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Colocando a culpa em Dilma

Não foi o PT que entregou o petróleo; foi o seu partido, Requião

Há décadas no partido de Sarney, Temer, Cunha, Jucá e outros paus mandados do imperialismo, ex-governador alivia para os golpistas do MDB e tenta responsabilizar ex-presidenta

Em entrevista no canal Brasil 247, o ex-governador e  ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), entrou em atritos com jornalistas do site Brasil 247, em uma discussão sobre a Petrobras, a política de preços dos combustíveis e a privatização do petróleo brasileiro.

Um “autêntico” traíra emedebista

O motivo foi que o ex-senador da chamada ala progressista do partido de Michel Temer, Eduardo Cunha, Baleia Rossi e outros muitos golpistas, resolveu responsabilizar o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), por meio do então ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, também do MDB, e do então líder do Governo no Senado, Romero Jucá (RR), igualmente do MDB, de ser o responsável pelo processo de avanço da privatização do pré-sal, por meio do  apoio ao Projeto de Lei Suplementar 131/2015, do senador José Serra (PSDB-SP) de entrega do pré-sal.  O PLS acabou sendo aprovado retirando da Petrobras a exclusividade sobre a exploração da camada pré-sal.

Segundo Requião, o governo Dilma teria orientado a favor da aprovação da proposta de privatização – dando sequência à política de entrega iniciada no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o qual foi também integrado pelo seu partido, o MDB, quando os acionistas privados iniciaram o controle majoritário das ações da Petrobras.
A tática de responsabilizar Dilma Rousseff e o PT, deixando de lado o papel central do seu próprio partido que, naquele momento, já conspirava abertamente a favor da derrubada da presidente Dilma e pressionava – como outros setores da frente popular que o PT integrava – por uma política direitista suicida, deixa evidente que o ex-senador adota uma política comum à setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa. Inclusive da direita do PT – a política de responsabilizar o PT e seus governos pelo golpe que sofreram e por todo o retrocesso provocado pelo golpe, quando eles nunca se opuseram (a não ser em discursos em poucos momentos) ao golpe de Estado, integraram e integram partidos que foram fundamentais para a derrubada do governo eleito pelo povo e por todo o retrocesso que se impôs ao País.
Requião se indispôs com jornalistas que apresentaram na entrevista noticias da imprensa da época (2016) em que a bancada de senadores do PT, incluindo sua liderança, se pocionaram contra o PLS, tendo inclusive votado contra o projeto e que inquiriram o ex-senador pois o seu partido votou em peso com os tucanos e entreguistas a favor da política de privatização.
Na prática, ele inocenta os golpistas do MDB e tenta responsabilizar Dilma pela entrega do pré-sal e da Petrobras.

Um profissional da política burguesa

Na entrevista,  frente à contestação dos entrevistadores, Requião chegou – inclusive – a desafiar o jornalistas a perguntarem aos ex-senadores Lindbergh Farias, Vanessa Graziottin e Gleisi Hoffmann –que participaram da sessão, sobre a decisão do governo, que – segundo ele – estranhamente  teria “mandado votar a favor do projeto”, mesmo com todos os petistas tendo votado contra, inclusive os seus senadores mais conservadores, como Humberto Costa (PE).

Como político profissional da burguesia, que há décadas realiza malabarismos para tentar se disfarçar de progressista, mesmo ocupando importantes cargos na burocracia do Estado (governo de Estado, Senado etc.), quase sempre com apoio de setores da esquerda defensores da politica de colaboração com a burguesia e seus partidos, Requião buscou – como de costume – minorizar o fato de que “Dilma governou rodeada por ladrões e golpistas” – como destacou o jornalista Leonardo Attuch -, muitos deles do partido de Requião e ainda buscou posar de “nacionalista”, mesmo sendo membro há décadas de um partido pró-imperialista e entreguista e atuando para dar alguma credibilidade à máfia política que integra o MDB.

É preciso esclarecer o verdadeiro papel dos farsantes que se disfarçam de progressistas, dos que se juntam e convivem com os golpistas. De modo algum, a esquerda  deveria aceitar comentário cínico e calunioso de quem tem telhado de vidro; as críticas pseudonacionalistas de quem integra o partido de alguns dos maiores capachos do imperialismo, como o ex-presidente golpista Michel Temer.

“Lobo em pele de cordeiro”

O disfarce usado há anos por Requião e outros emedebistas, de se apresentarem como “autênticos”, nem de longe corresponde à realidade de suas trajetórias políticas em que não fizeram outra coisa do que se submeter e apoiar a sobrevivência de uma máquina da política reacionária de setores da burguesia “nacional” e do imperialismo que é o MDB e seus principais aliados.

Nem autêntico, nem “nacionalista”, o ex-senador habita o ninho dos lacaios e entreguistas do MDB e seus ataques a Dilma e ao PT não são mais do que parte da política que adota há décadas de procurar obter o apoio eleitoral da esquerda, disfarçando-se de progressista ao mesmo tempo em que come e ajuda a sustentar o “coxo” dos porcos golpistas e capachos do capital internacional que dão as cartas no partido de Requião, Sarney, Temer, Cunha e tantos outros inimigos do povo, de ontem e de hoje.

 

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