A Região Sul do País já caminha para o quarto pico de contaminações por COVID. Segundo Christovam Barcellos da FIOCRUZ, o sistema de saúde na região está novamente a beira do colapso. A cidade de Curitiba declarou a bandeira vermelha nesta semana, o que permite o funcionamento apenas de serviços considerados essenciais. A taxa de ocupação de leitos de UTI na cidade já está em 104% e no restante do Estado do Paraná o número é de 95%. O último pico de infecções ocorrido em março colocou a Região Sul como a mais afetada do País e agora a situação pode ser mais grave.
Os infectologistas alertam que a chegada do Inverno, daqui a 3 semanas, pode não permitir a recuperação do Sistema de Saúde dos Estados do Sul. Como o Inverno na região tende a ser mais rigoroso, as pessoas tendem a permanecer em locais fechados e fechar as janelas dos ônibus, o que favorece a contaminação. Os mecanismos de autodefesa do organismo também se enfraquecem com o clima frio facilitando o acesso do vírus às vias respiratórias. Além disso, o aumento de outras enfermidades respiratórias como pneumonia e asma tendem a necessitar de atendimento médico e ocupar leitos hospitalares que já não existem em número suficiente.
Ontem a Prefeitura de Curitiba decidiu pelo fechamento de 6 UPA’s para o atendimento em geral, agora elas serão destinadas exclusivamente para tratamento de COVID. Várias pessoas que foram as UPA’s ficaram sem atendimento. Os trabalhadores da Saúde afirmam que não existe estrutura adequada, as pessoas aguardam atendimento em cadeiras de plástico sem a possibilidade de um distanciamento adequado. Fica claro o descaso do poder público com a população e a falta de planejamento. Com mais de um ano de Pandemia, como é possível que esta situação não era previsível?