O número de pessoas no sistema prisional contaminadas pela Covid 19 em São Paulo é a mais alto do país. Segundo dados da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), obtidos pelo UOL via LAI (Lei de Acesso à Informação), desde o início da pandemia, em março de 2020 até o momento, cerca de 5% do total de presos do estado (216 mil) foram contaminados pelo novo coronavírus. No total, 11.469 presos de São Paulo foram contaminados pelo vírus, desses 11.381 se recuperaram, 35 morreram, 53 estão em tratamento.
O número de presos infectados representa 0,7% do total de pessoas que tiveram teste positivo para a covid-19. Ao todo, os 35 óbitos foram registrados em 24 presídios diferentes. Houve contaminados em 75% do total de presídios no estado. De acordo com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), do total de 41.971 presos infectados em todo o Brasil, 27% destes são do Estado de São Paulo.
Quando mensurados os dados por região o que se vê são casos 40,6% no Sudeste, 22,2% no Centro-Oeste, 15,3% no Sul, 15% no Nordeste e 6,9% no Norte. Desses, 129 morreram no país em decorrência da contaminação pelo vírus até o final do ano passado, ainda segundo o CNJ. A taxa de óbitos em presídios de São Paulo por covid-19 também se mantém em 27% quando comparada com o restante do país.
Veja, abaixo, os números de infecções, recuperações e mortes por covid-19 em pessoas aprisionadas em São Paulo: Com local e número:
Contaminação: CPP de Hortolândia 1.017 Penitenciária de Guareí 1 – 960 Penitenciária de Sorocaba 2 – 878 CDP 2 de Pinheiros – 816 CPP 1 de Bauru – 707
Recuperações: CPP de Hortolândia – 1.016 Penitenciária de Guareí 1 – 960 Penitenciária de Sorocaba 2 – 873 CDP 2 de Pinheiros – 816 CPP 1 de Bauru – 707
Mortes: Penitenciária de Sorocaba 2 – 5 Penitenciária de Guareí 2 – 3 Penitenciária de Serra Azul 2 – 2 Penitenciária de Iaras – 2 Penitenciária de Presidente Venceslau 2 – 2 Penitenciária de Mirandópolis 1- 2 Penitenciária de Lucélia.
Os dados informados, como bem sabemos acaba ficando muito abaixo dos números reais em situações normais, imagine dentro do sistema prisional. Pode-se estimar que os dados da tragédia sejam bem piores.
Membros da Secretária de Administração Penitenciária apontaram que os resultados do coronavírus nas cadeias de São Paulo acontecem não são de sua responsabilidade, já que seguem os protocolos sanitários “rigorosamente”, como medidas de higiene e distanciamento, além de busca ativa para casos suspeitos, fornecimento de EPIs (equipamentos de proteção individual) como óculos de proteção ou protetor facial, máscaras, avental, luvas e gorro para funcionários.
Tudo pura retórica, o fato é que os governos de Doria e Covas não combateram o vírus nem nas cadeias nem fora delas. Se nas periferias e até nas cidades o que se vê é o completo descaso com a vida das pessoas e cuidados básicos, imaginem o que ocorre dentro das prisões, onde as condições de são um verdadeiro inferno.
Na pandemia não esta sendo diferente, já ocorrem no estado inúmeras manifestações de familiares de presos denunciando a situação criminosa em que eles se encontram, agonizando sem atendimento médico adequado e sem a menor condição de se proteger da contaminação.
Essas são os dados da realidade da situação do estado de São Paulo, quando muito afirmam que Doria é um defensor da ciência e da vida, se negam a ver todos os crimes que ele comete contra a população, inclusive matando a população dentro dos presídios e escondendo os números.