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Todos às ruas!

Não ao boicote: todos às ruas no dia 18 por Fora Bolsonaro!

Contra o intenso boicote feito ao dia 18, é preciso sair às ruas junto aos trabalhadores pela derrubada do regime golpista

Restam quatro dias para a data definida como dia nacional de paralisação dos servidores públicos e também dia nacional de mobilização nas ruas por Fora Bolsonaro. A data que foi firmada em reunião da Frente Fora Bolsonaro em 30 de julho tem como intenção, pela primeira vez, agrupar um importante setor dos trabalhadores à mobilização, envolvendo categorias como os professores, Correios, eletricitários, entre outros que sofrem diretamente com os ataques do regime golpista, como o corte de direitos e a privatização.

Um intenso boicote

Contudo, o que deveria ser um dia para grandes mobilizações e de uma unidade na luta dos setores que se colocam como defensores da luta contra o golpe, vem sofrendo na realidade de um intenso boicote dos mais diversos setores da esquerda pequeno-burguesa e de seus aliados golpistas da frente ampla. O dia 18 já serviria para separar o “joio do trigo” nas manifestações. Principalmente após os atos do dia 3 e 24 de julho, onde os frente-amplistas tentaram infiltrar Ciro Gomes e o PSDB nas manifestações, ter um dia nacional de mobilização dos trabalhadores serve para eliminar das ruas esta parcela direitista. Porém, como não bastasse a ação da direita, partidos de esquerda como PSOL, PCdoB, a ala direita do PT, entre outros, estão servindo ao papel de “esconder a mobilização”, trocando dia de manifestações por um dia qualquer de “atos simbólicos”.

Existe uma má vontade por parte de diversos setores da esquerda em convocar esta mobilização dos trabalhadores. A explicação deve-se ao fato de que estes setores não veem no povo o fator crucial para as manifestações, mas sim se apoiam na campanha da imprensa burguesa e têm como ideia se utilizar meramente de questões como a CPI da Covid para colocar a população nas ruas.

O boicote é claro. Em São Paulo, por exemplo, o ato que tradicionalmente sempre é convocado para a Avenida Paulista, agora foi remarcado, sem qualquer aviso prévio, para a Praça da República, em outro ponto da cidade. Se as manifestações anteriores já careciam de convocação, esta vem não apenas sofrendo disso, como também de um boicote explícito.

É preciso reagir e sair às ruas!

No dia 24, manifestações atingiram mais de 500 cidades em todo país, um recorde até o momento demonstrando que os atos estavam em uma forte crescente. Contudo, sobre a manifestação do dia 18, muitas organizações, inclusive as próprias “centrais” que se juntaram à CUT, decidiram fingir que a mobilização não existe. Com exceção da CUT, todas as demais organizações sindicais estão ignorando a mobilização, mesmo que tenham nominalmente assinado a proposta.

Até o momento a grande parte das cidades do país sequer tem atos marcados. A divulgação na imprensa da esquerda, a propaganda e a campanha em torno da mobilização é praticamente inexistente. Contudo, o simples fato de vermos categorias como a dos Correios voltando a se mobilizar contra a privatização, do problema da greve retornar à discussão nos sindicatos, revela por si só a importância deste dia para a mobilização geral dos trabalhadores.

O dia 18 abre as portas para o debate da organização de uma greve geral dos trabalhadores brasileiros contra o regime golpista. Por isso, o Partido da Causa Operária desde o anúncio da manifestação, está nas ruas realizando panfletagens, colagens, visitando as fábricas, mobilizando os trabalhadores para o ato nacional.

Estas iniciativas são importantes para ir ajudando a quebrar a paralisia no interior do movimento, como também servem para passar por cima do boicote realizado à manifestação.

Ir aos bairros, convocar os trabalhadores, rumo à greve!

Não há como esperar, é preciso desde já mobilizar os trabalhadores para o dia 18. Contra o boicote, é preciso sair às ruas, pois a realização desta manifestação poderá representar uma virada crucial para a maior participação dos trabalhadores em todo o movimento contra o regime golpista.

Com a privatização dos Correios, Eletrobras, os ataques aos servidores públicos por meio da reforma administrativa, não há outra saída se não tomar as ruas.

Por isso, além de colocar seus militantes nas ruas de todo o país convocando para o dia 18, o Partido da Causa Operária também lançou uma nota oficial destinada às organizações do Movimento Fora Bolsonaro, exigindo explicações pela paralisia em torno do dia 18, como também medidas que façam com que esta data torne-se mais um passo adiante na luta pela derrubada de Bolsonaro e todos os golpistas.

Na nota, o partido destaca que a paralisia se dá mesmo “quando intensificou-se de forma brutal a ofensiva contra os servidores, os trabalhadores das estatais e contra todo povo trabalhador”. Além disso, denuncia a ação das demais “centrais” que boicotam o movimento chamado pela CUT, sendo estas as mesmas que “talvez não por coincidência, propuseram trazer para dentro do movimento justamente os defensores da reforma administrativa, das privatizações e de todo tipo de ataques contra os trabalhadores como é caso do PSDB.”

Toda esta situação reforça o boicote ao movimento, em um momento onde é preciso intensificar a mobilização.

A nota oficial do PCO pode ser lida na íntegra abaixo:

Às organizações do Movimento Fora Bolsonaro

Faltando seis dias para o dia 18 de agosto, deliberado como a data para nova jornada de mobilizações da luta pelo Fora Bolsonaro, em sua última reunião, nenhuma convocação foi feita para as mobilizações; nenhum ato foi convocado e vários grupos se dedicaram a divulgar outra data (7 de setembro), deixando de lado o que foi decidido coletivamente, sem posições contrárias.

Isso quando intensificou-se de forma brutal a ofensiva contra os servidores, os trabalhadores das estatais e contra todo povo trabalhador.

É visível que, além da CUT – que propôs paralisações e atos, muitos deles minoritários, sob pressão dos setores que agem para sabotar o movimento –, nenhuma das outras “centrais” quer mobilizar e que, talvez não por coincidência, propuseram trazer para dentro do movimento justamente os defensores da reforma administrativa, das privatizações e de todo tipo de ataques contra os trabalhadores como é caso do PSDB.

A paralisia de alguns e sabotagem de outros ameaça inclusive liquidar com o Movimento que levou centenas de milhares de pessoas às ruas desde 29 de maio.

Reivindicamos que sejam prestados os devidos esclarecimentos pelos responsáveis. Por que não há nenhuma certeza sobre nenhum ato marcado em nenhum lugar do País? Por que, contrariando o êxito das mobilizações anteriores, foram anunciados, em alguns lugares, atos pela manhã em dia de trabalho? Por que “atos simbólicos”, inúteis, ao invés de mobilizações reais, para as quais sejam convocados os trabalhadores?

Por que essa capitulação quando a direita unida (bolsonaristas e “oposição”) atacam duramente os trabalhadores e todo o povo?

Por que não há nenhuma clareza sobre a realização dos atos?

Reivindicamos que sejam adotadas, imediatamente, medidas para reverter essa situação e convocar as mobilizações.

  • Contra a reforma administrativa e a destruição dos serviços públicos (PEC 32)
  • Abaixo as privatizações
  • Vacina para todos, com a quebra das patentes
  • Auxílio Emergencial de verdade
  • Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

Partido da Causa Operária
12 de agosto de 2021

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