Em assembleia nessa segunda-feira, 4, às 6 horas, no portão 4 da General Motors de São Caetano do Sul, operários dizem “não” à contraproposta da empresa e decidem manter a greve. Os grevistas já haviam recusado uma tentativa de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SP). Segundo o sindicato, 4.100 operários aderiram à paralisação, e a recusa da contraproposta foi unanime.
Ainda na sexta-feira, 1, houve tentativa de conciliação entre as partes no Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SP). No entanto, nenhum passo atrás foi dado pelos grevistas. Longe de atender à demanda dos operários, a GM ofereceu reajuste de 10,42% (INPC integral) retroativo a 1º de setembro, e bonificação a cada 6 meses aos empregados inseridos na nova na grade salarial.
As exigências dos metalúrgicos incluem o pagamento de 5% de aumento real mais 10,42% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até setembro; vale-alimentação de R$ 350,00 aos trabalhadores com salários até R$ 4.429,00; correção do piso salarial, abono de R$ 1.000,00 pago em outubro de 2021; participação nos resultados da empresa e adiantamento do 13º salário. Além disso, os operários exigem que o direito à estabilidade de emprego aos trabalhadores com doenças ocupacionais seja renovado. Caso contrário, eles não retomarão as negociações. Essa exigência faz parte do último acordo coletivo, vencido recentemente, em 31 de agosto.
O impasse continua, e os trabalhadores não pretendem recuar. A GM, contudo, tentou romper a barreira imposta pelos metalúrgicos através de uma “cláusula de paz”, a qual teria por finalidade desmobilizar os trabalhadores e suspender a greve, o que colocaria os trabalhadores na defensiva. Essa manobra, porém, não foi adiante.
É importante destacar que essa greve é muito importante, podendo contagiar outros setores da classe operária. Nesse sentido, a manutenção da greve é fundamental. Portanto, todo apoio aos operários! Os trabalhadores de outras fábricas precisam seguir o exemplo deles, parar a produção e só voltar ao trabalho quando os capitalistas atenderem a um plano de reivindicações que seja condizente com as demandas de toda a categoria.