No Rio de Janeiro, os maiores partidos da esquerda nacional decidiram se abster do processo eleitoral. PT, PCdoB e PSOL, acompanhados pela Rede e PV, estão apoiando a candidatura de Marcelo Freixo, encabeçada pelo PSB e pelo PSDB. É a chapa da Rede Globo, da Polícia Militar — enfim, dos inimigos do povo —, que participará do pleito praticamente sozinha, praticamente sem ser contestada.
O que acontece no Rio de Janeiro está longe de ser mera exceção. Em Pernambuco, o PT e o PCdoB resolveram apoiar o criminoso Danilo Cabral, que pediu para ser exonerado do cargo que ocupava no governo do Estado somente para votar a favor do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. No Distrito Federal, o PT também decidiu não lançar candidato para apoiar um direitista. O inimigo dos trabalhadores da vez é Leonardo Grass, do PV.
Para o eleitor, portanto, as eleições se apresentam como um verdadeiro circo de horrores. É desesperador, de fato. O País está indo para o buraco, com a inflação totalmente descontrolada, o desemprego aumentando a cada dia e a fome voltando aos índices do governo FHC. No entanto, a esquerda, que deveria ser a maior interessada em denunciar os inimigos do povo, em apresentar uma alternativa, decidiu não só se abster, mas apoiar os mesmos picaretas que são responsáveis pelo sofrimento do povo.
Partidos menores, que se autodeclaram revolucionários ou socialistas, também estão no mesmo jogo. É o caso do PSTU, da UP e do PCB. Quando não apoiam explicitamente os golpistas, atacam a candidatura de Lula, que é a única capaz de unificar um movimento de luta contra o regime, e apresentam um programa reformista de baixíssima intensidade. Expressões como “reforma agrária”, “revolução”, “governo dos trabalhadores”, “imperialismo” etc. não são encontrados em seu material de campanha.
Apesar de tudo, há, no entanto, uma alternativa real para os trabalhadores. De norte a sul do País, praticamente em todos os estados, o Partido da Causa Operária irá comparecer às eleições com seus próprios candidatos. Nenhum deles é banqueiro, muito menos político profissional: são todos candidatos trabalhadores, que ganham a vida como metalúrgico, carteiro, funileiro, motorista de aplicativo, pedreiro etc.
As candidaturas do PCO são candidaturas operárias. E não somente por causa da origem de seus candidatos, mas também por causa do programa que defendem. O PCO é o único partido que defende incondicionalmente a candidatura de Lula e, ao mesmo tempo, rejeita a participação de Geraldo Alckmin e dos partidos burgueses na chapa petista. É o único que defende a liberdade de expressão irrestrita, que defende o direito ao armamento e que luta pela reforma agrária com expropriação do latifúndio.
Conheça o programa revolucionário do PCO e vote 29 contra os golpistas, contra a Terceira Via, contra Bolsonaro, contra a Rede Globo, contra o imperialismo! Quem bate cartão, não vota em patrão!