Na última 5ª feira, dia 4 de março, numa postura completamente covarde e capituladora, a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES(, ligada ao PCdoB, veio a público defender a reabertura das escolas de maneira “técnica”. Enquanto a categoria de profissionais da educação luta contra os governos da direita e da esquerda direitista em todo o Brasil, e destacadamente em São Paulo, contra a reabertura das escolas, a postura do PCdoB (e não apenas dele) tem sido a de buscar torpedear a greve e levar os trabalhadores a verdadeiras câmaras da morte, dando impulso máximo à propagação do vírus covid-19.
Em transmissão ao vivo de mais de uma hora de duração, chegaram a taxar de “tosca” a ideia de que existam pessoas que defendem o fechamento das escolas durante a pandemia. Demagógico como sempre, o PCdoB adotou a política de apresentar motivos ditos “científicos” para reabrir as escolas, uma desculpa esfarrapada para lamber as botas de João Doria, PSDB e todos os golpistas, como de praxe do partido. Os estudantes não devem aceitar se submeter a tais medidas, movidas por pura politicagem do partido oportunista que visa rifar suas vidas a troco de migalhas políticas das mãos da burguesia.
A greve é justa, apesar de sofrer boicote de amplos setores da esquerda. Os professores, que conhecem a realidade das escolas, que muitas não têm papel higiênico e por vezes sequer água, adotaram a política correta de não confiar em governantes covardes e/ou golpistas e paralisar as aulas, indo às ruas fazer campanha contra esse descalabro. A tarefa que se mostra para o momento é fortalecer a greve em São Paulo e mover a expansão da greve para todo o país! Enquanto não houver vacina e o fim da pandemia, é greve pra valer! Profissionais de todas as cidades e estados da federação devem tomar o exemplo dos companheiros de São Paulo para enfrentar o genocídio imposto sobre a categoria a nível mesmo internacional, sob ordem dos banqueiros.
Mais que isso, se UBES, UNE e partidos de esquerda se colocam no caminho de estudantes, professores e demais profissionais da educação, cabe às categorias atropelar os pelegos com toda a disposição e adotar política intransigente de campanha contra a reabertura das escolas. Levando a política além, deve estar claro que Bolsonaro, Doria, Maia e todos os golpistas têm como único compromisso o lucro de seus donos, de seus mestres, a burguesia internacional. A luta, portanto, não pode ser setorial, mas deve incorporar as palavras de ordem políticas de enfrentamento ao regime do golpe de Estado, e em defesa da liderança popular perseguida por ele e apoiada pelos trabalhadores do Brasil. Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Lula candidato! Lula presidente!