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Eleições democráticas?

Demissão, censura e sabotagem: como é ser candidato pelo PCO

Candidaturas do PCO são realmente classistas, por isso enfrentam todos os tipos de obstáculos. Quando não falta tempo na grande imprensa, os próprios candidatos sofrem perseguição.

É sobretudo em ano eleitoral que se vê na prática os limites constitucionais do direito de se organizar, pensar e se expressar firmados em cláusulas pétreas, que mal servem para segurar as mais simples portas contra a ventania de fraudes eleitorais e perseguições políticas do alto ao baixo escalão das instituições contra toda classe trabalhadora.

É uma tempestade antiga, que após as eleições volta a se comportar como aquela corrente fria e cortante que busca não ser percebida, mantendo as aparências democráticas do regime burguês. Todas as eleições são marcadas por estes dois elementos, das perseguições, a busca constante dos juízes eleitorais pelo indeferimento das candidaturas de seus inimigos políticos. Neste quesito, em 2020, foram o Partido da Causa Operária (PCO) e o Partido dos Trabalhadores (PT) os vitoriosos, respectivamente, pela proporção de indeferidos sobre as candidaturas lançadas (24,5%), e a quantidade de candidaturas indeferidas comparado aos demais partidos (780).

Aos que buscam defender a perfeição do regime eleitoral ministrado pelos deuses não eleitos do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é preciso ter em mente que os indeferimentos são somente uma lasca da ponta do iceberg de manipulação eleitoral, pois não se trata, como alegado, de má organização quanto ao cumprimento de todo processo burocrático, mas da velha e somente eliminação da concorrência, indeferimentos combinados com a gigante e diária campanha de calúnia do monopólio de imprensa capitalista, que não bastando aos candidatos serem retirados do pleito, esses órgãos terminam por enterrar os partidos junto com a vida privada dos candidatos.

É a boa e velha ditadura da democracia burguesa, a qual não é preciso provas para afirmar, já que o único presidente operário nacional foi até preso duas vezes, primeiro por organizar uma greve, segundo por ser popular e concorrer às eleições de 2018. Neste ano mesmo, pouco antes do período eleitoral oficial, o STF teve a cara de pau de fechar toda imprensa virtual do PCO sem ao menos ter provas para qualquer acusação, de crime, de fake news, de campanha antecipada, ou qualquer coisa fora do regime legal, sendo que o mesmo buscou pressionar as lideranças do partido para declarar os nomes pessoais dos que trabalham em suas redes sociais.

É uma vergonha o que se tornou a Justiça Brasileira. É possível se ter o quadro geral desta hemorragia democrática já nesta primeira semana de campanha eleitoral oficial. A começar pelo prazo de um mês e meio até as urnas para os candidatos percorrerem o País a dialogar com suas bases. Os que podem, até porque a distribuição do total do fundo eleitoral (4,9 bilhões) pelo TSE, segundo a Agência Senado, vai de R$ 782,5 milhões ao União Brasil (fusão do DEM com o PSL), aos R$ 3,1 milhões do PCO (valor mais baixo, junto com mais 8 partidos). Sem contar a propaganda eleitoral em rádio e TV, que também é vetada ao PCO.

Um segundo ponto desta primeira semana foram dois casos já gritantes, o primeiro deles, o da candidata Carmen Hannud, do Tocantins pelo PCO, que foi demitida de seu emprego logo após o registro ao pleito no TSE. Carmen, professora de psicologia da Faculdade Católica Dom Orione, recebeu tão e somente um pedido para se retirar da instituição no meio do período letivo e sem mais justificativas. O segundo caso, é o da candidata Lourdes Melo, do Piauí, também pelo PCO, que foi censurada durante o debate na TV Cidade Verde (rede afiliada à Rede Globo no estado), um dos raros debates em que o Partido havia sido convidado em toda extensão territorial.

Um verdadeiro circo montado pela burguesia, que age de maneira combinada com os juízes, com a imprensa, todo setor privado, e nem os candidatos concursados escapam das tramas deste conluio, sofrendo perseguições internas, perdas de salário e todo prejuízo possível dentro deste período. Fica claro portanto que não é permitido aos trabalhadores se organizarem, se candidatarem para defender a classe operária e todos os desvalidos deste sistema quase escravista, ainda piora com o regime de golpe de Estado imposto desde 2016.

As perseguições veem ainda mais para cima do PCO, que apesar de estranho, dado o tamanho do partido em relação ao PT, entre outros, e a possibilidade majoritariamente nula dos partido de extrema-esquerda elegerem candidatos segundo as normas do TSE, é justo à este partido que os capitalista mais atacam. Isso se torna claro quando se vê um debate com algum militante do Partido presente. O PCO não tem como meta vencer eleições, diferentemente dos demais partidos, mas aproveita este período para o embate político, para a denúncia do próprio sistema eleitoral naturalmente beneficia os candidatos dos consórcios da burguesia.

Neste ano, com mais de 150 candidatos para governo dos estados, para o senado, deputados federais e estaduais, além de suplentes, os porta-vozes do PCO são realmente representantes classistas, professores, estudantes, índios, usam as eleições assim como o partido bolchevique de Lênin e Trótski previa ocupar estes espaços até que o último trabalhador da Rússia se desiludisse das promessas e farsas deste regime, e tanto o faz e denuncia, que sofre, por isso, todos os tipos de restrições e obstáculos, escancaram na prática, por fim, a verdadeira ditadura que os trabalhadores precisam enfrentar não nas urnas, mas nas ruas, em protesto pelo fim do STF, do TSE, do sistema capitalista e burguês.

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