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Os científicos e o genocídio

Sob Ratinho e Greca, Paraná tem colapso no sistema de saúde

Todos os estados brasileiros caminham para o colapso total da infraestrutura de saúde pública

A pandemia da Covid-19 no Brasil dos golpistas já atingiu a marca de 11.483.370 de contaminados e 278.229 mortos. Os dados são do Painel Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), com base nos registros das secretarias estaduais.

Todos os estados brasileiros caminham para o colapso total da infraestrutura de saúde pública. O estado do Paraná, sob o comando dos governador bolsonarista Ratinho Júnior (PSD) e do prefeito golpista de Curitiba, Rafael Greca (DEM) já não tem condições de suportar a demanda no sistema de saúde.

A própria secretária de Saúde da capital Curitiba (PR), Márcia Huçulak, postou neste domingo em uma rede social: “Fizemos do Brasil um covidário, um lugar perfeito para a proliferação do vírus e das suas novas variantes”.

O comentário da burocrata só está correto no sentido da culpa compartilhada, apesar da tentativa da postagem ser a de isentar o prefeito Rafael Greca, generalizando a incompetência na gestão da pandemia.

Outro golpista ímpar, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, também pode ser apontado como um dos principais responsáveis pela crise na saúde do estado. 

A tragédia do Paraná apenas evidencia a regra de uma política comum de todos os governos da burguesia contra o povo. Deixar a população morrer contaminada e de fome.

Vivian Feijó, médica superintendente do Hospital Universitário de Londrina (PR), desabafou durante sessão da Câmara Municipal da cidade, no último dia 4 de março.

“Estou representando aqui um sistema de saúde que já está em colapso. O Hospital Universitário é um hospital 100% SUS, mas na pandemia, agora, não tem mais SUS e não tem mais privado. Estou aqui para falar para os senhores que, em nome da saúde, a gente clama por apoio, por reconhecimento, por parceria.  E algumas ações têm colocado em xeque a fala dos profissionais da saúde. Nós estamos esgotados, nós estamos cansados. Só hoje o Hospital Universitário tem 66 leitos UTI Covid lotados. Cada doente que entra lá fica em média 15 dias deitado no leito. Só hoje o Hospital Universitário tem 20 leitos adulto não covid lotados, muitos deles com covid. Nós invadimos todas as áreas do hospital. Na enfermaria médico-cirúrgica, tem 8 doentes entubados, graves de UTI, e nós mandamos uma equipe volante de terapia intensiva. Só o Hospital Universitário tem na fila de UTI 56 pacientes. No dia de hoje, o hospital teve 7 óbitos em 12 horas. Desses,  5 óbitos relacionados à covid-19. Estamos angustiados, estamos apreensivos. Tenho sido abordada por políticos, representantes da sociedade, pedindo vaga para juiz federal, conhecidos, parentes de todas as as cidades, porque o Estado do Paraná está vivendo  o seu momento mais traumático de assistência à saúde dos últimos anos. Estou suplicando por monitores e respiradores para pequenos municípios. Em 22 anos de saúde pública,  eu nunca na minha vida vivi um momento como este.  Não tenho mais dúvida. A situação da rede de saúde é dramática, grave e preocupante. Não tem leito. Não é mentira, não é fake news, é real. Tanto que, em menos de um mês, a fila por uma vaga de UTI no Paraná cresceu 96 vezes. Nesse sábado (06/03), de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, havia 916 pacientes na fila, aguardando vaga:  486 pessoas esperavam leitos UTI e 430 em enfermaria”.

A pandemia no Paraná

Os mais de 13 mil casos de mortes por coronavírus, no entanto, são apenas uma parte da realidade trágica do estado. Isto porque no próprio boletim do coronavírus da Secretaria de Saúde, há um outro dado que o governo procura ocultar: as mortes por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por coronavírus. Segundo o boletim do dia 14/03/21, foram 10.621 pessoas que tinham SRAG e morreram por contraírem coronavírus.

Ao somar 13.478 com 10.621, chega-se a 24.099 mortos por coronavírus no Paraná, em dados oficiais! Ou seja, considerando outros meios de subnotificação, há muito mais mortos do que estes cerca de 25 mil apontados pelo boletim.

Enquanto isso, como em todo o País, a campanha de vacinação é simplesmente inexistente. Segundo os dados, 154.134 pessoas receberam a 2ª dose da vacina no estado. Isto equivale a 1,4% da população paranaense.

