“Apenas o fresco entusiasmo e o espírito ofensivo da juventude podem assegurar os primeiros sucessos na luta”, afirmava Leon Trótski no Programa de Transição, texto programático de fundação da IV Internacional. Elaborado em 1938, o escrito do revolucionário russo apontava para a necessidade de incorporar às fileiras do partido os setores da vanguarda do movimento operário: a juventude.
É com esse espírito que o Partido da Causa Operária tem como uma das suas principais frentes de intervenção a juventude operária. A Aliança da Juventude Revolucionária (AJR) é o coletivo de jovens do PCO, um dos coletivos mais antigos do partido, responsável por organizar a luta da juventude, tanto no movimento estudantil como no movimento operário em geral. É uma organização nacional e que está presente em vários estados pelo País, atuando nas mobilizações dos trabalhadores para defender um programa revolucionário para a juventude.
A AJR tem em seu histórico uma série de movimentos políticos onde foi destaque. Nos últimos anos, no período de crise da pandemia do coronavírus, o coletivo foi responsável por organizar e impulsionar greves estudantis em todo o Brasil, denunciando a farsa do ensino à distância e lutando contra a volta às aulas presenciais, o que colocaria centenas de milhares de estudantes em risco de morte. Além disso, o coletivo organizou uma série de manifestações pelo Fora Bolsonaro e por Lula Presidente, indo na contramão do restante da esquerda brasileira que, por muito tempo, se posicionou contrária ao Fora Bolsonaro e, no período da pandemia, era contra a realização de manifestações de rua. A juventude do PCO cumpriu durante todo esse tempo o papel de vanguarda no movimento operário, chamando a todos às ruas para lutar pelas reivindicações dos trabalhadores e dos estudantes. O mesmo se deu com a campanha em defesa de Lula, como sendo o único candidato capaz de aplicar uma derrota ao golpe de Estado de 2016.
Em maio deste ano, foi dado mais um passo importante para a construção de uma juventude revolucionária: a AJR realizou seu II Congresso Nacional, que contou com cerca de 50 militantes presentes, com caravanas de norte a sul do Brasil, a fim discutir um programa revolucionário para a juventude nos dias de hoje.
Em seu programa, devidamente aprimorado após o Congresso, a AJR definiu como um dos seus eixos principais a atuação sobre a juventude operária. As organizações de juventude na esquerda brasileira tradicionalmente possuem um foco para o sindicalismo estudantil, ou seja, pela luta eleitoral que visa conquistar DCEs, centros acadêmicos, grêmios e outros espaços dentro de instituições estudantis, nas escolas e universidades.
A juventude do PCO, como deveria ser, está muitos passos adiante dessa política limitada e insuficiente. Nossa tarefa é organizar a juventude como um todo, organizar o setor mais consciente entre os jovens, tanto os estudantes como os jovens trabalhadores. Esses são um dos setores mais oprimidos da sociedade. Pelo fato de, em sua quase totalidade, os jovens não possuírem emprego, são submetidos a uma dependência financeira dos seus pais e familiares, o que os faz ficar reféns de suas vontades e anseios. A pressão para que os jovens se dediquem a construir uma carreira profissional, para que sejam bem-sucedidos, é uma pressão exercida pela burguesia sobre a família e que chega nesses jovens. Uma pressão que visa afastar os elementos de vanguarda do movimento operário – a juventude – de travar uma luta concreta pela melhora de vida real dos trabalhadores e estudantes em todo o País.
Também pelo fato de a crise capitalista tirar qualquer perspectiva de emprego aos jovens, a tendência de se radicalizar é enorme. O mercado exige formação e experiência para as ofertas de emprego, algo que para os jovens é um tanto inviável. É justamente por não verem perspectivas na sociedade capitalista em sua fase mais decadente que essa juventude enxerga na luta política a única saída para a superação dos problemas fundamentais dos dias atuais.
Além disso, a AJR cumpre o papel de travar uma luta ideológica pelos jovens nos mais diversos temas. Nos últimos anos, demos destaque para o debate sobre as drogas, sobre a infiltração do identitarismo no meio estudantil, a luta pelos direitos democráticos e contra a censura, assim como uma análise crítica acerca do movimento estudantil como um todo e suas burocracias. Essa luta é travada através das discussões e da imprensa da AJR, levando para todos os cantos a política verdadeiramente revolucionária para cada situação.
Como afirmou Trótski no Programa de Transição, as portas devem estar abertas para a juventude e para as mulheres, os setores mais oprimidos da sociedade. Para se tornar um partido de massas é necessário dar espaço para que essa juventude possa trazer a renovação e o espírito combativo para o partido.
À época da Revolução Russa, as greves nas fábricas costumavam arrefecer nos períodos de férias dos estudantes, visto que esses jovens eram responsáveis por liderar os movimentos nas fábricas. No PCO não é diferente. A Direção Nacional do partido é composta por vários elementos da juventude que exercem papel de destaque no partido. A renovação do partido pelos quadros de juventude impedem que o partido envelheça e fique paralisado no tempo.
Participe da AJR e organize a juventude revolucionária na sua região.
As reuniões acontecem semanalmente, aos sábados, em vários lugares do país e são totalmente abertas, para todos os jovens interessados.
Para participar, entre em contato com os coordenadores da AJR:
11 99926-9142 / 61 8211-4025 / 21 96773-2721
