Nesse domingo (12) na Avenida Paulista, em São Paulo, o Bloco Vermelho realizou um grandioso ato pelo Fora Bolsonaro e Lula Presidente. O Bloco é o agrupamento que surgiu após as mobilizações pelo Fora Bolsonaro que ocorreram ao longo de todo o ano de 2021, mobilizações essas que só foram possíveis após o rompimento do dique de contenção imposto pelo ato realizado pelo 1º de Maio. Composto pelo Partido da Causa Operária, CUT, PT e movimentos sociais de luta pela moradia e terra.
Foram milhares de companheiros vindos de todas as regiões do Brasil, caravanas saíram de norte a sul do país, além dos companheiros de São Paulo que lotaram a frente do MASP e realizaram um belíssimo protesto em defesa da candidatura do ex-presidente Lula como única alternativa da esquerda para 2022. Veja aqui fotos.
Neste ato ficou claro que a população é totalmente contra o golpista Geraldo Alckmin ser vice do ex-presidente Lula. O Bloco Vermelho, que levou milhares de pessoas as ruas, gritou o Fora Bolsonaro, Lula Presidente e pediu um vice oriundo da classe trabalhadora, um líder operário ou camponês, vindo das lutas populares, e não Alckmin, pai do golpe de estado contra o próprio PT e por consequência de Bolsonaro.
A companheira Nilsa Ramos, do Comitê Lula Presidente de Pontal do Paraná e militante do Partido dos Trabalhadores, deu o tom do sentimento que se expressa na base petista “Alckmin é um golpista, psdbista, ladrão de merenda”.
“Esse negócio do Alckmin vice de Lula é uma fria. O Alckmin é um peso morto, ele não vai agregar nada para o Lula, ele vai desmoralizar toda a militância, aqueles lutadores, aqueles que querem ver um Lula autêntico, Lula lutando pelos trabalhadores, o Alckmin vai travar tudo isso. E tem um detalhe, ele não representa nada, ele só vai tirar, ele não vai colocar nada. Eu acho terrível para nós militantes, nós vamos ficar numa saia justa danada. Fica até difícil fazer campanha para o Lula presidente, mas eu me sinto desmoralizado com o Alckmin como vice-presidente. Tem que superar isso aí e pegar um vice que tenha a cara do povo, como por exemplo André Constantine para representar a base do PT, ou a Benedita da Silva. Pegar um picareta que só vai trazer peso para nós, não dá”, disse o companheiro Renato Chicão do Comitê de Luta – Florianópolis durante o ato na Avenida Paulista. Foram várias declarações rechaçando esse tipo de vice golpista ligado e a serviço da burguesia.
Há muitos sinais da impopularidade e da repulsa à proposta de um vice burguês e golpista para a candidatura de Lula, após o golpe de estado uma ampla parcela da base petista se deslocou à esquerda e rompeu de fato com a burguesia, as margens para um governo de conciliação de classe são muito menores do que foram em 2002 pois a situação da burguesia não a permite colocar no poder um governo de esquerda ─ isso foi comprovado com o golpe e a prisão de Lula.
“Lula sim, Alckmin não” foi um dos gritos de guerra puxados na mobilização do último dia 12. A direção do PT não deve cometer o erro de passar por cima da vontade popular e empurrar goela abaixo da militância acordos por cima. Essas manobras podem comprometer a candidatura Lula e custar muito caro ao povo.