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Aumento nos casos

Mulheres jovens, as que mais sofrem com depressão na pandemia

A depressão não é definitivamente doença de rico

depressao

No último dia 8, foi publicada uma pesquisa na revista científica The Lancet, divulgando que, durante a pandemia de COVID-19, os casos de depressão maior e ansiedade cresceram respectivamente 28% e 26% no mundo, 26% acima do esperado para 2020. Outro dado da entrevista é que as mulheres e os jovens entre 20 e 24 anos são os mais afetados.  

Essa pesquisa foi realizada por uma equipe de 65 pesquisadores, liderados por Damian Santomauro, da Escola de Saúde Pública de Medicina da Universidade Queensland, na Austrália, e até o momento a única apresentada. Foram analisados 48 relatórios provenientes de 204 países.

Na saúde mental, observa-se a predominância dos distúrbios de depressão e ansiedade com maior predominância nas mulheres. No Brasil, o risco de desenvolver depressão nas mulheres é de 10 a 25%, enquanto nos homens é de 5 a 12%. Essa diferença se inicia por volta dos 15 anos. 

As diferenças se dão por múltiplos fatores, desde questões biológicas, como as constantes mudanças hormonais que as mulheres começam a sofrer com o início da puberdade e a produção de hormônios sexuais, e com as questões econômicas, com as jornadas de trabalho (trabalho formal e doméstico), às quais as mulheres são submetidas. Outras questões são as políticas de saúde públicas que de modo geral não tem interesse na saúde mental, e muito menos nos problemas de saúde das mulheres. 

Um exemplo disso é a falta de programas como de orientação sexual para crianças e jovens, de programas de acompanhamento das mulheres na menopausa, programas de planejamento familiar sérios sem viés moral, ausência de equipes de saúde mental nas UBS – Unidade Básica de Saúde, número de CAPS – Centros de Atenção Psicossocial, infinitamente menor que a demanda. Além de que esses serviços são administrados por OSS – Organização de Serviços de Saúde sem fins lucrativos cuja lógica capitalista faz com que o número de pessoas nas equipes, não seja minimamente suficiente para atendimento das demandas das unidades, etc. Para piorar, desde o golpe de 2016 contra Dilma Rousseff, quando o golpista Michel Temer instituiu o teto de gastos, os parcos programas de assistência às mulheres foram sendo destruídos ainda mais, com os planos de privatização do SUS. As casas de acolhimento às mulheres vítimas de violência, por exemplo, muitas foram fechadas ou administradas por instituições religiosas com viés ideológico, bem durante a pandemia COVID-19, em que o número de violência doméstica aumentou e as pessoas mais afetadas são as mulheres, crianças e adolescentes. 

A política econômica neoliberal é outro fator desencadeador de distúrbios de depressão maior e ansiedade nas mulheres. As mulheres são as que trabalham mais em empregos piores, e mesmo quando tem um emprego melhor, sempre ganham menos. Desde a pandemia, com o aprofundamento da crise econômica, as mulheres foram as que mais perderam seus empregos. 

Outra questão a ser apontada é que as mulheres que normalmente são as cuidadoras das famílias, tiveram essa incumbência ainda mais aprofundada com familiares doentes pela COVID-19. 

Os jovens também foram muito afetados devido à suspensão das aulas e à restrição de convívio social, segundo a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura -, a pandemia COVID-19 causou a maior interrupção da educação global. Estima que 1,6 bilhões de alunos em mais de 190 países ficaram total ou parcialmente sem aula durante o ano de 2020, o que levou ao importante aumento nos casos de depressão e ansiedade nos jovens. 

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