O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, foi duramente hostilizado pela população do Quilombo do Pote, localizado no município de São João da Varjota, no Piauí. O povo, revoltado, reuniu-se ao redor do ministro para impedir que ele cumprisse seu objetivo de inaugurar, com todas as pompas e regalias, uma obra inacabada.
Em outros termos, o ministro pretendia promover uma típica solenidade de encerramento em uma obra de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) — curiosamente pertencente ao SUS — não encerrada.
As UBS têm como objetivo, de acordo com o site oficial do programa Mais Médicos, “atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para outros serviços, como emergências e hospitais” . Desta forma, colaboram também para que os habitantes de regiões remotas, sem acesso à serviços de saúde, não precisem praticamente realizar um processo migratório para poderem ser devidamente atendidos com os necessários cuidados. Em tempo, que evita a superlotação das vagas dos grandes hospitais.
A população não só não aceitou mais esse desaforo de um dos principais membros do governo Bolsonaro, como, organizados coletivamente. partiram em sua direção convictos de não permitir a continuidade do show de demagogia e hipocrisia que estava se armando.
Somente dessa forma, organizando a revolta, incisivamente, que o povo pode virar o jogo e frear os ataques dos golpistas.