Na ultima semana, dezenas de milhares de pessoas foram à Cinelândia, no Rio de Janeiro (7/7) e à Praça da Moça, em Diadema (SP) para participar dos atos que contaram com a presença da maior liderança popular do País e candidato presidencial de praticamente todas as organizações de luta dos trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva.
Foram as maiores manifestações da esquerda dos últimos tempos e sinalizam uma retomada das mobilizações nas ruas após a sabotagem da campanha “fora Bolsonaro” por parte de setores da esquerda pequeno-burguesa que queriam permitir que a campanha, iniciada pela esquerda, servisse de ponte para políticos e partidos reacionários da frente ampla que, inclusive, apoiaram o golpe de Estado e a eleição fraudulenta de Bolsonaro e que nunca quiseram derrubar Bolsonaro (e ainda não querem) mas apenas se apoderar do movimento e sabotá-lo, como João Doria e Joice Hasselmann, e seu PSDB, Kim Kataguirri, do MBL, o abutre Ciro Gomes, que não faz outra coisa que não seja atacar Lula, Paulinho da Força etc.
A militância combativa da CUT, PT, PCO etc repudiou majoritariamente essa política e, nessas condições, a maioria da esquerda pequeno-burguesa decidiu parar com as mobilizações. Muitos setores, inclusive, procuraram difundir a absurda conclusão de que elas não seriam mais possíveis ou desejáveis, pois Bolsonaro seria derrotado pela CPI da pandemia que, como todos sabem “terminou em pizza”, servindo apenas de palanque eleitoral para setores da direita que buscam construir a terceira via.
Uma nova etapa de mobilização
Os atos ainda não refletem um amplo esforço de mobilização, uma ampla campanha para trazer as massas para as ruas, para impulsionar a campanha de Lula e a defesa das reivindicações populares diante da crise, uma vez que muitos setores que se infiltraram na campanha de Lula são, de fato, inimigos das mobilizações populares (e até mesmo têm um histórico de repressão das mesmas, como Alckmin, o PSB, candidatos do PSD etc.) e há uma clara ilusão em setores da esquerda que será possível derrotar a direita sem colocar o povo trabalhador nas ruas e derrotar por meio da mobilização todas as alas da direita que já deixaram claro que não vão dar tréguas e vão procurar Lula, toda a esquerda e todo o povo brasileiro com mais intensidade no período eleitoral.
Por isso mesmo, esses primeiro atos foram convocados de maneira muito tímida diante das necessidades da situação política; com pouca ou nenhuma divulgação e convocação, com mobilização muito reduzida, fraca, extremamente precária e com medidas que reduzem a participação popular. Nã há, como é necessário, caravanas dos sindicatos, das ocupações, dos bairros populares etc. Nos próprios atos, há exceção de Lula e alguma outra liderança real da luta popular, ha u predomínio de políticos abutres que procuram se escorar no ex-presidente para recuperar algum prestígio e defender seu próprios interesses e dos setores da burguesia a que estão vinculados, contra as causas populares. Assim sabotares da campanha de Lula, que criaram inúmeros obstáculos à campanha até agora, comparecer com seus discursos enfadonhos e promessas vazias, procurando se passar por aliados de Lula, quando nos bastidores fazem chantagens e até provocam brigas (como se viu no Rio) em função dos seus mesquinhos interesses eleitorais.
Lula o candidato da mobilização popular
Fica evidente que Lula tem um enorme potencial de mobilização popular e é o único candidato capaz de levar milhões às ruas e fazer da campanha eleitoral um momento de amplas lutas em favor das reivindicações populares.
A grande mobilização em torno da figura de Lula evidencia a tendência de enormes massas de trabalhadores, da juventude e demais setores explorados, em um momento em que cresce a revolta da população com a situação econômica (inflação, tarifaço dos combustíveis etc.), a entrega da economia nacional (privatizações) e social (fome, miséria e desemprego recordes etc.), bem como com o regime político que se mostra capaz de apresentar qualquer saída para a maioria do povo diante do aumento da crise.
Essa tendência de mobilização popular vai aos poucos cirando as condições para superar a paralisia da esquerda e da maioria das direções sindicais e populares. Se desenvolve quando a esquerda parlamentar se mostra atrelada às próprias iniciativas da direita, como fica evidente no caso do apoio de senadores e deputados da esquerda à “PEC da compra de votos” de Bolsonaro.
Ampliara mobilização: milhares com Lula em Brasília
É preciso superar as debilidades da onda que se levanta. Se opor à política dos que defenderam – desde o começo – atividades feitas para um reduzido público da esquerda, “ficar na bolha”.
É preciso fazer da campanha de Lula, um poderoso movimento de mobilização popular.
Trazer para os atos as reivindicasse populares, as verdadeiras reivindicações do povo, que nada tem a ver com o discurso demagógico de políticos burgueses que querem tirar proveito do prestígio de Lula e ludibriar o povo.
É preciso rejeitar a política desses setores, da direita que quer controlar a campanha de Lula, de fazer atos controlados, de caráter meramente demonstrativo.
Lula e o povo só vão sair vitoriosos se mobilizarem milhões, se enfrentarem e derrotarem os ataques e a sabotagem da direita.
É um enorme erro e nesse momento, em que há alguma mobilização popular, colocar medidas que busquem conter as mobilizações. É preciso reverter esse quadro criado pela esquerda pequeno burguesa e colocar uma campanha popular e combativa nas ruas.
Os atos devem ser nas ruas e populares. Com pautas que enfrentem os problemas reais como a fome e o desemprego, com grande mobilização e convocação da população.
O próximo ato com Lula acontece em Brasília, nesta terça-feira (12). O evento está marcado paro o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a partir das 17h.
Os militantes do Partido da Causa Operária (PCO) e dos Comitês de Luta, participaram dos atos da Cinelândia e Diadema, vão estar em Brasília, em todos os atos da campanha de Lula pelo País afora, chamando a mobilizar pelas reivindicações populares, a lutar pelas liberdades democráticas, contra os ataques da direita, e defendendo a candidatura de Lula presidente, por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.
Nesta terça, você que é de Brasília e região, venha com o PCO e o Bloco Vermelho, por uma campanha de luta, por uma grande mobilização que leve à vitória do povo trabalhador.