Nada é mais impopular na politica brasileira do que a direita tradicional – centrão. São políticos carreiristas, que estão ali há anos em uma instituição ou outra e que não agregam em nada na luta da classe trabalhadora, muito pelo contrário, são verdadeiros inimigos dos trabalhadores e da população. Esses vampiros ocupam cargos públicos e no Congresso Nacional, e acabam se tornando o que a gente poderia chamar de políticos de vitrine. Ou seja, ficam ali literalmente esperando quem dá mais, por seus votos e sua influencia em algum ponto contra o povo.
Bolsonaro que foi um desses políticos de vitrine por quase 30 anos, agora sabe bem onde fazer compras quando é preciso aprovar alguma medida, lei ou projeto que vai contra o interesse popular. É nada mais que um prostíbulo, quem paga mais, leva. Atualmente nem se preocupam em esconder, são inúmeras as matérias e reportagens, em que a frase “Bolsonaro comprou o centrão” para aprovar tal absurdo contra a população aparece descaradamente.
Apesar de fazer a feira – pagando com dinheiro público ou cargos políticos – no centrão sempre quando precisa, Bolsonaro também joga para a sua torcida de que esse carreiristas não prestam, que são corruptos, vendidos e etc – com razão. Além do mais ainda faz campanha demagógica se dizendo o “antissistema” o “imaculado” perto de toda essa corja. Na real se trata dos mesmo vendilhões da pátria e da soberania nacional, escórias da politica brasileira. Ou como diria o outro, tudo farinha do mesmo saco, parasitas sanguessugas da pior espécie.
São políticos e partidos sem qualquer apoio popular e desmoralizados. Toda a população sabem para que servem e de quem se tratam. No entanto, setores da esquerda “bem pensante” insistem em fazer alianças, até mesmo chamar esses políticos venais de democráticos. Na atual conjuntura politica é bem claro que esse bando de marginais de terno, estão cada vez mais se afundando. E esquerda que vai de mãos dadas com esses bandoleiros políticos, tende ao mesmo fim.
A esquerda, que deveria ser uma alternativa à direita e ao centrão, está caindo no canto da sereia, de que todos deveriam se unificar, até mesmo com esses golpistas para lutar contra fascismo – representado na figura de Bolsonaro. É uma falta de memória que dá arrepios, se esquecem que Bolsonaro – que faz parte dessa quadrilha durante toda sua vida politica, – só chegou ao poder com a ajuda e o apoio desses mesmos ditos “democráticos” “civilizados”.
A esquerda assim se tornou um apêndice da direita, conscientemente busca galgar cargos políticos e quem sabe até mesmo ser colocado na vitrine junto ao resto do estoque. A esquerda que se preza, que se diz combativa não deve ir um centímetro sequer em direção ao centrão, muito pelo contrário, se não quer afundar como estão afundando a direita tradicional o caminho é justamente para o outro lado. É ao encontro com a população oprimida, com os operários e trabalhadores de do país, que poderá sair fortalecida, é justamente combatendo os ataques dos golpistas contra a população que se fortalece na luta e tem apoio popular.
Lula, por exemplo, que tem grande apreço das massas, que reúne milhares de pessoas por onde passa, precisa se desvencilhar desses abutres. Além de não agregar absolutamente nada, muito pelo contrário, ainda fazem campanha contra o próprio ex-presidente. Alguns meses atrás, por exemplo, Lula foi fotografado ao lado do Fernando Henrique Cardoso, caso clássico de politico da direita tradicional.
A imprensa burguesa apresentou o caso fatídico, como uma clara tentativa de reviver, nada mais nada menos, que um cadáver politico do PSDB, que até os dias de hoje, resmunga quando se trata de alguma ocasião quando e onde, a burguesia deve esfolar ainda mais o povo. Por outro lado, os bolsonaristas se utilizaram da imagem para igualar Lula ao vendilhão da pátria, que deixou a presidência da república com um país praticamente inteiro na miséria, e dezenas de empresas estatais privatizadas. O Brasil no período do FHC não foi apenas roubado, ele foi dilacerado.
A situação é bem óbvia, ou a esquerda se afasta do centrão, e se agarra na mobilização popular na luta das massas ou vai afundar junto. Não há nada o que esperar da direita tradicional que hora joga contra a população e outra hora faz a mesma coisa só que com demagogia. É preciso fortalecer e ampliar os atos de rua, ir chamar a população nos bairros periféricos, nas fábricas, nas empresas, fazer grande agitação e propaganda da organização do povo em prol dos seus direitos e reivindicações.