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Teto de vidro

Casagrande destila rancor para tentar desestabilizar a Seleção

Em vez de apoiar e incentivar a Seleção, que além de carregar a torcida da maioria dos brasileiros representa um dos nossos patrimônios culturais, o ex-global semeia intrigas.

A Seleção Brasileira se encontra em um momento delicado da Copa do Mundo. Prestes a disputar as oitavas de final contra a Coreia do Sul, o elenco já soma cinco lesões, três titulares e dois reservas. Estes últimos, descartados de retornar ainda na competição. Num momento em que a torcida nacional é vital para empurrar os jogadores brasileiros para a vitória, porta-vozes da imprensa burguesa desferem ataques canalhas para desestabilizar o grupo. Um dos abutres que tem se destacado é o ex-jogador Walter Casagrande.

Recentemente demitido da Globo, Casagrande segue com cartaz para falar mal da Seleção durante a Copa. Duas colunas publicadas no portal Uol após o jogo contra Camarões já entregam altas doses de rancor nos títulos: Aconteceu o previsto: “Brasil reserva perde e cria barulho desnecessário” e “Império da vaidade de Tite e Daniel Alves pode colocar o Brasil em risco”.

“Barulho desnecessário”

A primeira, entregue ainda na sexta-feira, logo após o jogo, é uma peça premeditada para desmerecer e distorcer o que aconteceu em campo. Casagrande, que acompanhou o jogo direto do estádio, parece ter assistido a um jogo que passou apenas na cabeça dele. Sobre o primeiro tempo, seu destaque positivo foi o goleiro do time reserva brasileiro, Ederson. Um grande goleiro, com certeza, mas que foi elogiado para embasar uma enxurrada de críticas desmedidas.

Segundo o ex-jogador, não fosse as boas defesas de Ederson o Brasil já viraria o jogo perdendo. Como não poderia deixar de ser, Casagrande se apoiou nesse argumento para avacalhar e distorcer a atuação do veterano Daniel Alves, que se tornou o jogador mais velho a disputar uma partida de Copa do Mundo pelo Brasil. O resumo da sua participação, para o colunista do Uol, foi que “Com a bola nos pés, ele foi regular. Mas, na marcação, foi muito mal, e colocou a seleção em risco”.

Fora Ederson, apenas o garoto Rodrygo mereceu um breve comentário positivo, no meio de uma crítica ao time, claro, que foi “devagar em sua maior parte, com algumas arrancadas bonitas do Rodrygo”. A categoria de Antony, a bela cabeçada e o perigoso chute no gol de Martinelli, que obrigaram o goleiro camaronês a salvar seu time. Quem colocou a bola na cabeça de Martinelli foi Fred, voltante que tem sido criticado pela imprensa desde antes do início da Copa e que não escapou novamente do rancor cínico de Casagrande. Na missão de discordar de Tite, o ex-jogador ignora convenientemente que Bruno Guimarães (que deveria ocupar o lugar de Fred para ele) perdeu algumas chances claras de gol. Por afobação, excesso de vontade, coisas que acontecem, mas se fosse com Fred, Gabriel Jesus ou Daniel Alves não seriam omitidas e muito menos perdoadas pelo colunista.

Não satisfeito, Casagrande encerra essa coluna martelando novamente Daniel Alves, o capitão natural do grupo convocado para representar o Brasil no Catar. O lateral-direito não teria feito nada para ajudar na criação de jogadas e permitiu “quase todas as jogadas de ataque do time africano”. Uma canalhice que só pode vir de alguém mal-intencionado. Daniel Alves entrou bem, em especial na troca de passes rápida e segura, características do jogador, que ainda cobrou uma falta com perigo e municiou os atacantes com bons cruzamentos.

Para avacalhar e desmotivar a torcida brasileira, Casagrande igualou a derrota brasileira aos reveses sofridos por França, Argentina, Espanha e Alemanha. Sem considerar que Argentina, Espanha e Alemanha perderam para times mais fracos com seus times titulares e que a França, mesmo começando o jogo contra a Tunísia com um time reserva, colocou seus melhores jogadores, como Mbappé, para tentar reverter sem sucesso a derrota. O Brasil perdeu três titulares nos dois primeiros jogos e a decisão de poupar o elenco se mostrou acertada, pois dois reservas se contundiram contra Camarões e estão fora da Copa. Se outro titular da Seleção se machucasse, é provável que o mesmo Casagrande criticasse Tite por não poupar seus jogadores.

“Império da vaidade”

Não satisfeito, no dia seguinte soltou mais uma coluna onde ataca mais agressivamente o que chama de “Império da vaidade de Tite e Daniel Alves”. Como de costume, Casagrande destila doses cavalares de rancor do alto de um pedestal moral de faz de conta, onde se coloca para apontar o que identifica como falhas morais dos profissionais brasileiros do futebol. Tite agiria com “falsa modéstia e muita soberba”, “teimosia”, Daniel Alves seria “mascarado”, “arrogante”, recebeu dinheiro do governo Bolsonaro e “não se movimenta para nada em relação aos problemas do Brasil, como a fome”.

Neymar, cujo “narcisismo” era um dos grandes perigos para o Brasil esse ano, foi quase deixado de lado nas duas colunas citadas apenas por estar machucado e todo o mundo perceber na prática a falta que faz um jogador genial em campo. Gabriel Jesus, que se machucou e teve seu sonho de jogar mais na Copa frustrado, foi avacalhado com o complemento “que não faz gols”. Após a lesão de dois laterais-esquerdos, Casagrande usou Daniel Alves para engrossar os ataques a Tite. Para isso teve que fingir que seria normal levar, por exemplo, três laterais-esquerdos, o que além de não fazer sentido, também seria duramente criticado pela imprensa.

O único que não é vaidoso nessa história toda deve ser o próprio Casagrande, um ser acima do bem e do mal. Um ex-atleta que sofreu com o vício nas drogas, mas não hesita em atirar a primeira pedra para atrapalhar as carreiras de alguns dos mais prestigiados profissionais do futebol brasileiro, como Tite, Neymar e Daniel Alves. Cobra, sem vergonha nenhuma na cara, que os profissionais da ativa façam hoje o que ele mesmo nunca fez. Sua participação como coadjuvante no movimento Democracia Corinthiana é utilizada como uma carteirada de progressista, enquanto de fato não passa de uma pessoa medíocre, usada pela burguesia para tentar desestabilizar a Seleção Brasileira.

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