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Identitarismo

Anistia Internacional, órgão imperialista, quer controlar Lula

As ONGs imperialistas se interessam na dominação dos países atrasados e dos trabalhadores, mas maquiam seu interesses com demagogia barata

A diretora-executiva no Brasil da ONG imperialista Anistia Internacional, Jurema Werneck, se somou à pressão imperialista sobre o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ela, em entrevista para o jornal golpista Folha de São Paulo, o governo precisará incluir “negros, indígenas, mulheres, pessoas LGBTQIA+” na “alta hierarquia da gestão pública” e “combater o racismo sistêmico”.

A Anistia Internacional, assim como organizações semelhantes, como a Human Rights Watch (Vigília dos Direitos Humanos, em tradução direta), são notórias por seu papel imperialista. Sob a fachada da defesa dos direitos humanos, essas ONGs condenam os países atrasados, isso caso desrespeitem os chamados direitos humanos ou não, ao mesmo tempo em que fazem vista grossa para os países imperialistas, os maiores promotores de guerras, golpes de Estado, torturas e todo tipo de violência contra todos os povos do mundo, inclusive dentro de seus territórios.

A diretora-executiva, demonstrando o caráter demagógico de sua política, não menciona a destruição econômica promovida pelo golpe de 2016 ou a fraude eleitoral de 2018, com a prisão ilegal de Lula. Não fala que o governo deve ser um governo em defesa dos trabalhadores, ou seja, que defenda a população em geral, hoje jogada na fome e miséria. Um governo que desenvolva a indústria nacional e assim garanta emprego, progresso e direitos à população. Para ela, o importante é que tenha “representantes indígenas” e negros.

A “mulher negra” do imperialismo ainda chegou a fazer demagogia com a violência da repressão policial, chamada por ela de “segurança pública”. Werneck chegou a colocar que  “A polícia no Brasil é a que mais mata pessoas negras e não protege a vida e a segurança de negros e indígenas”, lembrando também que as polícias militar e civil estão sob os governadores, mas não apresentou solução alguma. Sobre essa questão da segurança ainda fez comentário dizendo ser importante “desarmar a população”.

O identitarismo se demonstra uma política do imperialismo para desorientar setores da população, de modo a fazê-los integrar suas fileiras contra seus países e contra os trabalhadores. Enquanto defendeu o desarmamento no mesmo parágrafo (a entrevista foi por e-mail) em que falou dos assassinatos da polícia, Jurema também endossou nomeações ao governo de transição ligadas à burguesia e ao imperialismo para o chamado “combate ao racismo”. Sílvio Almeida, o “antirracista” de boutique, do instituto pró-imperialista Instituto pela Reforma das Relações entre Estado e Empresa – IREE, ligado ao NED, Douglas Belchior, da Coalizão Negra por Direitos, ligado ao banco Itaú, e Anielle Franco, com ligações com outras duas ONGs imperialistas, a Fundação Ford e a Open Society. Em comum, os três defendem que nada de efetivo seja feito para retirar a população, seja negra, indígena, mulher, deficiente e/ou LGBT, da situação periclitante em que se encontra.

A ONGueira fala na leitura como forma de combater a discriminação, mas não fala que a população não tem acesso a livros, porque sequer tem acesso a comida! Será que a leitura fará as polícias militar e civil pararem de executar 30 pessoas numa favela? Será que o problema que levou os policiais federais a matarem um homem numa câmara de gás foi falta de leitura? Uma população desarmada deve confiar numa burocracia armada, que a oprime diariamente, contanto que essa força de repressão leia o “manualzinho antirracista da Anistia”? O braço armado da burguesia reflete a mesma política que a Anistia, a dominação dos pobres. A única diferença é que a Anistia Internacional acha de extrema importância maquiar a situação.

No fim, a única questão concreta na entrevista foi o apoio à infiltração de elementos identitários, ou seja, pró-imperialistas, no governo Lula. Esses elementos não representam os setores dos quais se afirmam, colocam questões abstratas ou secundárias em primeiro plano, desviando atenção das pautas concretas e essenciais, enquanto apoiam medidas do imperialismo para o país, como a questão da internacionalização da Amazônia, pautada pela indígena de Joe Biden, Sonia Guajajara. As “recomendações” do órgão refletem os patrões de tal organização, que não defende em nada os trabalhadores brasileiros.

Lula não deve dar ouvidos a essa cantilena dos neoliberais. A única coisa que pode combater as desigualdades, que pode reduzir o massacre do povo pobre é um governo que se apoie nesse mesmo povo. Para implementar suas propostas, que já sofrem dura oposição, Lula irá precisar de toda a força da classe trabalhadora brasileira organizada que é, ao mesmo tempo, o que pode levar o governo adiante, que não apenas melhore de maneiras pontuais a vida dos trabalhadores, mas que imponha à burguesia todas as demandas da classe operária. Organizar já por Lula presidente, por um governo dos trabalhadores!

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