Na última quinta-feira (18), a Vivo emitiu um comunicado para seus trabalhadores com o título “Cidade de São Paulo: feriados não serão antecipados nos próximos dias”.
Por determinação da prefeitura de São Paulo (SP), foram antecipados dois feriados de 2021 (Corpus Christi; de junho; e Dia da Consciência Negra, de novembro) e três feriados de 2022 (aniversário de São Paulo, de janeiro; Corpus Christi, de junho; e Dia da Consciência Negra, de novembro).
Porém, o comunicado da Vivo diz: “entretanto, considerando a sustentabilidade do nosso negócio, cadeia produtiva e manutenção dos postos de trabalho, decisão da Vivo, após negociação com o Sindicato dos trabalhadores em Telecomunicações de São Paulo (Sintetel) foi de não adotar a antecipação destes cinco feriados municipais e seguiremos com expedientes normais de trabalho”.
É preciso destacar que tanto do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, quanto o governador João Doria Junior, que conseguiram, em apenas um dia ultrapassar mais de 1000 mortos, “científicos” que são, fazem demagogia com o povo, com a antecipação dos feriados, mas sequer conseguem vacina para os trabalhadores, bem como para o conjunto da população.
Outra situação que denuncia a demagogia dos “científicos”, é que os transportes, tanto os ônibus, metrô, como a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) continuam superlotados, ou seja, o meio em que os trabalhadores e a população explorada para irem trabalhar, continuam funcionando. É como se nos transportes coletivos existisse imunidade, o que é o contrario, pois é uma dos maiores polos de contágio, porem, sempre ocultado.
Os trabalhadores da Vivo também se utilizam de transportes coletivos para irem ao trabalho, no entanto a multinacional decidiu que seus “colaboradores”, como a Vivo chama seus funcionários, devem se expor ao vírus, passando por cima, inclusive, de determinação oficial do Executivo municipal.
Portas dos sindicatos fechadas
Seguindo a política do “fique em casa”, ao contrário do que os patrões da Vivo estão fazendo, os dirigentes do Sintetel (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações no Estado de São Paulo), assim com vários sindicatos espalhados pelo país, decidiram que os sindicatos devem ficar fechados, o que vem ocorrendo deste do início março de 2020. Com essa política, o Sintetel, que é utilizado pelos vigaristas da própria Vivo, capitula vergonhosamente e deixa os trabalhadores à própria sorte.
Se os donos das empresas, a exemplo da Vivo, ficam afastados, os trabalhadores também devem ficar. Por outro lado, é preciso que os dirigentes abram os sindicatos e, que haja uma luta dos trabalhadores de conjunto através de greves, para que haja vacina para todos, insumos, etc. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) tem que ser linha de frente nessa luta.