O tema do identitarismo foi comentado por Rui Costa Pimenta em aula dada no curso “Democracia, Revolução e Socialismo” no momento em que se discutia a fase imperialista da burguesia internacional.
Em primeiro lugar, foi definido o mecanismo da dominação da burguesia, uma classe minoritária, sobre o restante da população. Para essa dominação ser possível a burguesia faz um trabalho de cooptação ideológica dos setores mais próximos a ela, a pequena burguesia, no sentido de estender a sua dominação através dos braços dessa classe intermediária.
Em diversos momentos da história essa cooptação se deu através da disseminação de ideologias específicas, uma delas, foi o momento de ascensão do fascismo. Nesse momento, a burguesia realizou uma grande propaganda anticomunista de repúdio e de repúdio as organizações de trabalhadores. O resultado foi a mobilização dos setores da classe média em favor de ditadores como Hitler e Mussolini.
Hoje, a ideologia se desenvolveu. Quer dizer, ganhou um “tom social”. O identitarismo, ideologia defendida abertamente pela CIA e por setores importantes do imperialismo, como o próprio Joe Biden, é o principal elemento de confusão lançada por parte da burguesia para levar a classe média a oposição aos movimentos nacionalistas e operários.
A suposta defesa da mulher, nesse sentido, levou a esquerda brasileira a repudiar a revolução social liderada pelo Talibã no Afeganistão, apoiando, finalmente, o imperialismo que foi expulso do pais. Essa luta identitária também tem colocado setores da esquerda em apoio a Joe Biden, o suposto “candidato das minorias” dos EUA; além de levar a ações antinacionais como a queima de estátuas de elementos como o bandeirante Borba Gato.
Tudo isso mostra que a ideologia identitária se opõe a luta nacionalista de oposição ao imperialismo, colocando-se lado a lado ao maior algoz da atualidade.