Sem sombra de dúvida, o Brasil é o País predileto para os banqueiros sanguessugas.
Os resultados dos lucros dos maiores bancos em solo nacional revelam o quanto que os trabalhadores e a população em geral estão sofrendo para que meia dúzia de parasitas do sistema financeiro usufruam de uma gigante riqueza às custas do sofrimento do povo.
O Bradesco foi o primeiro grande banco a divulgar o balanço do primeiro trimestre deste ano. A instituição financeira anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 6,82 bilhões, alta de 4,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O Banco Itaú/Unibanco registrou um lucro de R$ 7,361 bilhões no primeiro trimestre de 2022, um crescimento de 15% na comparação com 1º trimestre do ano passado. Já os banqueiros imperialistas espanhóis em solo brasileiro, Santander, obtiveram um lucro líquido de R$ 4 bilhões, alta de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O Banco do Brasil, seguindo na mesma linha, teve um resultado de R$ 6,6 bilhões de lucro líquido, um resultado recorde e subiu 34% em relação ao primeiro trimestre de 2021.
Enquanto os banqueiros lucram bilhões, os bancários amargam o arrocho salarial e demissão em massa e a população paga uma taxa de juros extorsivos e uma cobrança de tarifas de serviços nas alturas.
Decerto que um dos principais fatores que contribuem para altas taxas de lucro dos bancos é a exploração dos trabalhadores. Para tal, os banqueiros promovem uma política de demissão e arrocho salarial, só vista no período do famigerado governo de FHC (PSDB), quando os trabalhadores bancários amargaram oito anos sem reajuste salarial e com a política de demissão em massa, consequência, principalmente, pela política de privatização dos bancos públicos estaduais.
As demissões em massa, promovidas pelos banqueiros no último período, estão ocorrendo em todo o país. Os cortes na categoria representam uma política sistemática dos bancos e, no período da pandemia, se intensificaram. De acordo com levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), na categoria bancária, cerca de 36 mil trabalhadores perderam os seus empregos, com o fechamento definitivo de 15,4 mil postos de serviços, somente na pandemia. A maior redução se deu no Bradesco, que fechou 9967 postos de trabalho. Além dessa enxurrada de demissões, os bancos foram responsáveis pelo fechamento de 2.351 agências bancários em todo o território nacional.
É necessário organizar, imediatamente, uma verdadeira campanha através dos métodos tradicionais de luta da classe trabalhadora: greve, ocupações, criação de comitês de lutas e de greve em todas dependências etc. Campanha essa que deve ter como pauta principal o fim do golpe de Estado, com a palavra de ordem Fora Bolsonaro e todos os golpistas; Lula Presidente, por um governo dos trabalhadores.