O ato pelo Fora Bolsonaro marcado para o dia 7 se aproxima, e com ele a necessidade de toda a esquerda sair às ruas, divulgando e convocando todos os trabalhadores para esta mobilização nacional. Neste clima de manifestação, o Partido da Causa Operária decidiu tomar à frente e lançar-se em uma intensa campanha, uma verdadeira operação de guerra em todo país. Até o dia 7, o partido estará nas ruas panfletando, realizando colagens e convocando trabalhador a trabalhador, para as manifestações.
Plenárias para organizar a mobilização
A razão desta intensa mobilização não é inesperada, o ato do dia 7 de setembro vem se tornando uma data marcada pelo confronto entre a manifestação da esquerda e a mobilização fascista, marcada para também ocorrer no mesmo dia em todo país. De um lado Jair Bolsonaro convoca sua base de extrema-direita, os aparatos de repressão a realizarem manifestações em apoio ao governo golpista, de outro a esquerda convoca desde o dia 30 de julho, em uma união com o tradicional grito dos excluídos, atos de massa também em todo país, que agora não apenas ganham o caráter de lutar contra o governo, mas também de parar a ofensiva fascista nas ruas.
Acompanhando esta mobilização e com a intenção de ampliá-la, o PCO realizou neste final de semana plenárias do Bloco Vermelho em todo país, junto aos Comitês de Luta e militantes de base da esquerda. As principais plenárias, ocorridas no Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Florianópolis, reuniram dezenas de pessoas para discutir a organização das atividades em torno do dia 7. O partido ainda realizará uma nova rodada de plenárias, ainda mais ampliadas no próximo sábado, antes da Análise Política da Semana, apresentada por Rui Costa Pimenta. Os locais destas plenárias ainda serão divulgados, no entanto, representam desde já um novo elemento de impulsão à mobilização.
Salvador 
Plenária do Bloco Vermelho em S. Paulo 
João Pessoa
Nestas plenárias realizadas, o tema central foi o problema político em torno das manifestações do dia 7 e a organização das atividades. O PCO vem organizando um amplo debate em torno desta mobilização, justamente pelo fato tanto da extrema-direita estar saindo às ruas como também por uma parcela da esquerda pequeno-burguesa, a defensora da frente ampla com fascistas como Doria, estarem boicotando todo o movimento, devido à impopularidade de sua política. Graças a este motivo, a campanha em torno da mobilização de rua necessita ser ampliada e discutida no interior de todas as organizações que se colocam na luta contra o golpe. Por esta razão que as plenárias do Bloco Vermelho vêm sendo realizadas em todo país: é necessário passar por cima da paralisia das direções e sair às ruas convocando os trabalhadores.
Uma operação de guerra
Como pôde ser visto na transmissão ao vivo da plenária nacional de São Paulo, pela Causa Operária TV no Youtube, atividades estão sendo marcadas em todas as regiões. A intenção do partido junto aos comitês de luta e militantes da esquerda é estarem nas portas de fábricas convocando os trabalhadores diariamente, assim como marcar presença nos terminais de ônibus, estações de metrô, centros urbanos e também nos bairros populares, onde concentra-se a classe trabalhadora.
Conversando com os trabalhadores, divulgando o material de convocação para o ato Fora Bolsonaro, por toda cidade durante todos os próximos dias, representará um salto significativo em torno da campanha pela derrubada do regime golpista. No mesmo sentido, a CUT decidiu realizar em todo país, no último dia 28, um dia nacional de mutirão de rua convocando os trabalhadores, uma decisão acertada que precisa ser expandida para todos os dias.
Em Florianópolis, por exemplo, foi decidido também organizar um mutirão em tempo integral todas as quartas-feiras, convocando à mobilização e fazendo a campanha por Fora Bolsonaro e Lula Presidente. O que pode ser visto pelos resultados destas atividades é a grande aceitação desta campanha por parte dos trabalhadores, o que revela que as manifestações tendem apenas a crescer com uma política de frente única da esquerda com a classe operária, mobilizando todo este setor.
Esta operação de guerra não poderia se dar de maneira diferente. Se para um setor da esquerda, totalmente acovardado, existe a proposta de não sair às ruas no dia 7, por outro o setor mais consciente da mobilização compreende que não sair às ruas significa dar caminho livre para o crescimento da mobilização fascista em todo país. Para barrar o fascismo e derrotar o golpe é necessário mobilizar os trabalhadores e ocupar as ruas.
Os próximos passos
De agora em diante o centro de toda a atividade partidária será a mobilização nas ruas por Fora Bolsonaro, convocando os trabalhadores para as manifestações. Não há tempo a perder, é necessário de uma vez por todas quebrar a paralisia que existe nas direções da esquerda pequeno-burguesa e levar toda sua militância às ruas. Os casos de intenso boicote, e agora, de ataques diretos realizados pelos “aliados” da esquerda pequeno-burguesa frente amplista, como João Doria, já exemplificaram que a frente ampla serve apenas para a desmobilização da população e não para a sua expansão, como antes colocavam os defensores desta política criminosa.
A única maneira de crescer as manifestações é com a classe trabalhadora, o que foi comprovado nas manifestações do último dia 18. Contudo, para mobilizar os trabalhadores é necessário estar onde eles estão, ou seja, nas fábricas, nos centros urbanos e na periferia. É preciso realizar uma intensa campanha até o dia 7, diária, nos principais pontos das cidades, organizando caravanas do interior dos estados e das comunidades mais afastadas, como as indígenas, organizando a mobilização de todos os setores oprimidos, para estarem nas ruas em grandes blocos no 7 de setembro.
Apenas dessa forma os fascistas poderão ser barrados e o regime golpista enfim derrotado. Por isso, junte-se ao PCO e aos Comitês de Luta, participe das atividades em sua cidade e ajude a convocar o dia 7, uma data cada vez mais fundamental para definir a luta contra o golpe no Brasil.
Abaixo, panfletagem no Metrô Butantã, em São Paulo, chamando para o ato no Vale do Anhangabaú
