Gislaine Souza Soares é liderança rural e foi eleita vice-diretora, assim como também é secretária da juventude na gestão de 2021-2025 da FETAGRI-PA. Desde que tomou posse, vem sofrendo ameaças anônimas no seu WhatsApp, e um atentado a tiros, que deixou uma parede de sua casa cheia de buracos de bala, em Ourilândia do Norte, cidade do interior do estado, situada a 940 km de Belém. Uma das últimas ameaças colocava prazo para Gislaine abandonar o cargo ou correria o risco de ser assassinada.
As ameaças iniciaram logo após a posse de Gislaine em março de 2021 e imediatamente foram feitas as denúncias à polícia. Obviamente, não deu em nada, pois as polícias estão todas no bolso de Bolsonaro e seus pistoleiros.
Os conflitos de terra no Brasil sempre existiram, pois para os latifundiários, manter suas terras livres de camponeses, índios e sem terra é fundamental. Também é fato que desde que o fascista Jair Bolsonaro chegou à presidência do Brasil, os latifundiários, os grileiros e toda a corja de abutres que querem a todo custo manter e aumentar sua riqueza.
A CPT (Comissão Pastoral da Terra), divulgou o balanço de “Conflitos de Campo Brasil” de 2020. Os números revelam o maior número de conflitos por terra, invasões de territórios e assassinatos em conflitos pela água já registrados pela CPT desde 1985. Em 2019 foram 1.903 conflitos no campo, em 2020 foram 2.054, esses conflitos envolvem quase um milhão de pessoas.
Desse total de 2.054 conflitos, 2/3 são conflitos por terra, sendo 4,31 conflitos diários, lembrando que mesmo em um momento grave da pandemia covid-19, não houve tréguas.
A FETAGRI, a CUT e a CONTAG, emitiram nota de denúncia e de apoio a Gislaine Souza Soares, ressaltando a defesa da vida da sindicalista.