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Massacre do Guapoy

Criança indígena ferida pela PM teme ir ao hospital e ser presa

Ação criminosa da PM e latifundiários em Amambay no dia 25 de junho deixou feridos que ainda temem pela vida

O Massacre de Guapoy, uma ação criminosa da PM e latifundiários em Amambay/MS, no dia 25 de junho, deixou feridos que ainda temem pela vida. Adultos, mulheres, adolescentes e idosos foram feridos durante o ataque armado a indígenas, alguns deles ainda estão hospitalizados, pois os ferimentos a bala foram muito graves. Os que foram atendidos e liberados em seguida relataram que jagunços e PMs os esperavam nas proximidades, causando medo e ansiedade àqueles que necessitavam de assistência no momento da alta hospitalar.

Porém, um caso específico, publicado na rede social Twitter no dia 1 de julho,  mostra a realidade de índios que sofreram sob a atrocidade policial, pois o temor de serem novamente vítimas de agressões e prisão sem fundamento algum faz com que feridos que precisam voltar ao hospital não procurem  assistência médica. Há relatos de que se teme, inclusive, ficar internado devido à presença de jagunços e PMs nos hospitais, à paisana.

Segundo a postagem mencionada, uma menina de 15 anos, ferida pelos PMs com uma bala próxima à região do quadril, está passando mal, com dores fortes e sem receber tratamento médico adequado. A criança baleada afirmou que, no dia em que teve alta do hospital, ela foi levada arbitrariamente por policiais para um presídio. Levar uma adolescente inocente, ferida por PMs por ser indígena para um presídio está anos-luz além da legalidade. É crime essa ação policial contra a garota. Ou seja, além de serem vítimas das balas e ameaças constantes, os feridos são presos, como se eles fossem os criminosos. 

A profunda relação entre as forças do latifúndio e as forças policiais repressivas tem fomentado a violência contra índios e camponeses pobres de um modo muito mais visível, sem disfarces, à luz do dia e com testemunhas. PM e jagunços fazem o “trabalho sujo”, enquanto os braços políticos e administrativos fazem os trâmites correrem de maneira “legal” : PECs, cortes de verbas, grilagem legalizada, julgamentos que demoram a eternidade no judiciário etc.

O sucateamento de instituições como a Funai e o SUS não é novidade. Porém, nas Terras Indígenas (TI) do Mato Grosso do Sul, a situação é ainda mais precária, principalmente na questão da Saúde. As aldeias raramente contam com Posto de Saúde. Quando existe o espaço físico para instalação, normalmente está abandonado e sem condições de uso, sem nenhum tipo de manutenção predial. Ou, até mesmo falta os equipamentos e a presença de profissionais médicos, enfermeiros, farmacêuticos, entre outros com regularidade para atendimentos ambulatoriais. Também não há ambulâncias disponíveis para as comunidades indígenas, o que gera muitas mortes por falta de socorro imediato. Internações e cirurgias somente nas cidades mais próximas.

Enquanto a falta de assistência médico-hospitalar adequada aos contextos e localizações das comunidades indígenas se petrifica e se torna a única realidade disponível a eles, o aumento dos investimentos em equipamentos, veículos e recursos humanos das forças repressivas se fortalece na proteção dos latifundiários. Mais uma vez, fica clara a necessidade urgente de autodefesa indígena por meio do armamento do povo e do fim da PM assassina.

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