Companheiros,
Realizar o 1º de maio mostrou para toda a esquerda a necessidade e a possibilidade de realizar grandes atos de rua. Os frutos foram colhidos na mesma semana: militantes do MTST tomaram duas avenidas grandes de São Paulo, Av. Tancredo Neves e Av. Tiradentes, reivindicando o auxílio emergencial de R$ 600 e auxílio moradia, mesmo tendo um de seus “dirigentes”, Guilherme Boulos, dito que “assim que terminar a pandemia” voltariam os atos de rua. Boulos não entende, ou não liga para o fato, que ninguém quer ficar esperando para morrer em casa até, sabe-se lá quando, a pandemia acabar. A chacina do Jacarezinho no Rio de Janeiro, foi outro fator que colocou a necessidade dos atos de ruas, sem nenhuma organização, permissão da esquerda ou qualquer outro ritus burocrático, a população da favela do Jacarezinho saiu às ruas da comunidade e protestaram contra a chacina, depois disso, o setor mais politizado da juventude das comunidades do Rio chamaram duas manifestações com o mesmo objetivo. Para a população não há dúvidas, ou saímos às ruas ou morremos em casa, seja pela doença, seja pela bala.
Nosso partido entendeu muito bem esse problema, estamos a mais de um ano batendo nessa mesma tecla, contudo, na última reunião do Comitê Central Nacional, realizada de maneira ampliada, com convidados de destaques de todas as regionais, constatamos que é preciso aproveitar o clima político e agarrar a possibilidade com as duas mãos: precisamos investir em um grande ato nacional, maior do que o 1º de maio, precisamos colocar 5 mil pessoas nas ruas contra a política golpista e genocida da burguesia. A reunião deixou claro que é preciso fazer um ato pela quebra das patentes, vacina para toda a população, e um auxílio emergencial de pelo menos um salário mínimo para o povo.
Devemos desde já começar a organizar esse ato. Apesar das condições estarem maduras, enfrentaremos o boicote das direções pequeno-burguesas da esquerda reformista, que têm sido os principais inimigos da mobilizações, portanto, precisamos imediatamente começar a agitação nos bairros populares, nas organizações de base, nos terminais de transporte coletivos, nas fábricas, nos correios e nos assentamentos urbanos e rurais. A maré nos é favorável mas os inimigos são muitos, para vencê-los precisamos começar agora.