Neste último debate, na Rede Globo, Lula mostrou que é o candidato da classe trabalhadora e que concorre contra o candidato dos patrões. Uma prova disso foi quando Bolsonaro perguntou do porquê de Lula ter ido ao Complexo do Alemão, se tinha ido lá falar com traficante.
A visão da burguesia é essa, trabalhador, pobre, é marginal. Lula respondeu que não, que foi lá falar com pessoas guerreiras que querem estudar, trabalhar; foi falar com gente criativa e que é o único presidente que é bem-vindo ali, que pode voltar quando bem quiser, pois é reconhecido.
Olhando o debate como um todo, percebemos que Lula se saiu muito melhor quando começou a apresentar propostas. Esse é o espírito que a militância deve ter neste último dia quando for procurar as pessoas para tentar conquistar mais votos.
Moralismo só atrapalha, ficar chamando o atual presidente de maçom, satanista, canibal etc., não vira nada, as pessoas precisam de propostas concretas, como a geração de emprego com carteira assinada, com a diminuição do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil; programas de saúde pública.
Nada está ganho e nem perdido
É preciso ter em mente que a burguesia está jogando peso para reeleger Bolsonaro, pois sabe que assim poderá oprimir ainda mais os trabalhadores. Temos que dar a resposta, denunciar que tem patrão ameaçando funcionários de demissão caso não votem no atual presidente.
É um perigo real, muita gente vai se sentir constrangida, tem patrão dizendo para as mulheres levarem o celular escondido no sutiã para fotografar o voto. Isso é um verdadeiro golpe, não temos que nos calar.
Nesse momento, é crucial conversar com todo mundo, manter o ânimo lá em cima, pois quanto mais votos forem conquistados mais teremos chance de uma vitória.
Não podemos entrar no ‘já ganhou’, pois não se sabe, tudo pode acontecer e os índices das pesquisas, como vimos no primeiro turno, podem estar muito fora da realidade.
Derrotar o golpe
É preciso lembrar as pessoas que Bolsonaro só foi presidente porque deram um golpe em Dilma Rousseff e prenderam Lula. Esse atual presidente não passa de um funcionário dos golpistas. Foi a partir do golpe que perdemos os direitos trabalhistas e previdenciários, que o desemprego subiu às alturas e voltamos para mapa da fome.
Eleger Lula é um ótimo começo para derrotarmos o golpismo no Brasil. Será um começo, mas não uma certeza. Para isso, temos que criar uma base sólida, trabalhadora, de apoio ao governo, pois vai ser preciso pressionar o Congresso e o Senado para votarem em favor do povo.
Nós temos que ir para as ruas se quisermos ganhar as eleições, somos nós contra os patrões. E, o mais importante, é preciso permanecer nas ruas, reivindicando, levando o governo à esquerda, que revogue as privatizações restaure os direitos dos trabalhadores.
Agora, é trabalhador contra patrão e vamos para cima!