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Um aviso

O povo não é obrigado a aceitar seus inimigos nos atos

Não podemos esperar que a população mantenha a esportiva. A direita deve esperar pelo pior se ousar ir nos atos.

Hoje, sábado (2), manifestações Fora Bolsonaro acontecerão em todo o país. Essas manifestações são o fruto de um trabalho intenso de convocação e de agitação dos militantes de esquerda, que lutaram por mais de um ano contra a política de paralisia do “fique em casa” das direções. Após muita luta política, o ato do dia 1º de maio, organizado principalmente pelo PCO e pelos Comitês de Luta, conseguiu quebrar e desmoralizar completamente a política do “fique em casa”. Os atos de hoje são a continuidade dessa política; o povo quer ir às ruas e lutar contra Bolsonaro e a direita, e as direções impendem a mobilização de se desenvolver.

Uma coordenação foi formada para organizar a mobilização, e desde então, um setor dessa coordenação, composto pelos partidos com representação parlamentar, insistiu em usar o movimento como moeda de barganha com a direita. A 3ª via precisa de uma base de apoio para conseguir lançar um candidato no ano que vem. Desde o início da pandemia a direita e a esquerda pequeno-burguesa se esforçam em vender para a população a imagem dos políticos direitistas “progressistas” e “científicos”. Doria, Witzel e Eduardo Leite (após serem eleitos em aliança com Bolsonaro) foram apresentados como maus menores perto de Bolsonaro. Mesmo com mais de um ano com essa campanha, a população não quer aceitar esses elementos nas manifestações.

A verdade é que o povo não quer, e não pode ser obrigado a querer, dividir o mesmo espaço que seus algozes. Peguemos a figura de Ciro Gomes, por exemplo, o pedetista é um dos principais peões da burguesia para minar a candidatura de Lula, ainda hoje faz a campanha de que Lula é corrupto (ele que disse que se Lula fosse preso iria sequestrá-lo e levá-lo a uma embaixada). Quando teve que apoiar a “democracia” contra Bolsonaro no segundo turno em 2018, foi para Paris. Os petistas e os cutistas, que são uma maioria nos atos, não são obrigados a aceitar ele no palanque. Mas Ciro é o menor dos problemas. Querem levar o PSDB e o PSD para o ato, assim como o Cidadania e o movimento Acredito de Tábata Amaral e João Paulo Lemann. Querem levar o PSL, que era o partido de Bolsonaro em 2018 e que abriga ainda hoje um de seus filhos.

Por que aceitar essas presenças nos atos? São partidos que votaram de acordo com o Governo Bolsonaro quase todas as vezes. Todos os defensores das privatizações e das reformas administrativa e da previdência. O PSDB em São Paulo foi responsável por agredir e assassinar diversos ativistas políticos na última década. Durante todo o período em que o partido governou o estado de São Paulo, o PSDB reprimiu centenas de greves. Agora Doria está vendendo tudo: Vale do Anhangabaú, o estádio Pacaembu, 22 aeroportos estaduais e quer privatizar a Sabesp, a maior empresa de saneamento público do país.

Antes mesmo de Bolsonaro aparecer, essas figuras já eram notórias inimigas do povo. Em grande medida são os responsáveis diretos da eleição da extrema-direita. Já deixaram explícito que não querem Lula nem a esquerda. O grande lema desses partidos e movimentos nos vazios atos do dia 12 foi: “Nem Lula nem Bolsonaro”, que em linhas gerais significa: “Lula não, e se precisar votaremos em Bolsonaro para evitar Lula”. Não podemos esperar que o povo mantenha a esportiva durante a manifestação. Vimos o que aconteceu no dia 3 de julho, os tucanos foram expulsos do asfalto, e o feito pode muito bem se repetir. Não podemos esperar que diante de seus maiores inimigos, o povo fique calmo. Por isso, a direita não deveria ir, mas não poderá reclamar.

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