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Por um governo sem patrões

Abaixo as chantagens e ameaças dos banqueiros

A imprensa burguesa já iniciou uma ampla campanha pela direitização do novo governo de Lula, algo que deve ser combatido pelos trabalhadores nas ruas

A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência do Brasil, a terceira vez em sua vida, deu-se em meio a grandes bombardeios da burguesia contra o presidente eleito. A duas semanas do segundo turno, surgiram milhares de denúncias de coação eleitoral em empresas espalhadas pelo Brasil contra a eleição do petista. Ademais, com total anuência por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou operações criminosas no dia do pleito que impediram eleitores na região Norte e, principalmente, Nordeste de votar. Uma verdadeira farsa eleitoral.

Ficou claro, portanto, que um amplo setor da burguesia estava atuando fervorosamente para impedir que Lula fosse eleito mais uma vez. Não é à toa que o resultado foi o mais acirrado de toda a história nacional desde o fim da Ditadura Militar de 64. Apesar de tudo isso, Lula ganhou e, agora, a burguesia precisa lidar com seu governo em 2023.

Para tal, os capitalistas já ligaram os motores de sua principal máquina de manipulação ideológica, a imprensa burguesa. Logo depois da declaração do resultado, dezenas de artigos foram publicados em jornais como a Folha de S. Paulo e o Estadão exigindo que Lula governasse à direita conforme os interesses dos empresários, e não do povo.

Durante toda sua campanha, Lula deixou seu plano econômico, tão requisitado pela burguesia, às escuras, limitando-se a afirmar que era completamente contrário ao teto de gastos, por exemplo. Portanto, os capitalistas não sabiam se o ex-presidente iria ou não atacar o regime golpista e começar a desfazer a podridão instaurada após o golpe: as reformas de Temer, as privatizações, a retirada dos direitos trabalhistas etc. Agora, tenta pressioná-lo para que não o faça.

Em sua série de artigos intitulada Desafios do Novo Mandato, a Folha destaca, acima de tudo, as necessidades ditas fiscais do novo governo de Lula. Em outras palavras, o cardápio de reivindicações que a burguesia representada pelo jornal “aconselha” que o petista acate. De maneira direta, publicaram um texto – Equilíbrio fiscal é chave para país voltar a crescer – atacando posições progressistas de Lula relacionadas à economia, como é o caso do fim do teto de gastos e da não realização do ajuste fiscal.

“Na contramão do necessário ajuste fiscal, Lula prometeu revogar o teto de gastos, reajustar a tabela do Imposto de Renda e dar seguidos aumentos reais ao salário mínimo (que pesam nas contas públicas e empurram os trabalhadores de baixa qualificação para o improdutivo mercado informal)”, coloca a Folha, em editorial.

O Estadão, por outro lado, subiu o tom em relação às suas reivindicações direcionadas a Lula, exigindo um governo cada vez mais à direita por meio de editorial publicado nesta terça-feira (01): “Lula precisa entender que sua eleição não é aval à agenda do PT”. Ademais, o jornal golpista utiliza o resultado acirrado para afirmar, de maneira completamente enganosa, que isso demonstra que a população não é simpática às propostas e, de maneira geral, aos governos passados de Lula e do PT.

Acima de qualquer coisa, são publicações que demonstram claramente que a burguesia tenta controlar Lula para que administre o Estado tal qual os interesses dos patrões, e não dos trabalhadores. Começaram, inclusive, a pressioná-lo para que nomeie ministros direitistas para compor o seu governo, como é o caso de Simone Tebet, Henrique Meirelles e Marina Silva.

Os banqueiros não podem ter nenhum espaço dentro do governo de Lula. Sua pressão contra a esquerda deve ser combatida pela classe operária nas ruas que, dessa maneira, definirá os rumos do País. Consequentemente, é preciso que Lula mantenha-se firme em suas reivindicações relacionadas ao teto de gastos e afins, comprometendo-se, além disso, a reverter as privatizações e a restituir tudo que dos trabalhadores foi roubado.

Lula deve se apoiar única e exclusivamente na força da classe operária brasileira. Foram os trabalhadores que o elegeram e são eles que devem compor o principal setor de seu novo governo, defendendo que este vá, cada vez mais, à esquerda na defesa de seus interesses enquanto classe.

Além disso, é preciso combater a farsa que a burguesia procura montar no que diz respeito à aceitação do povo às propostas progressistas de Lula. Finalmente, os trabalhadores lutam por seus direitos que, mesmo que parcialmente, foram defendidos ao longo dos governos do PT. Lula é, nesse sentido, o maior representante da classe operária no Brasil e, justamente por isso, deve acabar com a influência dos patrões em sua política por meio da mobilização popular contra o golpe.

Caso contrário, os banqueiros e grandes capitalistas, à serviço do imperialismo, continuarão assaltando o Brasil em benefício próprio. Levando uma miséria cada vez maior aos trabalhadores.

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