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Metalúrgicos

Conto de fadas: montadoras pararam para proteger funcionários?

O canto de sereia das montadoras é a reocupação com seus trabalhadores diante do covid-19

As montadoras de veículos no Brasil estão paralisando suas atividades por 10 dias. Segundo a imprensa golpista, bem como, os sindicatos dos metalúrgicos das regiões onde as empresas estão instaladas é de que essas multinacionais estão paralisando suas atividades devido à pandemia do coronavírus, porem, a imprensa coloca em segundo plano a questão de falta de peças, o que na realidade é o principal motivo da paralisação, não é boa vontade, é pura falta de condições de produzir, mas quanto não vale boa propaganda, não é?

São sete as montadoras espalhadas pelo Brasil, como A Volkswagen, Mercedes Benz, Toyota, GM, Nissan, Volvo e Scania.

A maioria vai dar férias coletivas das multinacionais vai dar férias coletivas aos funcionários que atuam dentro das fábricas e manterá a equipe dos escritórios em home office.

Cada montadora deu sua explicação sobre a suspensão, bem como, férias coletivas.

Os trabalhadores da Volkswagen já pararam no dia 24 e vão ficar até o dia 4 de abril e, de acordo com a montadora, a decisão foi tomada diante do crescimento do número de casos da pandemia e da taxa de ocupação dos leitos de UTI no país. “A empresa adota esta medida a fim de preservar a saúde de seus empregados e familiares”, que santos! Os empresários alemães realmente devem gostar de seus trabalhadores em São Bernardo!

A Mercedes Benz que decidiu suspender a produção ontem (26) e ficará desta forma até o dia 5 de abril, vai parar as fábricas de Juiz de Fora, em Minas Gerais e São Bernardo do Campo, município do grande ABC paulista.

Depois será realizado rodízio através de férias coletivas dos funcionários, a área administrativa da empresa já se encontra em trabalho remoto e continuarão desta forma. De acordo com a empresa, as concessionárias e oficinas permanecem em funcionamento normal.

Os trabalhadores da Renault estarão afastados do trabalho a partir da próxima segunda-feira (29) e a produção estará paralisada até o dia primeiro de abril.

A Scânia, também localizada em São Bernardo do Campo, no grande ABC, ontem também paralisou suas atividades e ficará assim até o dia 5 de abril.

70% dos trabalhadores da Volvo, na fábrica de Curitiba, capital do Paraná já foram dispensados e retornam ao trabalho só no final do mês.

Os trabalhadores da Toyota, onde a montadora está instalada, haverá paralisação a partir da próxima segunda-feira (29) e durará por pelo menos 10 dias corridos, a empresa tem fábricas nas cidades de São Bernardo do Campo, Indaiatuba, Sorocaba e Porto Feliz (todas em São Paulo).

Nissan também dispensou seus funcionários ontem (26) e só volta a produzir a partir do dia 9.

É o coronavírus ou falta de peças?

Das sete montadoras que tomaram decisão de paralisar suas atividades, aproveitando-se de que, vários prefeitos espalhados pelo país decidiram, por pura demagogia, decretar um feriado prolongado, com a junção de vários feriados, tanto de 2021, como de 2022, sendo que, tanto o governo federal, governadores estaduais, bem como, os prefeitos deixaram que a situação chegasse ao ponto de termos, em um só dia, mais de três mil mortes, sendo superado, oficialmente a marca de 300 mil mortos até agora, e no maior estado do país, onde mais de 29 mil pessoas com coronavírus estão internados, além de inúmeros nem chegam a ser internado porque não há vagas nos hospitais, leitos então, nem pensar. O Estado de São Paulo conseguiu sozinho ultrapassar a marca de 1000 mortos em um único dia.

As montadoras, aproveitando a deixa da demagogia que está correndo solta, enquanto não se consegue vacina e, insumos diversos, e que a quantidade de pessoas vacinadas não chega a 3%, também resolveram entrar em cena. No entanto, como três dessas empresas acabaram brindo o jogo, ou seja, Honda e General Motors reconheceram que a decisão foi motivada pela crise histórica envolvendo sistemistas, em especial os produtores de componentes eletrônicos. A Volvo procurou colocar, em primeiro lugar, o que mais a afeta, ou seja, “o alto nível de instabilidade na cadeia, global e local, de abastecimento de peças, principalmente semicondutores, combinado com o agravamento da pandemia”.

Esqueceram de combinar a mentira, a Volkswagen alega caridade social, a Volvo alega falta de possibilidade de arriscar a vida do funcionário. E agora? Em quem acreditamos?

A Volkswagen e outro cínicos querem alegar amor à vida alheia, quando os motivos são os mesmo de sempre, ganância. Os empresários tomaram a decisão de manter a produção durante todo este período, salvo pequenos períodos parados, arriscaram as vidas de seus empregados por um ano, mesmo vendendo pouquíssimos carros, e agora querem parecer caridosos, é um escárnio.

O fechamento de fábricas e demissões

No país, a crise do desemprego vem se aprofundando cada vez mais, os próprios empresários, como o Banco Santander apresentou um número 17 milhões que, com certeza já foram ultrapassados, apesar de números oficiais, no inicio do ano, a Ford fechou suas portas no Brasil deixou mais de 125 mil trabalhadores diretos e indiretos, a Mercedes Benz fechou a fábrica de veículos de passeio, e a situação apresentada pelas montadoras, a exemplo da Honda, GM e Volvo é que mais conta, portanto, os trabalhadores, mais do que ninguém sabem da situação real em, já viram a situação da Ford e de muitas outras empresas.

Um engenheiro de Mecatrônica, em São Paulo, disse que só existem dois tipos de emprego no país, ou seja, o de trabalhador da saúde, ou de sepultador e, no caso foi o que ele conseguiu arrumar para trabalhar.

Diante dessa situação, as direções do movimento operário devem ficar atentas e se prepararem para o pior do que já está. desta forma é preciso organizar os trabalhadores através de mobilização para a greve e ocupações de fábricas e, não acreditar no canto de sereia dos patrões, pois eles não estão nem um pouco “preocupados com a pandemia e a vida de seus funcionários”, mas com a produção e o volume monetário que entra nas contas bancárias.

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