Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, Lula está se reunindo na tarde desta terça-feira (31) com lideranças de movimentos sociais ligados ao PT, como CUT, CMP e MST, para discutir sua possível participação no ato que ocorrerá no próximo dia 7 de setembro no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.
O Partido da Causa Operária reivindica a participação de Lula nas mobilizações do último período desde o seu início por considerar que isso seria um divisor de águas no movimento, provocando um salto qualitativo e quantitativo da mobilização das massas.
Setores da esquerda ligados à política da Frente Ampla têm recorrentemente tentado impedir a participação de Lula no movimento, sob a alegação de que os atos não poderiam assumir um caráter eleitoral, ou que Lula afastaria setores do movimento, seja da esquerda anti-petista, seja da direita que orbita o PSDB. Tais alegações, contudo, não se sustentam de pé, seja porque a acusação de “eleitoralismo” não se aplica a aventureiros eleitorais que sobem recorrentemente nos carros de som, seja porque nenhum movimento que seja democrático pode vetar que as lideranças das organizações liderem efetivamente o movimento.
Se o presidente do PSOL pode falar no ato, se o presidente do PCB pode falar, se Boulos e Freixo podem falar, por que Lula não poderia? O PCO considera que todas as lideranças devem assumir sua posição natural dentro do movimento e, inegavelmente, Lula é hoje a maior liderança da esquerda brasileira.
A participação de Lula no movimento, além de levar milhares de trabalhadores para as ruas, de mobilizar a população que está sofrendo nas mãos da direita, seria um duro golpe na política dos golpistas, que buscam viabilizar a terceira etapa do golpe de estado.
Lula deve, portanto, ir ao ato no Vale do Anhangabaú no dia 7 de setembro para ocupar a sua posição natural de liderança do movimento, contra toda a política golpista da terceira via, que busca se diferenciar cosmeticamente de Jair Bolsonaro, para executar um programa igualmente ou ainda mais monstruoso contra a população brasileira. A intenção de João Doria de proibir os atos da esquerda em todo o estado de São Paulo só dá mais razão a essas colocações.
Chegou a hora do movimento se assumir claramente com a candidatura da classe operária em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva.