O povo indígena Akroá-Gamella foram até declarados oficialmente extintos pelo poder público, uma forma descarada de negar direitos a quem os reivindica, algo pior que o status do apátrida, aqueles que não tem nacionalidade reconhecida.
Mas cerca de 14 mil índios se negam a não existir, e a todo custo tentam retomar suas terras no estado do Maranhão, Terra Indígena (TI) Taquaritiua, localizada na sua parte amazônica do estado.
Grileiros, fazendeiros e empresários e o próprio poder público (PM, justiça e executivo) alegando que os 14 mil índios não são índios usam de toda sorte de ações violentas para efetivamente extinguirem os sobreviventes.
Desde 1765 a etnia vem sendo dizimada, o que aconteceu efetivamente com várias outras existentes pelo Brasil afora, mas milhares dos Akroá-Gamella existem, apesar de toda miscigenação e tentativa de supressão a que foram submetidos.
Ocupando uma pequena área de 14 mil hectares nos municípios de Matinha, Penalva e Viana que reocuparam no início da década de 1970, eles vem tentando resistir pacificamente aos ataques do poder público e privado, mas sem armas, não conseguem enfrentar o aparato repressivo e seu forte armamento e poder de coação.
Em novembro, numa tentativa de intimidar os índios, policiais militares do estado do Maranhão, governado pelo ex-comunista Flávio Dino, invadiram uma aldeia e levaram 19 pessoas para a delegacia, onde tiveram seus cabelos raspados, em mensagem clara de que eles devem abandonar a terra e sua ancestralidade.
No ano de 2017 eles foram vítimas de massacre onde cerca de 30 índios tiveram membros amputados e muitos foram gravemente feridos.
Segundo o CIMI(Conselho Indigenista Missionário) desde 2014/2015, época em que a direita, já com o golpe de estado encaminhado, intensificou os ataques contra os Akroá-Gamella.
Ou seja, os grileiros e latifundiários da região já tinham certeza que iriam tomar o poder e nessa condição se sentiram a vontade para mais uma vez tentar massacrar os índios.
Não existe outra alternativa aos índios, senão se armar e se defender na mesma proporção em que são atacados.
Nenhum poder constituído irá defende-los, como já demonstrado pelos fatos ocorridos.
Os índios, como qualquer cidadão brasileiro, tem então todo direito a auto defesa, isso é preceito constitucional e universalmente aceito, menos é claro pelos covardes da direita que usam a lei a seu bel prazer.
A direita covarde não quer resistência, pois sabe que contra o povo armado não terão chance.
Armamento imediato dos povos indígenas!