Quem dera a imprensa internacional e a esquerda pequeno-burguesa defendessem um povo que é atacado há 74 anos como defende o presidente fantoche ucraniano.
O povo palestino de origem árabe, ou seja, semita, e na sua enorme maioria muçulmana com 1% deles sendo cristãos, sofrem as consequências da criação imperialista de um Estado sionista na sua terra milenar em 1948.
Só isto já seria suficiente para assumir uma bandeira tradicional da esquerda. No caso, a extinção do Estado de Israel, principalmente nos moldes atuais, religioso e sionista.
As razões são claras: primeiro é um produto do imperialismo inglês de modo a ter uma base física para controlar uma região em recursos petrolíferos, o Oriente Médio; segundo, este Estado tinha como principio de cidadania, uma religião específica, ainda que na sua Declaração de Independência (1948) estaria assegurada aos árabes os mesmos direitos, fato que nunca se concretizou. Por fim, o que se mostra mais grave foi estabelecido um verdadeiro sistema de opressão similar aos campos de concentração nazistas combinada com o apartheid.
As provas desta atitude são inúmeras. Em 2021, pelo menos 86 crianças palestinas foram mortas por ações das forças israelenses. O ataque ao enterro da jornalista palestina e norte-americana Shireen Abu Akleh, 51 anos, em maio. A desapropriação de imóveis ocupados por árabes em Jerusalém. O tratamento dado às regiões de Gaza e da Cisjordânia, mantidas com restrições enormes de energia, alimentos, remédios e hospitais entre outros itens.
A política do Estado Israelense tem a diretriz da perseguição e do genocídio. Em 1946, os judeus somavam em torno de 600 mil em uma população total de 1,9 milhão de pessoas, representando 30% da população. Atualmente poderia se dizer que os números se inverteram já que os palestinos são 25% de um total de pouco mais de nove milhões em Israel. Contudo, em Gaza e na Cisjordânia se amontoam 5,1 milhões de pessoas em 6 mil km2.
A situação dos palestinos é tão terrível que até organizações internacionais não governamentais ligadas ao imperialismo, como Anistia Internacional, Centro Al Mezan para os Direitos Humanos, Al-Haq, B´Tselem e Human Rights Watch, já consideram que o Estado Israelense executa práticas de apartheid em relação à população palestina.
O Partido da Causa Operária exige o fim deste Estado pois é a única solução humanitária para o fim da guerra civil permanente que vive a população semita. Pois, semitas são aqueles que pertencem a determinada família etnográfica e linguística onde se localizam os hebreus e os árabes entre outros povos. Como os dois lados consideram que a terra pertence a eles por motivos históricos é preciso adotar uma posição conciliadora que atenda a ambos.
O Partido da Causa Operária exige o fim deste Estado por princípio por ser um estado religioso e um Estado racial visto que exige os pais e as mães sejam judeus para conceder determinados direitos, discriminando os que tenham nascido em Israel, contudo não atenda a este requisito.
Obviamente não se está defendendo a eliminação física ou a perseguição aos judeus e sim o estabelecimento de um Estado Laico, uma república e um sistema de governo que garanta os direitos de todos os grupos étnicos e religiosos sem exceção.
Como esclarece Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, “os judeus podem ficar, o Estado genocida tem que ir, tem que ser derrubado, tem que ser destruído e substituído por um Estado democrático”. Um Estado que deve buscar defender os interesses dos árabes e da classe operária israelense, setores que mais sofrem nesta guerra permanente.
Esta reivindicação é de toda a esquerda principalmente a revolucionária, proletária e marxista.