que o Presidente Lula retome ao posto que deveria estar desde 2018, que é no Palácio do Planalto conduzindo o Estado Nacional.
Até o presente momento, o judiciário e o parlamento têm lavado suas mãos diante da situação. Para reprimir greves e mobilizações da esquerda, promover despejos truculentos sem ordem de reintegração de posse, durante os últimos seis anos em que se estabeleceu um regime político golpista no país, esses aparatos estatais em conjunto com as forças de repressão, não oscilavam e respondiam rapidamente, com brutais intervenções, se valendo da Garantia da Lei e da Ordem, da Lei de Segurança Nacional e da Lei Antiterrorismo. Agora quando os capachos do imperialismo e dos milicianos iniciam um verdadeiro intento golpista, os mesmos fingem que nada está acontecendo.
Essa prática ficou muito nítida também no dia da votação, quando o Presidente do TSE, Ministro Alexandre de Moraes, nada fez para impedir que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fizesse operações em várias estradas do país, para não permitir que os eleitores do PT chegassem aos locais de votação.
A complacência das instituições com o golpe foi corriqueira no processo eleitoral, desde o fato de permitirem que Bolsonaro despejasse bilhões com a PEC da Compra de Votos, até a questão da coação patronal para que os trabalhadores votassem no miliciano.
A esquerda e suas organizações precisam tomar uma imediata decisão pela mobilização de rua, para garantir que Lula faça a transição, tome posse e governe o país, para implementar as medidas necessárias para restituir os direitos dos trabalhadores perdidos com o golpe, restabelecer as condições de sobrevivência dos explorados e retomar a soberania integral de nosso país. Não podemos permitir que as mobilizações golpistas dos fascistas ganhem corpo e se alastrem! É preciso fazer isso, agora!