A “Operativa” da Frente Fora Bolsonaro de Florianópolis (SC) acaba de dar um novo golpe em todo o movimento popular.
Mensagem encaminhada por WhatsApp na manhã deste sábado (02) e assinada pela “Operativa” informa que o ato Fora Bolsonaro, marcado para às 14h no Largo da Alfândega foi transferido para o dia 16 de outubro.
“A Frente Fora Bolsonaro de Florianópolis e Região comunica o adiamento do ato planejado para este sábado, 2 de outubro, devido à previsão de chuvas para esta tarde. Pensando os cuidados com a militância e a representatividade, adiamos o ATO PARA O DIA 16 DE OUTUBRO”, diz o comunicado.
Esse golpe pegou a base do movimento de surpresa. Muitos manifestantes protestaram contra a medida, afirmando que trata-se de uma infiltração de setores direitistas que deram um golpe no movimento e que, assim, a “Operativa” já não tem mais credibilidade nenhuma.
Por sua vez, o PCO (que foi expulso da Frente por essa mesma “Operativa”) não aceitou a medida arbitrária e manteve o ato para o mesmo horário e o mesmo local. Inclusive, seus militantes já se encontram no Largo da Alfândega, montando as banquinhas de produtos, estendendo suas faixas e bandeiras e iniciando os ensaios da Bateria Zumbi dos Palmares.
Militantes da base do PT, do Coletivo Lula Presidente e dos Comitês de Luta também não aceitaram o golpe e manterão a mobilização.
As principais organizações da “Operativa” são PSOL, PCdoB e PDT, partidos que expulsaram o PCO das reuniões do movimento para impedir a mobilização combativa dos trabalhadores e permitir a infiltração da direita tradicional e golpista nos atos. O objetivo final é acabar com as manifestações pelo Fora Bolsonaro, por isso as desculpas esfarrapadas de que o clima atrapalharia as manifestações. Nos atos anteriores, como o do dia 7 de setembro, a mesma desculpa (a chuva) já havia sido utilizada para cancelar as manifestações. O PCO, no entanto, sempre manteve os atos, mesmo que praticamente sozinho, junto aos companheiros combativos da base do PT e dos Comitês de Luta.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (SINTRASEM) também denunciou a manobra e garantiu: haverá sim o ato.