O futebol brasileiro segue sofrendo com o fenômeno “clube empresa”, depois de alguns times como Cruzeiro(MG), Botafogo(RJ) e Bragantino(SP), a bola da vez é o Atlético Mineiro. Segundo informa a ‘Rádio Itatiaia’, será vendido cerca de 51% das ações a um fundo norte-americano, que pagará R$ 850milhões pelas ações do clube de Minas — De 10% a 15% para os mecenas, em troca da dívida e o restante para à associação, a Cidade do Galo e a Arena MRV continua sendo posse do time.
É preciso denunciar esses avanços da classe capitalista sobre o futebol, especialmente o brasileiro; o melhor de todos. Esse domínio por parte do grande capital, tira o aspecto popular que o esporte sempre teve, como em toda e qualquer privatização, o maior prejuízo é do trabalhador. Por exemplo, o jogo Cruzeiro x Vasco na sexta-feira (29), o preço dos ingressos que já estão caros, cerca de 90 reais, foram às alturas, chegando ao valor extraordinário de 150 reais, gerando uma insatisfação enorme aos torcedores do gigante estrelado, essa é a prova incontestável do erro que é entregar o lazer do brasileiro ao mercado imperialista, mas não é só isso, o “manto sagrado” fica cada vez menos sagrado e mais caro, o público sofre uma alteração gourmet nos estádios, restando apenas um setor da classe média assistindo jogos, ou seja, uma elitização do esporte mais querido do Brasil.
O atual campeão do brasileirão, tem uma dívida de um 1 bilhão de reais, alguns setores da torcida pode achar que a solução é o investimento dos grandes empresários, porém a realidade é que esses verdadeiros vampiros só querem extrair lucros, não têm como objetivo a realização do torcedor de se sentir campeão, não tem compromisso com a paixão dos torcedores, é uma ilusão de ótica achar que esses sanguessugas vão salvar o time da falência, eles querem exclusivamente e materialmente somente uma coisa; o lucro. E vamos lá, por acaso foram os bilionários que levaram o gigante de Minas até o sucesso? A resposta é — NÃO. Foram seus torcedores mais apaixonados e insistentes, que representam o quadro da maioria dos times. O futebol não é pra ser uma instituição exclusivamente de lucros, no Brasil é uma questão cultural que deve ser acessível a todas as camadas da população, incluindo os mais pobres. Os times estão sendo sucateados assim como as estatais, e a lógica mirabolante é que, a solução deve ser a privatização.
A população já tem exemplos de sobra quanto à devastação econômica que a privatização causa aos trabalhadores — Por que no futebol seria diferente? O PCO defende o futebol nas mãos dos seus torcedores, assim como sempre foi e não de 1% da população que provavelmente odeia o esporte, toda e qualquer insinuação de que vender os times aos vampirescos empresários é bom, é bobagem. A verdade é que o trabalhador vai pagar mais caro nas camisetas, mais caro nos ingressos e não vai ter retorno nenhum. Vaão transformar o melhor futebol do mundo em uma empresa para gerar lucros para os ricos. O futebol não é lugar para o empresariado, essa esfera que é do interesse da maioria da população brasileira, tem que continuar sendo popular.