Matéria noticiada no site do Sindicato dos Bancários de São Paulo e região dá conta de mais uma investida dos banqueiros, e seus representantes nos governos, em relação aos fundos de pensões dos trabalhadores.
Trata-se da questão da migração de um plano, da qual os participantes já fazem parte e, por uma suposta alegação de déficit nas contas da entidade, para um outro com benefícios e direitos extremamente reduzidos e com todos os riscos assumidos pelos participantes.
A mudança somente se efetiva, contrário ao desejo dos trabalhadores, porque a patrocinadora conta com o voto de minerva, no Conselho Deliberativo das entidades, para que o processo tenha “legitimidade”. “Por trás deste negócio existe uma verdadeira indústria de consultorias, regiamente remuneradas com recursos dos participantes para agir contra seus interesses”. (site spbancarios 29/03/2021). Além desse golpe, ao utilizar, também, do voto de minerva e, passando por cima das leis que regem a previdência privada, estão mudando o indexador, que serve para corrigir benefícios de aposentadoria e pensão, por índices que favorecem os patrocinadores, em detrimento aos interesses dos trabalhadores.
Os fundos de pensão vêm sendo sistematicamente utilizados para beneficiar grandes banqueiros e capitalistas, inclusive por setores diretamente ligados ao governo federal, capacho desses setores, com o Ministro Paulo Guedes, um dos maiores agentes dos especuladores do mercado financeiro nacional, alvo de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) por gestão fraudulenta, temerária de recebimento de vantagens indevidas em fundos de pensão de empresas estatais. Segundo denúncia do Ministério Público federal (MPF), empresas de Guedes, como a BR Educacional Gestora de Recursos S/A e FIP Brasil de Governança Participativa, teriam gerado perdas milionárias na administração de mais de 1 bilhão de reais e cobrado taxas abusivas para administração dos fundos, mesmo antes das perdas ocorridas.
Os fundos de pensão são patrimônios construídos pelos trabalhadores e só a eles cabe o seu gerenciamento e, por isso, deve-se lutar pelo controle dos fundos única e exclusivamente pelos trabalhadores. As entidades de luta da classe trabalhadora não podem ficar assistindo que os banqueiros, setores mais parasitários da economia, conjuntamente com os capitalistas, a destruição do patrimônio dos trabalhadores.
É necessário aumentar a organização da classe trabalhadora e da população em geral e reagir, nas ruas, contra mais essa investida. Para isso chamar uma gigantesca mobilização para por fim esse governo, representante dos banqueiros e capitalistas nacionais e internacionais. Fora Bolsonaro e todos os golpistas, Eleições Gerais, Lula presidente.