80 anos atrás, falecia a escritora modernista inglesa Adeline Virginia Woolf. A escritora era filha de Julia Stephen(1846–1895) e do escritor, historiador, ensaísta e biógrafo de Sir Leslie Stephen (1832-1904).Virginia Woolf, na época Virginia Stephen, não frequentou escola, foi educada, em vez disso, por professores particulares e através de aulas com seu pai.
Ela era impressionada pelo trabalho literário e pelo trabalho de editor e também por sua vasta biblioteca particular, o que impulsionou a decisão de se tornar escritora. Nas suas autobiografias, como “reminiscências”(1908) e outras, Woolf descreve sua infância da seguinte maneira: “nascida bem conectada, nascida não de pais ricos, mas que estavam bem economicamente, nascida em um mundo do século XIX bem comunicativo, literário, articulado e visitado”.
Encorajado pelo seu pai, Woolf começou a escrever profissionalmente em 1900. Seu pai iria falecer em 1904, o que causou na escritora uma crise de altas proporções. Após sua morte, a sua família se mudou para kensignton, para Bloomsbury. Foi lá que, em conjunto com os amigos mais intelectuais dos irmãos, formou o grupo literário de Bloomsbury, círculo de intelectuais que, após a Primeira Guerra Mundial, se posicionaria contra as tradições literárias, políticas e sociais da Era Vitoriana e que contavam com uma nata de escritores ingleses da época, contendo figuras além de Virginia Woolf, como Jonh Maynards Keynes e E.M. Foster, os críticos Clive Bell e Desmond McCarthy, e também o futuro marido da escritora, Leonard Woolf.
Em 1912 casou com Leonard Woolf, com quem fundou em 1917 a Hogarth Press, editora que revelou escritores como Katherine Mansfield e T.S. Eliot, além de publicar a tradução autorizada, feita por Jane Soames, da “A Doutrina do Fascismo” de Mussolini. Estreou-se na literatura em 1915 com o romance The Voyage Out, que abriu o caminho para a sua carreira como escritora e uma série de obras notáveis. Seus trabalhos mais famosos incluem os romances “Mrs. Dalloway” (1925), “To the Lighthouse” (1927), “Orlando: A Biography” (1928). No final dos anos 1920, tornou-se uma escritora de sucesso e foi reconhecida internacionalmente.
Woolf foi uma das precursoras do uso do fluxo de consciência, técnica literária modernista que marcou o estilo de Woolf, James Joyce e William Faulkner. Com seu trabalho de vanguarda, ela é uma das autoras mais importantes do modernismo clássico, ao lado de Gertrude Stein. A escritora apresentava crises depressivas. Em 1941, deixou um bilhete para seu marido, Leonard Woolf, e para a irmã, Vanessa Bell. Neste bilhete, ela se despede das pessoas que mais amara na vida, e comete suicídio.