A Política do PCO para fazer frente à pandemia e à crise capitalista

A epidemia de coronavírus foi o estopim para deflagrar uma crise econômica de proporções ainda difíceis de prever. Neste momento o mundo  enfrenta duas grandes crises: uma de saúde e outra econômica, relacionadas, mas independentes em seus efeitos e desenvolvimento.

Os governos capitalistas estão completamente despreparados para dar conta da situação, criminosamente subestimaram o perigo. A debilidade das instituições públicas e dos serviços sociais, depredados pela política neoliberal, torna ainda mais difícil o combate à pandemia. A debilidade do regime econômico capitalista global agrava toda a situação, porque a prioridade dos governos não é salvar o seu próprio povo, mas salvar os capitalistas que afundam no próprio caos.

Acresça-se o fato de que os governantes são indivíduos como Jair Bolsonaro, João Doria, Ratinho Junior, etc., verdadeiros vampiros políticos que já deram mostras abundantes de ter uma política de extermínio da população.

Em pleno desenvolvimento no país, desde o golpe de 2016, a crise capitalista vai se agravar de uma maneira igualmente imprevisível. A retração econômica já agrava todos os pontos possíveis da economia brasileira: dívida pública, evasão de capitais, desindustrialização, recessão etc.

A política do governo golpista para enfrentar a crise é clara: usar os recursos econômicos disponíveis para salvar os grandes capitalistas e os bancos, inclusive as multinacionais, ao mesmo tempo em que acentua o ataque às condições de vida da população trabalhadora em geral.

A situação impõe a todas as organizações operárias, populares e democráticas que se coloquem em estado de emergência para defender a vida da população. Não há tempo a perder. É preciso que estas organizações e partidos de esquerda ajam imediatamente.

Aqui um conjunto mínimo de reivindicações e medidas necessárias para fazer frente tanto à crise da Covid-19 como à crise capitalista, apresentadas pelo PCO no início da pandemia e que seguem necessárias:

  1. Aumento imediato das verbas para a saúde, aumentar o número de instalações e equipamentos;
  2. Suspensão das aulas nas escolas e universidades;
  3. Contratação imediata de todo o pessoal da saúde necessário para enfrentar a crise;
  4. Aumento do número de leitos nos hospitais;
  5. Distribuição gratuita de máscaras, luvas, álcool e remédios;
  6. Formação de conselhos populares de fiscalização do serviço de saúde;
  7. Estatização de todo o sistema de saúde;
  8. Estatização dos laboratórios farmacêuticos para a fabricação imediata das vacinas disponíveis;
  9. Estatização da produção de equipamentos de saúde;
  10. Construção de abrigos para os moradores de rua;
  11. Aumento das vacinas disponíveis e abertura de mais postos de vacinação;
  12. Proibição de cortes de luz e água;
  13. Estabelecer sistema de testes eficiente em todos os lugares;
  14. Suspensão do rodízio de automóveis;
  15. Proibição das demissões;
  16. Licença saúde paga para todos os afetados pela crise;
  17. Redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, formação de turnos noturnos com pessoal reduzido;
  18. Comitês de controle do abastecimento e especulação com gêneros de primeira necessidade;
  19. Proibição da superlotação do transporte público com o aumento da frota;
  20. Reforço da merenda nas escolas públicas e presídios com a distribuição aos familiares dos estudantes;
  21. Soltar todos os presos provisórios, não perigosos, garantir as condições de saúde adequadas;
  22. Fazer todos os estabelecimentos funcionar em turnos;
  23. Nenhuma suspensão de direitos políticos, de reunião, manifestação etc.;
  24. Nenhum dinheiro para os bancos e especuladores, estatização do sistema financeiro;
  25. Nenhum dinheiro para os capitalistas, estatização das empresas falidas;
  26. Nenhuma demissão, escala móvel de horas de trabalho;
  27. Redução da semana de trabalho para 35 horas (7×5);
  28. Aumento dos valores do Auxílio Emergencial e do Bolsa Família com a extensão do plano para fazer frente às necessidades de saúde e da crise econômica;
  29. Fim das privatizações, cancelamento das já realizadas;
  30. Por uma assembleia constituinte convocada sobre a base da mobilização popular;
  31. Fora Bolsonaro, Dória, Ratinho Junior, etc.;
  32. Por Lula candidato e Presidente, por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.

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