Enquanto que os banqueiros estão nadando em dinheiro (somente no ano passado obtiveram um lucro líquido de R$ 132 bi e, somente no 2º trimestre, os lucros dos quatros maiores bancos foram de R$ 26,6 bi), a proposta apresentada, nesta campanha salarial para os banqueiros de 8% para esse ano e de 0,5% de “ganho real” para o ano de 2023 é ridícula!
Tal proposta é a velha fórmula de sempre: confisco e arrocho salarial por um lado e aumento criminoso dos preços dos produtos por outro.
A categoria bancária vem sofrendo ao longo dos anos um ataque brutal às suas condições de vida e, especialmente após o golpe de Estado, que já resultou em dezenas de milhares de demissões, descomissionamentos, arrocho salarial, sobrecarga de trabalho por falta de pessoal, aumento do assédio moral etc.
A proposta dos banqueiros passa por cima das pautas de reivindicações aprovadas no Conferência Nacional dos Bancários, tais como aumento real de 5%, garantia no emprego, reajuste automático conforme a inflação, melhores condições de trabalho e, nesse sentido, a categoria não deve aceitar as migalhas caídas nas mesas de negociações.
A categoria, em virtude de suas características numérica, nacional e sua natureza na economia capitalista na atual etapa, pode deslanchar um importante movimento nacional de luta, contra a política de terra arrasada dos banqueiros e seus governos.
É necessário gritar em alto e bom som um sonoro NÃO à proposta dos banqueiros e reverter os rumos da atual campanha salarial. É preciso colocar como reivindicações centrais, além do reajuste salarial, a reposição de todas as perdas salariais, reajuste automático dos salários toda a vez que a inflação atingir 3%, estabilidade no emprego, salários de ingresso de R$ 7 mil, fim das terceirizações, não às privatizações.
Para isso, é necessário constituir uma Frente de Luta e a criação de Comitês de Luta em todos os locais de trabalho. A criação de um Comando Nacional dos Bancários, eleitos pela base, para organizar as mobilizações e a greve da categoria, nacionalmente, para que essas reivindicações sejam atendidas pelos patrões. Somente a luta, nas ruas, poderá barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros. Lutar é preciso, vencer é possível.


