Na quarta-feira (6), por volta do meio dia, um grupo representante de famílias assentadas juntamente com seu advogado, Marcos Vinicius Santin, foram ameaçados de morte em Santa Catarina. A ameaça foi feita quando o grupo foi realizar uma notificação extrajudicial de desocupação de uma área, na qual pretendem criar de um novo assentamento agroecológico em São Cristovão do Sul.
Luiz Zumir Pereira estava ocupando as terras desde que a arrendou do ex-proprietário, o contrato de ocupação venceu em novembro de 2020 e não foi renovado, contudo, Luiz se recusou a sair do local. No mês de dezembro a prefeitura adquiriu a propriedade do antigo dono para a criação do assentamento.
Zumir recebeu o grupo responsável pela notificação armado, declarando recusa a se retirar e ameaçando aos novos donos do local e seu advogado de morte. Chegou a apontar a arma para o advogado e proibiu a entrada das famílias na propriedade.
O advogado dos assentados registrou o Boletim de Ocorrência na delegacia. A posição do Movimento Sem Terra frente ao conflito foi manter as famílias na área e reivindicar às autoridades locais a segurança das mesmas, e reforça que no local as famílias estão construindo um assentamento agroecológico, onde alimentos saudáveis e diversão devem ser produzidos pela Reforma Agrária.
Uma resposta suave até demais frente ao grau da ameaça e a ousadia cada vez maior com as quais os elementos ligados ao latifúndio têm atacado os trabalhadores do campo. Acaba tendo eficácia zero colocar a segurança de famílias inteiras nas mãos da polícia bolsonarista e do Estado burguês, logo esses que já normatizaram e inclusive auxiliam os assassinos na violência contra a população campesina.
Esta mais do que na hora das organizações de terra e povos do campo começarem tomarem a iniciativa de criação de comitês de autodefesa próprios e independentes, para que os próprios campesinos consigam responder as agressões do latifúndio a altura, munido de suas próprias armas e estratégias. Enquanto a proteção das pessoas for colocada nas mãos do estado burguês e golpista de Bolsonaro, a situação tende a piorar somente, todas as populações do campo e das florestas. No momento, indígenas, ribeirinhos e camponeses estão à mercê de Bolsonaro e sua política de favorecimento do agronegócio, madeireiros e minério ilegal, as custas dos direitos das terras e das vidas dos povos oprimidos.