Pesquisadores no Brasil identificaram uma nova variante referente a Sars-CoV-2.
A mutação E484K foi identificada em São Paulo, em novembro do ano passado. Por já estar em circulação há algum tempo, essa variante também já foi encontrada nos estados do Amazonas, Bahia, Pará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe, São Paulo e Santa Catarina.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde,
“as mutações encontradas na variante P1 podem reduzir a neutralização por anticorpos; no entanto, estudos adicionais são necessários para avaliar se há mudanças na transmissão, severidade ou ação de anticorpos neutralizantes como resultado dessa nova variante”.
A preocupação explica-se devido a possibilidade de fuga imunológica dessa variante, o que pode afetar na imunização com as vacinas que já estão sendo comercializadas. Já há variações que vem se tornando são dominantes em alguns estados.
A grande preocupação dos pesquisadores é totalmente justificada devido ao total descontrole da pandemia no Brasil. O número de mortes pelo Coronavírus cresceu absurdamente no último mês, segundo informações oficiais, e não há nenhuma medida eficaz para combater a pandemia por parte dos governos.
O aumento no número de infectados, faz com que aumente a probabilidade de surgirem novas mutações do vírus, o que pode ocasionar uma maior dificuldade na profilaxia. A vacina da Novavax, por exemplo, obteve um índice de eficácia menor contra a variante britânica em relação ao Coronavírus. No Brasil, o problema é ainda maior, uma vez que não há sequer vacinas para a população, o que dificulta também os estudos sobre a eficácia diante de novas variantes.
Já ficou demonstrado de que apenas o isolamento social – aqui realizado de forma muito parcial – não resolve o problema. Além de ser algo muito custoso para a maioria da população, que precisa trabalhar e não tem condições de levar adiante essa medida restritiva – uma vez que os governos não vêm oferecendo qualquer amparo real – há uma presão por parte de setores capitalistas, para uma abertura total. Neste cenário, não há nenhuma medida efetiva dos governos para combater a pandemia. Pelo contrário, os recursos destinados a saúde são cada vez mais escassos, a terceirização de setores da saúde continua, não há a contratação de novos servidores e o resultado é que estamos ultrapassamos a média de 2 mil mortos por dia, ainda com uma tendência de alta.
Não haverá nenhum tipo de medida eficaz por parte das instituições e governos. Esses governos são fruto do golpe de Estado que aconteceu em 2018 e que continuou nas eleições de 2020. Os trabalhadores devem lutar e exigir um programa próprio que atenda seus interesses: pela manutenção do auxílio a todos e que o valor seja de pelo menos de um salário mínimo. Diminuição da carga horária de trabalho e trabalho em turnos. Exigir que os governos comprem e vacinem toda a população. Pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas e genocidas.