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Volta às aulas

Ibanês quer genocídio “urgente” da juventude

Governo do Distrito Federal, da direita civilizada, quer fazer das salas de aula uma espécie de câmara de gás

Durante um evento oficial na última quinta-feira (25/2), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB, declarou que se faz urgente o retorno às aulas do ensino público no DF. O retorno está previsto para o dia 8 de março, sendo que a rede privada de ensino já está aberta desde 25 de janeiro, jogando à própria sorte milhares de estudantes no momento mais trágico da COVID-19 no Brasil, em que o país ultrapassa 250 mil mortos. É necessário denunciar esse grave atentado à juventude e aos trabalhadores. 

Esse posicionamento é mais uma demonstração da saga genocida promovida pela burguesia nacional contra a população brasileira. O alvo principal, nesse momento, são as escolas. Isso se deve, primeiramente, à pressão exercida pelos principais detentores do capital financeiro, os bancos, já que, quanto mais pessoas circulam pelas cidades, maior é a circulação de dinheiro. Desse modo, diminui-se as chances de uma grande taxa de inadimplência provocada pela pandemia do coronavírus, que se arrasta por mais de um ano, devido à ineficiência da burguesia no controle do vírus. Além do mais, cabe mencionar que a reabertura das escolas é parte essencial para a manutenção de todas as atividades econômicas abertas durante a fase mais grave da pandemia no Brasil, tendo em vista que se as escolas já não estão mais fechadas, não há porque fechar qualquer outro tipo de atividade. 

A declaração feita pelo governador do Distrito Federal dá o tom da situação. Quando ele afirma ser urgente o retorno presencial das aulas, temos o desespero por mais pessoas se expondo ao vírus. Como resultado, teremos mais corpos empilhados nas salas de aulas do Distrito Federal, como se fossem verdadeiras câmaras de gás, ao melhor estilo genocida. 

Como justificativa, o governador usa da demagogia, ao dizer que as crianças são as mais prejudicadas com o não retorno das aulas e que teme uma maior desigualdade de ensino entre os que frequentam o ensino público e privado, já que a rede particular de ensino está em funcionamento. Em primeiro lugar, nunca houve qualquer preocupação com a educação popular por parte da direita, seja ela fascista ou dita democrática, não vai ser agora que ela se preocupará. Em segundo lugar, caso a discrepância de ensino fosse realmente uma preocupação desse cidadão, ele deveria propor o fim do ensino privado garantindo ensino público a todos, o que não é o caso. Dessa forma, é preciso denunciar os reais motivos por trás da reabertura das escolas.

A título de comparação, o estado de São Paulo já registra mais de 700 casos de confirmados de coronavírus em escolas e mais de 1.100 suspeitas de infecção, segundo dados do Sistema de Informação e Monitoramento da Educação para a Covid-19 (Simed) publicados no último dia 16. De acordo com a empresa administradora dos cemitérios do Distrito Federal, Campo da Esperança, em 2020, houve um aumento de 24,1% nos enterros. Como principal responsável por esse acréscimo está o coronavírus, com 23,1% dos registros oficiais. Para se ter clareza sobre o quadro, em janeiro de 2020 ocorreram 964 sepultamentos, enquanto que em janeiro de 2021 foram 1.188. Soma-se a isso a proliferação da nova cepa do coronavírus, surgida em meio ao caos no Amazonas, que é mais contagiosa e letal e está espalhada por todo o país, pondo em risco até mesmo quem já foi vacinado. 

É diante de cenário de morte que a burguesia quer o retorno das aulas, e Ibaneis Rocha assume o papel de porta-voz e executor do genocídio dos jovens estudantes e trabalhadores do Distrito Federal, para favorecer os capitalistas. Contra essa política genocida, os trabalhadores e estudantes, que serão as principais vítimas devem se mobilizar através da greve contra a volta às aulas, tal como os professores de São Paulo estão fazendo neste momento.

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