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Desestabilização

Golpe brando em Cuba: o imperialismo não sossega

Golpistas chamam manifestação para 15 de novembro contra o povo cubano

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(*) Por Márcia Choueri, correspondente em Havana

No vídeo desta semana do Conexão América Latina, programa semana da COTV às terças-feiras, eu procurei mostrar como está sendo articulada a tentativa de um golpe branco em Cuba.

A sequência dos fatos segue exatamente as indicações do manual de guerra não convencional, no capítulo “ações para mudança de regime”, em países que desagradam os Estados Unidos.

Foi assim com a Primavera Árabe na Líbia, ou no Brasil, Bolívia, tentativas na Venezuela… a lista é extensa.

Na Ilha, essa nova operação começou em novembro do ano passado, com o Movimento San Isidro, seguido de um “ato de jovens artistas” em frente ao Ministério da Cultura.

Nova tentativa de golpe branco em Cuba

Em fevereiro deste ano, lançaram em Miami a música e clip “Patria y Vida”, que ataca o governo de Cuba, utilizando o lema revolucionário Patria o Muerte, Venceremos!, lançado por Fidel em 1960 e repetido nos momentos em que se conclama à defesa da Revolução.

No mesmo mês, foram praticados atos de vandalismo, quebrando vitrines de lojas e atirando coquetéis molotov inclusive em postos de gasolina. Felizmente não foram muito eficientes nas ações, mas causaram prejuízos materiais.

Depois, veio a tentativa de fazer um ato ante a sede da ONU, em junho, antes da votação do projeto de Resolução contra o bloqueio, proposto por Cuba todos os anos, e sempre aprovado pela imensa maioria dos países. O ato gorou, porque foi abafado pela campanha nas redes sociais contra o bloqueio.

Daí, em 9 de julho veio a campanha #SOSCuba, e o pedido de “intervenção humanitária”, que na verdade é um eufemismo para uma invasão militar sem declaração formal de guerra, como fizeram em Kosovo e outros lugares, que ficaram totalmente destruídos.

Algumas figuras públicas norte-americanas, inclusive, puseram de lado a sutileza e pediram publicamente que os Estados Unidos invadissem Cuba, como o prefeito de Miami e o senador Marco Rubio, acérrimo inimigo da Revolução Cubana.

Em 11 de julho, já com a opinião pública internacional bem amaciada, realizaram simultaneamente distúrbios em várias localidades da Ilha, com agressões a policiais, destruição de lojas e fachadas de bancos, saques. Claro que esses “atos pacíficos”, como foram apelidados pela imprensa burguesa e pelos meios “independentes” e influenciadores financiados pela NED e a USAID (organizações públicas norte-americanas que servem para repassar o dinheiro da CIA a mercenários em vários países), foram imediatamente divulgados amplamente, com o uso indiscriminado de fake news, para dar mais cor às notícias.

Agora, os protagonistas dessa tentativa de golpe chamaram manifestações em todo o país para o dia 15 de novembro – justamente na semana do Dia Nacional da Defesa, quando aqui se realizam exercícios de preparação das forças de reserva. Coincidência?

Operação Mangosta: o terrorismo da CIA contra Cuba

Agora, o blog Bendito Coraje, do México, acaba de divulgar uma denúncia que vem reforçar o que estamos afirmando: há um golpe em andamento, financiado a partir dos Estados Unidos. Veja a seguir.

Pagaram 1 milhão de dólares para favorecer ‘Patria y Vida’, canção que ataca o governo de Díaz-Canel

Publicado por Bendito Coraje, 18 de outubro de 2021

https://benditocoraje.mx/pagaron-1-mdd-para-favorecer-a-patria-y-vida-cancion-que-golpeo-al-gobierno-de-diaz-canel/

Tradução: Marcia Choueri

Investigações revelaram que o ex-diretor dos Latin Grammy recebeu 1 mdd para favorecer a música Patria y Vida, que foi utilizada para atacar a administração de Díaz-Canel.

Gabriel Abaroa, que era o presidente emérito e diretor executivo do grupo que concede os Latin Grammy teria recebido a quantia de um milhão de dólares para outorgar o prêmio de “Música do ano” a Patria y Vida, de Yotuel Romero, Descemer Bueno e Gente de Zona.

A referida música foi utilizada nas manifestações ocorridas na nação caribenha em julho deste ano, com o objetivo de atacar a administração de Miguel Díaz-Canel.

Segundo informação consultada, o pagamento foi feito a Gabriel Abaroa através de várias offshore localizadas nas Ilhas Virgens.

A rede de offshore que aparece na investigação jornalística conhecida como os Pandora Papers revela pagamentos de Atlas Network, empresa por trás do financiamento e promoção em redes sociais da música Patria y Vida, a qual se converteu no ‘hino’ dos protestos contra o governo de Díaz-Canel.

Sobre isto, cabe lembrar que o presidente cubano afirmou que tinha sido deflagrada uma “feroz campanha midiática de descrédito como parte da chamada guerra não convencional” que pretende fraturar a relação entre o governo e o povo cubano.

Somos muitos revolucionários neste país que estamos dispostos a dar a vida, e não por consigna, mas por convicção; estaremos nas ruas combatendo. Não vamos permitir que nenhum contrarrevolucionário provoque desestabilização em nosso povo. Convocamos todos os revolucionários do país a que saiam às ruas, onde farão essas provocações, é preciso enfrentá-las com decisão, firmeza e valentia”, expressou Díaz-Canel no princípio de julho.

Bendito Coraje

Bendito Coraje é uma página de difusão de notícias e conteúdos para desmontar fake news e birras dos “intelectuais” orgânicos do velho regime.

Cuba: O que são os Comitês de Defesa da Revolução?

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