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Pandemia

RJ: aumentam em 73% mortes de idosos vacinados com as duas doses

A abertura econômica criminosa que a direita e da extrema-direita realizou no pais, promoveu a maior circulação do vírus, que continua castigando a população

Na cidade do Rio de Janeiro, o número de mortes e internações causadas por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), leia-se Covid-19, entre as pessoas com mais de 60 anos imunizadas, isto é, que tomaram as duas doses de alguma das vacinas em circulação, vem aumentando exponencialmente nos últimos meses. Na semana epidemiológica 24, de 13 a 19 de junho, foram registrados 42 mortes desde grupo, de idosos vacinados, um mês depois, na semana epidemiológica 30, de 25 a 31 de julho foram registrados 83 mortes neste grupo, uma alta no número de mortes de 97% comparando as semanas epidemiológicas supracitadas.

Comparando a última semana de junho, que registrou 64 mortes, com a segunda semana de agosto, que registrou 111 mortes entre o grupo de idosos com esquema vacinal completo, temos uma alta de 73%. O número de hospitalizações acompanha a tendência geral neste grupo, no mesmo período, última semana de junho comparando com a segunda semana de agosto, o número de internações entre os idosos já vacinados saltou de 166 para 339.

A proporção dos idosos vacinados com as duas doses que apresentaram casos graves vem crescendo sistematicamente em relação aos demais grupos, em finais de maio representavam 7% dos mortos, já em finais de julho o grupo correspondia a 30% dos mortos da doença. Isto é, mesmo com o avanço, ainda que lento, da vacinação, neste momento toda essa população com mais de 60 anos deveria estar vacinada com duas doses, o impacto da doença na população idosa, em especial da população idosa vacinada, aumentou drasticamente.

Os óbitos entre a população idosa em geral tiveram mesmo um diminuição entre a penúltima semana de junho e a segunda semana de agosto, onde foram registrados respectivamente 364 e 311 mortes (redução de 15%), no entanto nesse mesmo período os óbitos entre a população idosa vacinada cresceu, como exposto acima. Esse fenômeno acontece também com os casos de internação, embora ambos os indicadores tenham subido no mesmo período, o do grupo de idosos com esquema vacinal completo foi muito superior. O número de internações nesse período entre idosos teve um crescimento de 28%, enquanto o do grupo imunizado alcançou 104%.

Os dados foram extraídos do sistema de Informações em Saúde da SES, alimentado pelas notificações do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Especialistas aventaram explicações para esse quadro crítico e assustador: da possibilidade de redução da imunização com o tempo, uma vez que essa população foi vacinada primeiro somada a mais comorbidades nesta faixa etária e a condições de saúde mais fragilizadas devido à imunossenescência, deterioração natural do sistema imunológico.

O que não aventam, contudo, é o óbvio, a política criminosa da direita e da extrema-direita em relação ao combate à pandemia. A direita “científica” e a extrema-direita obscurantista, ambas golpistas que dirigem o Estado nesse momento, é fato conhecido, nada fizeram de efetivo para conter a disseminação do vírus ou seu impacto nos corpo humano. Houve quem morresse na fila da UTI ou por falta de oxigênio.

A única medida adotada foi o farsesco isolamento social, farsesco porque totalmente parcial e insuficiente, cujo único objetivo era impedir o colapso total do sistema de saúde. Uma política de administrar o genocídio do povo para que não tomasse proporções catastróficas para os políticos da direita.

Porém, a pressão econômica suprimiu mesmo as medidas parciais e insuficientes e os governos “científicos” simplesmente passaram a atuar, assim como os obscurantistas, como se a pandemia estivesse solucionada, promoveram uma abertura total sem qualquer planejamento, o que fez o vírus circular amplamente.

Escolas e universidades abertas, transportes lotados, comércio e locais de trabalho com aglomeração funcionando regulação, em fim, como se não existisse um vírus, que aliás desenvolveu-se em nova cepa ainda mais contagiosa, a Delta. Nos últimos meses os governos promoveram a maior circulação que o vírus poderia ter, encorajando mesmo as pessoas como se a doença não fosse mais um perigo.

De outro lado, as vacinas que estão em circulação no país, em especial a CoronaVac do João Doria, governador de São Paulo, que vem mostrando-se ineficaz, fala-se em terceira dose de outra vacina na população idosa, podendo ser estendida para outras populações. Ficou evidente que o critério de aquisição destas vacinas passou ao largo do científico, tratou-se como sempre de interesses comerciais tão e somente. A CoronaVac, uma vacina cientificamente comprovada de baixa imunização, foi rapidamente aprovada pela Anvisa, enquanto a vacina Russa com taxa de imunização superior às que se encontram no país, isso cientificamente comprovado, foi reprovada.

Os governos da direita e da extrema-direita não apenas colocaram toda a população em risco, e os idosos a principais vítimas, aumentando drasticamente a circulação do vírus, antes que a imunização atingisse um patamar de segurança, como expuseram a população a vacinas pouco eficazes para atender interesses econômicos.

A pandemia não cessou, é preciso imediatamente um plano emergencial com um conjunto de medidas e um pacote econômico necessário para conter a crise da Covid-19, a burguesia, em todas as suas matizes não se importa em sacrificar centenas de milhares ou milhões de trabalhadores para garantir seus lucros, somente a força do movimento popular pode conquistar essa medidas emergenciais. Às ruas por fora Bolsonaro e toda a direita golpista.

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